


» Novos espaços «
» Novas experiências «
» Mais entretenimento «
» Dedicação em cada detalhe! «
plomático e simbólico, Portugal junta-se
em valores como a resiliência, a inova -
FRONT-
LINE
ções e sobre o papel do conhecimento e
tica, e que nos recorda que o sucesso e compromisso.
Clube eSCape livre
Numa altura em que o mundo assiste a uma escalada de violência e sofrimento
guês surge como um gesto de coragem debate internacional e de reforçar a legiti-
muitas frentes, continua empenhada em defender os direitos humanos e a coexis-
NuNo maia Silva
Com os olhos postos no futuro, damos também destaque a uma conversa inspi-
boa. Transformando a capital num cenário do século XVIII, a marca proporcionou uma experiência única, misturando aven-
entusiastas, como também demonstra o poder das marcas em criar momentos memoráveis que transcendem o produto e ativam o imaginário.
HoTel GraNde breTaGNe
Do lado do turismo, viajamos até ao cora-
Hotel Grande Bretagne. Com uma história que atravessa gerações e um charme que
mento, o Grande Bretagne é um palco de experiências sensoriais, onde o passado e o presente convivem em harmonia. Seja pela vista deslumbrante sobre a Acrópole ou pela excelência do serviço, este hotel é um destino em si mesmo – e um convite irrecusável à descoberta do melhor que o mundo tem para oferecer.
Cupra Terramar
Ainda no universo automóvel, o novo Cupra Terramar representa o próximo -
Com um design marcante e uma presença plug-in assinala
desportivo e provocador que lhe é carac-
reforça a identidade jovem e irreverente da marca, projetando-a para um mercado
celebramos iniciativas ousadas e destaca-de de temas, olhares e experiências que FRONTLINE – um
8/ NEWS
12/ GRANDE ENTREVISTA
Nuno Maia Silva
24/ OPINIÃO
Luís Mira Amaral
Maria de Belém Roseira
Carlos Zorrinho
Luís Lopes Pereira
Fernando Leal da Costa
30/ PANORAMA
Taxas alfandegárias
32/ SAÚDE
Serviço Nacional de Saúde
34/ RETROSPETIVA
Instabilidade na Saúde
36/ MAGAZINE
Ordenamento do território
38/ AMBIENTE
Tecnologias
40/ ATUALIDADE França
42/ ANÁLISE
Investigação de acidentes
44/ EM FOCO Europa
46/ VISÃO
Futuro da Saúde
FICHA TÉCNICA
Diretor: Nuno Carneiro | Editora: Ana Laia | Colaboram nesta revista Luís Mira Amaral, Fernando Leal da Costa, Luís Lopes Pereira, Carlos Zorrinho, Isabel Meirelles, Carlos Mineiro Aires, Fernando Santo, Fernando Negrão, Carlos Martins, Antóno Saraiva, Pedro Mota Soares, Alexandre Miguel Mestre, Rui Miguel Tovar, Jorge Garcia, Casimiro Gonçalves, Fernanda Ló, João Cordeiro dos Santos, José Caria, M. Sardinha | Revisão: Helena Matos
Martina Orsini, Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República, Nelson Teixeira, Nuno Madeira, Pedro Sampayo Ribeiro, Rui Ochoa/Presidência da República | Diretor Comercial: Miguel Dias | Proprietário:Armando Matos | Produção: DesignCorner Lda., Rua Infante D. Henrique, 21, 3000-220 Coimbra Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700-007 Lisboa – Portugal E-mail: geral@hvp-design.pt | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | Estatuto editorial disponível em: www.revistafrontline. com Facebook: RevistaFRONTLINE
48/ DOSSIER
Soluções digitais
50/ DESPORTO
Informação desportiva
52/ LIVROS
54/ MOTORES
CUPRA Terramar
58/ AUTOMÓVEL
Audi Q5
62/ REAL GARRAFEIRA
64/ ON THE ROAD
68/ IMOBILIÁRIO
Forbes Global Properties
70/ CHECK-IN
Hotel Grande Bretagne
74/ APRESENTAÇÃO
Mercedes-Benz CLA
AION V Hyundai IONIQ 5
78/ EXPEDIÇÃO
Clube Escape Livre
82/ SOCIAL
International Club of Portugal
M IGUEL V ELEZ
P RESENTE NO C IRCUITO D RIVE C HALLENGE
Entre os dias 10 e 12 de outubro, no Jamor, em Lisboa, Miguel Velez representa o Algarve na final. Esta participação resulta do 2.º lugar Net (Sub-18) conseguido pelo jovem, no passado dia 7 de setembro, no Drivers Challenge of the Algarve, que teve lugar no campo de golfe de Castro Marim. O Circuito Drive Challenge é um circuito de golfe amador organizado pela Federação Portuguesa de Golfe. Promove a competição saudável, o desenvolvimento técnico e a aprendizagem de jovens atletas que estão no início do seu percurso e que procuram jogar as suas primeiras competições integrando torneios regionais em várias zonas do país. Divide-se em vários escalões (Sub-10, Sub-12, Sub-14 e Sub-18), integra torneios de seis regiões do país (Norte, Centro, Tejo, Sul, Madeira e Açores) e conta com o apoio da Federação Portuguesa de Golfe. Miguel é atleta federado desde os 9 anos e o desporto sempre teve um papel fundamental na sua vida. Iniciou o seu percurso desportivo no Porto, na modalidade de vela, mas após a mudança para o Algarve, há um ano, começou a praticar golfe e conseguiu qualificar-se logo no seu primeiro ano a jogar.
ATRIBUI BENEFÍCIOS
A Assembleia Municipal aprovou a 5 de setembro o projeto de Regulamento de Atribuição de Benefícios Sociais aos Bombeiros Voluntários do Município de Proença-a-Nova, um instrumento que visa valorizar, apoiar e proteger aqueles que diariamente se dedicam à defesa da comunidade. O regulamento estabelece um conjunto de medidas de incentivo e reconhecimento para os bombeiros voluntários do Corpo Ativo, do Quadro de Comando e do Quadro de Honra, reforçando a importância do papel desempenhado por estes homens e mulheres na proteção de vidas e bens. Com este regulamento, o Município pretende não só apoiar os seus bombeiros, mas também valorizar o voluntariado e garantir melhores condições para o desempenho de uma missão que, tantas vezes, é feita em risco da própria vida. “Este regulamento representa um reconhecimento público e institucional do trabalho fundamental desenvolvido pelos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, ao serviço da comunidade e sempre prontos a proteger as nossas populações”, sublinha o presidente da Câmara Municipal, João Lobo.
L ISBON M ARRIOTT H OTEL
P ROMOVE NOVA CAM PANHA SOLIDÁRIA
O Lisbon Marriott Hotel volta a juntar-se ao movimento solidário internacional “You sustentáveis. Durante os meses de setembro e outubro, por cada refeição servida no restaurante CITRUS, será doado1 euro à CASA, instituição parceira que apoia crianças, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade.
Com esta iniciativa, o hotel convida os clientes e parceiros a transformar momentos de partilha e gastronomia em gestos concretos de solidariedade. Cada refeição representa um contributo direto para uma causa essencial. “Acreditamos que a hospitalidade vai muito além das nossas portas. Ao escolherem o Lisbon Marriott, os nossos hóspedes e clientes participam ativamente num como pequenas ações podem gerar impacto real na nossa comunidade”, refere Paula Lino, diretora de Operações. O valor angariado ao longo da campanha reverterá integralmente para a CASA.
ASSINALA O D IA G ENERIS 2025 À semelhança de todos os anos, setembro trouxe consigo um momento especial: a celebração do Dia Generis, um dia em que juntam todas as áreas da equipa para reforçar aquilo que os une: “o nosso propósito comum e a força de estarmos juntos”.
colaborativa, unimos esforços numa atividade em prol da Fundação Infantil Ronald McDonald Portugal, onde cada tarefa e cada ponto conquistado se transformaram em apoio concreto. Contribuímos, desta forma, para a remodelação da cozinha de uma das casas de acolhimento e para a aquisição de um cabaz de bens essenciais, fundamentais para o bem-estar das famílias com crianças em tratamento oncológico. À tarde, demos espaço ao convívio, à música e às ligações que nos fortalecem como equipa. Entre sorrisos e reencontros, criámos momentos que nos lembram que, apesar da diversidade de funções dentro da Generis, todos caminhamos na mesma direção.”
O Dia Generis é muito mais do que uma celebração no calendário: “É a prova viva de que, para cuidarmos da saúde dos portugueses, precisamos
Kyoto (Osaka)
CELEBRITY MILLENNIUM
14 Maio 2026 | Cruzeiro de 12 noites
DIAPORTOS DE ESCALA
14 Mai
15 Mai Mt Fuji (Shimizu), Ja 7:00 :00
16 Mai Kyoto (Osaka), Jap 11:00
17 Mai Kyoto (Osaka), Jap :00
18 Mai Kochi, Jap 8:00 :00
19 Mai Hiroshima, Jap 9:00 :00
20 Mai
21 Mai Kagoshima, Jap 7:0 00
22 Mai Nagasaki, Jap 8:00 :00
23 Mai Fukuoka, Jap 8:00 :00
24 Mai Busan, re a 7:00 :00
25 Mai
26 Mai Seoul (Incheon), 5:00
F AROL H OTEL
COM 408 METROS QUADRADOS DE PURA PAIXÃO
Se o interior do Farol Hotel oferece um charme inti-conuts expande-se para uma dimensão superior onde pode dar asas à imaginação.
Com capacidade para acolher até 350 convidados, este espaço icónico deslumbra com a sua imponente fachada envidraçada que se funde com o horizonte e se abre para vistas ininterruptas sobre o Atlântico. O ambiente prolonga-se até ao terraço, onde a brisa do mar e o som das ondas criam a moldura perfeita onde as memórias são criadas. No coração de Cascais, mas longe do ruído do mundo.
20% de desconto sobre os preços de tabela para os primeiros seis meses de 2026.
B ELMOND C O PACABANA P ALACE
CELEBRA 102 ANOS !
O icónico palácio à beira-mar celebrou 102 anos de história e excelência em hospitalidade. Inaugurado em 1923, o Copacabana Palace rapidamente se tornou um marco do Rio de Janeiro. A sua elegante fachada, de frente para a famosa praia de Copacabana, consolidou-o como um dos cartões-postais mais emblemáticos da cidade e um verdadeiro símbolo do charme carioca.
Ao longo de mais de um século, recebeu líderes mundiais, artistas consagrados e personalidades que ajudaram a escrever a história cultural e social do Brasil. Entre bailes inesquecíveis, celebrações memoráveis e momentos que marcaram gerações, o Copa construiu uma trajetória única, reconhecida mundialmente. Continua a preservar a sua tradição, enquanto abraça a modernidade, criando experiências que encantam hóspedes e visitantes e continuam a inspirar quem por ali passa.
por Nuno Carneiro
À frente da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET) desde indústria como motor de riqueza e coesão social na Península de Setúbal. e a modernização do tecido empresarial, mas também a necessidade de políticas públicas consistentes e fundos europeus que impulsionem a competitividade.
Como surgiu o Convite para liderar a aiset (assoCiação da indústria da península de setúbal) e o que o motivou a aCeitar este desafio?
quais são, na sua visão, as prinCipais prioridades da assoCiação neste momento?
Como CaraCteriza o atual teCido empresarial da península de setúbal?
“A PENÍNSULA É ESSENCIALMENTE UM
E TAMBÉM ÁREAS DE PARQUE NATURAL (...), QUE, ALIÁS, CONVIVEM EQUILIBRADAMENTE COM AS
ATIVIDADES INDUSTRIAIS E O TURISMO
Como CaraCteriza o atual teCido empresarial da península de setúbal?
a região Continua a sofrer Com estigmas antigos. que impaCto tem isso no investimento e na Criação de emprego?
quais são os setores Com maior potenCial de CresCimento na região?
a região Continua a sofrer Com estigmas antigos . q ue impaC to tem isso no investimento e na C riação de emprego ?
que papel têm a inovação e a transição digital nas empresas da região?
benchmark
e no que toCa à sustentabilidade ambiental e energétiCa, há sensibilidade e ação efetiva das empresas?
Como tem sido o relaCionamento da aiset Com os muniCípios e Com o governo?
há polítiCas públiCas que têm benefiCiado Claramente a indústria loCal? e outras que têm sido obstáCulos?
a região tem Conseguido atrair investimento naCional e estrangeiro?
quais são os maiores desafios no reCrutamento e retenção de talento?
“
CONSEGUIDO
AFIRMAR-SE COMO UM PARCEIRO
INSTITUCIONAL RELEVANTE
NA REGIÃO, PARTILHANDO
CONHECIMENTOS, BOAS PRÁTICAS
E ARTICULANDO AÇÕES COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO, AUTARQUIAS E ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR”
as esColas e instituições de ensino estão alinhadas Com as neCessidades do teCido industrial?
marketing
qual tem sido o papel ConCreto da aiset no desenvolvimento eConómiCo e soCial da península?
há alguma medida ou projeto da aiset de que se orgulhe partiCularmente?
stakeholders networking workshops
de que forma os fundos europeus e o prr estão a Chegar (ou não) às empresas da região?
a Cooperação entre empresas da região é uma realidade ou ainda há um Caminho a fazer?
a aiset tem relações Com outras assoCiações empresariais ou industriais em portugal e no estrangeiro?
que marCa gostaria de deixar na aiset no final do seu mandato?
Como está a indústria loCal a posiCionar-se perante os desafios da Competitividade internaCional?
Realizamos milhares de milhões de feitos num só batimento cardíaco, somos exemplos espantosos da tecnologia da natureza.
Mas também somos humanos.
Enfraquecemos. Falhamos.
E quando isto acontece, os nossos extraordinários corpos exigem soluções extraordinárias que transformam a vida.
Lideramos a tecnologia médica global, resolvendo com audácia os problemas
que a humanidade enfrenta atualmente.
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Para tratar da transição energética convém saber de termodinâmica, cujas leis condicionam o que se pode ou não fazer, o custo energético a pagar e o ritmo das mudanças. A termodinâmica estuda as transformações da matéria e as conversões de umas formas de energia noutras, sendo essencial para a elaboração de propostas realistas de transição energética. A energia não se perde (1.º princípio) mas degrada-se de forma irreversível ao ser transformada (2.º princípio).
Por toda a Europa, incluindo Portugal, onde queríamos liderar na dita transição energética, governantes ignorantes suportaram-se em powerpoints (que tudo permitem) para, de uma forma iluminada, desenharem estratégias irrealistas de transição energética. Isto é particularmente evidente com o hidrogénio verde em que, como refere o presidente da EDP, temos agora um vale de desilusões com projetos a não saírem do papel, outros a serem cancelados, e empresas a falirem. Conclui-se que os avultados
competitivo no mercado, pois que os preços extremamente elevados levam a uma falta de procura pelo produto em setores
e o cimento. Apenas cerca de 20% do hidrogénio verde previsto na União Europeia deverá vir a ser produzido… O projeto do avião a hidrogénio da Airbus, subsidiado pelo governo francês com €1,5 mil milhões,
os veículos utilitários a hidrogénio, está empeu criticava o impasse na aventura do hidrogénio verde.
nifesto a criticar o megalómano projeto de produção, em Sines, de hidrogénio verde para ser exportado por via marítima para os Países Baixos, pois a tecnologia estava imatura para grandes produções centralizadas e consequentes grandes transportes de energia. Neste contexto, também contestámos a fantasia de construir uma terceira interliga-
ção entre os gasodutos de Portugal e Espanha para exportar esse hidrogénio que se iria produzir em Sines para a Europa, alternativa à falhada exportação por via marítima para os Países Baixos, que o governo Costa -
çar-se por projetos de demonstração mais pequenos. Como resposta, um eletrizante (usando a expressão do Expresso) secretário de Estado brindou-nos com uma série de diatribes num webinar organizado pela Ordem dos Engenheiros com os lobistas do hidrogénio e o então primeiro-ministro Costa chamou-nos velhos do Restelo.
(bairro em que vivia) que eu era um velho deropeizado Costa foi inaugurar a Fusion Fuel Portugal, que iria produzir eletrolisadores,
que a reindustrialização de Portugal comeAssim acabou a reindustrialização promovida pelo governo Costa!
“ A TERMODINÂMICA ESTUDA AS TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA E AS CONVERSÕES DE UMAS FORMAS DE ENERGIA NOUTRAS, SENDO ESSENCIAL PARA A ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS
REALISTAS DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA ”
Acelebração, este ano, do 35.º aniversário da ratificação por Portugal da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança constituiu um marco importante pois o reconhecimento da Criança como sujeito de direitos e políticas adequadas que permitam a criação das condições para o seu exercício constitui um tema central nas sociedades atuais, pois em cada criança está inscrito o nosso futuro comum.
profundas transformações civilizacionais. -
ta num país que nem sequer reconhecia, na sua essência, os Direitos Humanos de primeira geração, ou seja, os civis e políticos, tenho que reconhecer o enorme progresso que o advento da democracia, primeiro, e a integração no espaço político a que hoje chamamos União Europeia, depois, trouxeram ao nosso país. Convém recordar que Portugal só se tornou Estado-membro do Conselho da Euro-
Universal dos Direitos Humanos em 1978. Esta, apesar de não ter força jurídica, continua a deter uma força moral extraordi-
nária. O ambiente que presidiu quer à sua elaboração, quer à sua aprovação, estava -
jeição das barbáries cometidas na II Guerra Mundial. Daí a forte convicção transformadora que o mesmo exprime, num texto que apelidaria de revolucionário, pois logo no seu artigo 1.º resolve uma injustiça tão velha quanto a humanidade, ao declarar que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. A força jurídica acabou por lhe ser acrescentada pela aprovação dos tratados sobre direitos humanos: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, que permitiu a produção de -
teúdo das Leis Fundamentais das democracias mais recentes, e nele adquiriu um poder relevante no que se refere aos direitos fundamentais. Na verdade, a doutrina dos direitos fundamentais aplica-se ao direito interno quer em termos de interpretação, quer em termos de atualização de novos direitos humanos reconhecidos.
A Convenção dos Direitos da Criança acaba por só ser aprovada mais tar-
de, em 1989, mas Portugal está no grupo
1990. Naturalmente que sendo a criança um ser humano, a sua condição jurídica é semelhante à do adulto e só não é igual pela especial vulnerabilidade que é ínsita a quem se encontra em formação e em desenvolvimento da maturidade que a habilita
qual o edifício jurídico que ela, Convenção, constitui, tenha como espinha dorsal interpretativa e decisória os princípios que constituem o guia para o exercício do poder parental. Na verdade, este, enquanto poder-dever, “não pode ser exercido pelo seu titular como queira, mas pelo modo exercido pela função da atribuição desse direito”.
Em qualquer Estado de Direito democrático, a consagração do edifício jurídico dos direitos humanos é a base essencial. Mas nada de diferente acontecerá na condição de vida dos destinatários das normas se não tiverem condições para o exercício dos direitos consagrados, sobretudo os sociais económicos e culturais, que exigem ações por parte do Estado. Não é suficiente a sua proclamação.
“SENDO A CRIANÇA UM SER HUMANO, A SUA CONDIÇÃO JURÍDICA É SEMELHANTE À DO ADULTO E SÓ NÃO É IGUAL PELA ESPECIAL
V-
pos fluidos, inconsequentes, pastosos. Estas expressões de desconforto vão pululando por todas as conversas e intoxicando os sonhos, os cenários e os projetos com fôlego e visão estratégica e que necessitam de horizonte e de referências para serem concretizados. Pela sua profusão e pelas golfadas de construtos que borbulham nas nuvens de dados, a informação inunda o dia a dia, torna escasso o tempo para aprimorar o significado e torna-se muitas vezes ruído. Em simultâneo os processos políticos, económicos e sociais emulam essa escassez de tempo, interpretam e validam com leveza crescente os dados e optam por se focarem nas nuvens de comunicação esparsa e de curto prazo, mais dirigidos à criação de perceções favoráveis aos interesses de quem espalha esses dados do que à fundamentação de decisões consistentes e transformadoras dos nossos modelos de vida em sociedade,
adaptando-os aos desafios do clima, da demografia ou do conhecimento.
A dúvida já se colocou certamente a muitos dos que me leem. Que sentido faz projetar cenários e ações a médio e longo prazo, se no curto prazo tudo muda ao sabor de um post do Presidente dos Estados Unidos ou de um outro qualquer suas áreas de ação. O mesmo se aplica, com a devida correção de métricas, nos outros planos territoriais ou sectoriais. Nas nuvens e com visibilidade reduzida estaremos condenados a navegar à vista ou a entregar o destino aos algoritmos?
Ou para evitar isso, devemos ceder à tentação de “aterrar”, desligando da ambição de dar um contributo, por pequeno que seja, para melhorar o mundo, restringindo o dia a dia à sobrevivência no nosso espaço de proximidade?
Continuo a acreditar que os valores e o propósito são mais fortes que todas as
como diz a sabedoria popular, depois da tempestade vem a bonança e devemos estar preparados para dar sentido à vida, quer faça sol, quer faça chuva.
continuar a voar em horizontes cada vez mais pejados de bólides e outros artefactos implica usar todas as ferramentas de pilotagem, de entre as quais se destacam as mais recentes tecnologias de apoio à decisão e os modelos
Precisamos cada vez mais de conhecimentosbreviver na nebulosidade, e de ideias claras sobre o destino que prosseguimos, para não nos tornarmos vagabundos da modernidade. Vivemos tempos estranhos, mas essa constatação não é motivo para desistir. É antes
barro está informe e maleável que se pode moldar o que a necessidade ou a imaginação nos pedem ou inspiram. Continuemos a sonhar. Continuemos a voar. Continuemos a fazer acontecer.
“ PRECISAMOS CADA VEZ MAIS DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E PRÁTICOS QUE NOS PERMITAM SOBREVIVER NA NEBULOSIDADE, E DE IDEIAS CLARAS SOBRE O DESTINO QUE PROSSEGUIMOS
Em plena Europa, entre sistemas deciamento, gestão e resultados, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) português merece ser defendido.Apesar de críticas inevitáveis –sobretudo nos tempos de espera ou na perceção pública – há factos que mostram que Portugal possui um sistema de saúde público bastante robusto e nivelado com os países mais ricos da Europa.
Nos últimos rankings do Euro Health Consumer Index (EHCI), que avalia 35 sistemas europeus segundo critérios como acessibilidade, resultados clínicos, prevenção, direitos dos pacientes, Portugal tem consistentemente
to inferior ao de muitos desses países (com crescimentos bastante razoáveis nos últimos anos), os resultados relativamente aos recursos investidos são bastante satisfatórios.
Naturalmente a disputa política distorce um pouco a perceção dos cidadãos, nomeadamente o enfoque onde temos falhas e o desfoque onde estamos bem. Esta distorção pode eventualmente enviesar a decisão política desviando recursos de áreas com maior
necessidade de investimento para outras
creio que o facto de a saúde estar sempre no discurso político não ajuda à sua melho-mos dizer que uma grande maioria do espectro político tem ideias semelhantes para o SNS e apenas se discute aspetos de gestão corrente, que não deveria ser por princípio um problema político.
Outro indicador onde o SNS se destaca é no tratamento de doenças crónicas. Segundo um relatório da OCDE, ainda que em muitos países os doentes vivam com várias comorbidades, em Portugal esses doentes têm uma resposta relativamente robusta: 97% referem que os cuidados são multidisciplinares, um valor cerca de 14 pontos percentuais acima da média dos países analisados.
Além disso, Portugal também está a fazer o seu caminho na digitalização de serviços de saúde: cerca de 80% das unidades de saúde portuguesas têm capacidade de troca eletrónica de registos médicos, comparado com 57% na média dos países da OCDE.
“ OS GRANDES DESAFIOS NO FUTURO ESTARÃO LIGADOS AO ENVELHECIMENTO, ÀS EXPECTATIVAS DAS NOVAS GERAÇÕES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E À IMIGRAÇÃO”
diagnósticos e evita custos desnecessários. Continuamos com muitas melhorias por fazer, mas em comparação com outros países
Claro que o SNS tem fragilidades, especialmente no que toca aos tempos de espera elevados, variações de qualidade entre regiões, problemas na coordenação entre cuidados primários e hospitalares, perceções de degradação em alguns serviços e ainda algu-
das ULS universitárias. Defender o SNS não é ignorar os seus defeitos, é reconhecer que,cas e estruturais, Portugal tem um sistema de saúde que assegura cobertura universal, apresenta bons resultados clínicos, introduz alguma inovação tecnológica e cuida bem no futuro estarão ligados ao envelhecimento,sionais de saúde e à imigração.
Um pacto para a saúde, em que o debate
combate político, seria útil para nos focarmos mais na procura de riqueza, para ter mais recursos para assegurar toda a segurança social, incluindo a saúde.
Uma criança morre na porta de um centro de saúde porque lhe negaram assistência. Estava na hora de fecho. Os médicos, cheios de pressa para irem embora, nem olharam para o pequeno em sofrimento. Naturalmente, um horror. Antes, tinha ido ao hospital e, por absoluta negligência médica, não lhe tinham sido prestados os cuidados necessários. Atentado ético que urge punir. Se um doente vai a um serviço de urgência hospitalar e morre pouco depois de ter alta, necessariamente, houve negligência. Um homem, ainda novo, tem necessidade de ambulância urgente. O socorro demora uma eternidade a chegar e o doente
não funcionou em todos os casos em que, chegados ao local, encontra os doentes já mortos. Em 2025 houve relatos de espera com 1h e meia. Em 2022, a espera foi de 2h. Uma ambulância nunca pode chegar
Nem, por força de razão, se pode aceitar
Mas há doentes transportados que morrem em acidentes de viação envolvendo
o seu transporte. Condução imprudente. Outro homem, acorda numa ambulância, agride os tripulantes, solta o cinto de segurança que o prende à maca, abre a porta e salta em andamento. Morreu com a queda. Maldito transporte que não tinha as portas trancadas.
Em todos os casos que narrei, verdadeiros, acrescentei conclusões abusivas que foram ditas, escritas e assumidas por quem se apressou a comentar estes
podem, certamente, ilustrar falhas de segurança e de efetividade dos serviços. Mas também podem até não ter sidodos, sem exceção, exigem esclarecimento, apuramento de causas e responsabilidades, eventualmente de culpas por ação ougura, sem investigação que a demonstre, má prática ou negligência.
A precipitação nos julgamentos é a regra que dita os espaços informativos. Já nem falo nos julgamentos de praça pública ou na omnisciência das causas sobre todo e
qualquer tipo de acidente. Falo dos comentadores que se apressam a tecer considerações sobre informação escassa, frasituação é ainda mais gritante.
ladas e incapacidade de acompanhar a procura de serviços com oferta adequada estão na génese do que está mal e importa corrigir. Mas sem precipitações.
respondem à voraz necessidade de “informar”, ocupar espaço noticioso, ser primeiro a dar a má notícia, não ajuda a esclarecer e encontrar soluções, assusta as populações e contribui para a substituição de juízo crítico por crítica acéfala. E não é nisto que a política de hoje se tornou? Uma sucessão de casos, frases de efeito, em que a mentira tende a substituir a verdade, a especulação passou a ser facto provado e a opinião pública e publicada são formas de manipular e gerar-se tão pouco.
“ A PRECIPITAÇÃO NOS JULGAMENTOS É A REGRA QUE DITA OS ESPAÇOS INFORMATIVOS. FALO DOS
por António Saraiva
Presidente da SPAL
O
acordo entre os
da América (EUA) e a União Europeia (UE),
Terá sido “o melhor acordo que poderíamos obter em circunstâncias muito
Šefcovic, ou antes “um dia negro, quando uma aliança de povos livres, unidos para interesses, se resigna à submissão”, como declarou o primeiro-ministro francês?
Terá este acordo evitado o risco de uma guerra comercial, com consequências imprevisíveis, como sublinharam o chanceler alemão e a primeira-ministra da Itália, ou teremos assistido, como alguns comentadores sugerem, à vitória de uma estratégia
norte-americana de chantagem, com sérios danos a longo prazo para a credibilidade e a autonomia da UE? Julgo que todas estas reações, aparentemente antagónicas, têm razão de ser.
Tendo em conta o cenário alternativo de não acordo, que desencadearia uma escalada incontrolável de retaliações recíprocas, com consequências desastrosas para a economia europeia, é compreensível o alívio com que muitos acolheram este desfecho.librado, tendo em conta o nível das taxas alfandegárias médias impostas pela UE às
importações dos EUA (1%, segundo os cálculos da Comissão Europeia; 4,8%, de acordo com a metodologia da Organiza-
alguém já comentou, o aumento de taxas alfandegárias é uma medida estúpida e seria uma estupidez responder da mesma forma. O objetivo seria evitar a guerra comercial e limitar, tanto quanto possível, o aumento imposto pelos EUA. O resultado é comparável, por exemplo, com o que o Japão conseguiu. Recorde-se que a China tentou, inicialmente, a via da retaliação, mas acabou por recuar e obter uma
“trégua”, com tarifas de 30% sobre as suas exportações para os EUA.
p reservar a estabilidade Por outro lado, ao negociar este acordo, a UE resignou-se a jogar segundo as regras de Donald Trump, aceitando condições e oferecendo concessões que vão claramente contra os princípios da Or-
A UE preferiu o pragmatismo em detrimento dos princípios. Podemos argumentar que, em tempos de incerteza global, preservar a estabilidade e não desistir da cooperação a longo prazo pode ser tão crucial como as vitórias a curto prazo. Contudo, com esta opção, a UE acentuou a sua posição de fragilidade, mantendo-se sujeita a novas chantagens por parte da Administração norte-americana.
A questão é, agora, o que pode a UE fazer para escapar a esta situação de fraqueza geopolítica e reduzir a sua dependência dos EUA em matéria de defesa, tecnologia e finanças.
recentemente que a Europa está “mal equipada” para uma nova realidade. Onde antes se confiava nos mercados para orientar a economia, hoje há políti -
cas industriais radicais. Onde antes havia respeito pelas regras, agora há o uso da força militar e do poder económico para proteger os interesses nacionais. Neste contexto, como afirmou a presidente do Parlamento Europeu, a Europa “tem apenas duas opções: uma mudança corajosa ou uma lenta e dolorosa espiral rumo à irrelevância”.
C ompetitividade e defesa
É certo que a UE parece ter começado a reagir. Aliviam-se de excessos peças legislativas adotadas há menos de um ano. Competitividade e defesa são agora as palavras de ordem. No entanto, permanecem ainda fortes resistências a uma maior ambição no rumo preconizado pelos relatórios Letta e Draghi.
2028/2034: retirando o montante alocado ao reembolso dos empréstimos do NextGenerationEU, prevê-se um irrisório acréscimo de 0,02 pontos percentuais do PIB face ao inicialmente previsto no QFP para
do orçamento da UE é inaceitável numa
altura em que todos os Estados-membros estão a fazer esforços consideráveis para consolidar os seus orçamentos nacionais. O primeiro-ministro dos Países Baixos alinhou prontamente com a posição alemã. Pergunto-me quando é que os líderes nacionais da Europa compreenderão que só podem ter um papel relevante no mundo no quadro de uma UE forte e coesa, dotada de meios minimamente credíveis. No plano da ação externa, diversas vozes, think tank Bruegel, defendem que, para além de consolidar e alargar a sua rede de acordos bilaterais e regionais, a UE deve lançar uma coligação em torno de um compromisso formal com o comércio aberto baseado em regras, com o maior número possível de países que partilham a mesma visão, do Norte Global e do Sul Global.
O objetivo é o de reforçar a posição da Europa como centro do comércio livre num mundo onde o multilateralismo se está a desmoronar. Se não o conseguir, tornar-se-á num campo de batalha da crescente competição económica entre a China e os EUA e ficará a assistir à reconfiguração, mais ou menos violenta, da ordem mundial, ao sabor das ambições de Trump, Xi Jinping e Putin.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS), criado em 1979, é um dos maiores pilares do Estado Social em Portugal. Representa, para muitos cidadãos, a garantia de acesso universal aos cuidados de saúde. Porém, mais de 45 anos depois, permanece marcado por assimetrias regionais. Entre o Interior, o Norte e o Sul do país existe uma clivagem que não pode ser ignorada, com consequências diretas no acesso e na perceção de justiça social.
ONorte tem-se destacado por não encerrarem serviços de urgência e por praticamente todos os cidadãos terem médico de família atribuído. Destaca-se também pela organização, cooperação e coordenação entre as várias unidades de saúde (US) - ULS, IPO e
RNCCI. A maior eficiência na capacidade instalada, que se reflete na primeira dimensão da qualidade dos cuidados de saúde – o acesso –, tem sido uma marca distintiva nos últimos anos. E a ligação histórica às escolas médicas tem nesta matéria uma influência muito positiva,
com reflexos determinantes na formação médica especializada.
No Norte, as US valem como um todo e operam tendo como retaguarda as unidades de referência. Esta rede mais densa e bem organizada permite reduzir tempos de espera em certas áreas mais críticas e
assegurar maior proximidade de cuidados especializados. E também formar os médicos especialistas que são necessários.
R egião S ul
Já no Sul, a realidade é distinta. O Alentejo, por exemplo, sofre de uma escasresultado da baixa densidade populacio-
meiros. O Algarve, por sua vez, enfrenta problemas sazonais agravados: durante o verão, a pressão turística multiplica a procura, mas os recursos humanos e as infraestruturas permanecem limitados.
A Área Metropolitana de Lisboa, apesar de concentrar muitas US e grandes hospitais centrais e universitários, vive uma sobrecarga constante que resulta em listas de espera prolongadas, urgências lotadas
A reorganização e coordenação entre as várias US é essencial para uma maior
tal humano, sem esquecer uma formação mais robusta e criar condições atrativas
a trabalhar no SNS.
As diferenças não são apenas na geografalta de médicos de família. No Sul perobrigando milhares de cidadãos a dependerem de consultas ocasionais ou das urgências hospitalares. A forte imigração que existe no Sul do país pode também contribuir para as falhas existentes. Esta disparidade tem impacto direto na promoção da saúde e prevenção da doença, no acompanhamento de doenças crónicas e, em última análise, na esperança de vida saudável das populações.
S eto R p R ivado
Outro fator determinante a Sul, é o peso pujante do setor privado e a sua articulação com o SNS. O setor privado tem oferecido condições de trabalho mais atrativas para os médicos, o que tem levado muitos especialistas a optar por sair do SNS. No Norte, o peso do setor privado
é menor, o que resulta que mais médicos
outro lado, a estabilidade da oferta pública no Norte contribui para reduzir a necessidade de recorrer ao privado. No Sul, pelo contrário, muitos cidadãos optam frequentemente por soluções no privado, pagando as despesas do próprio bolso ou através de seguros de saúde. Esta diferença acentua desigualdades económicas e territoriais, contrariando a lógica de universalidade que deveria estar no centro do SNS. Estas assimetrias não são novas, mas têm -
Sul deve-se a múltiplos e diferentes fatores que vão para além do apelo do setor privado e da política de saúde: mais formação e investigação, oportunidades de emprego para famílias, transportes, habitação e até a oferta cultural. Fixar um médico no Baixo Alentejo não é apenas uma questão de sadecisão de vida que exige políticas integradas de coesão territorial.
C ombate R a SS imet R ia S
O futuro do SNS depende da capacidade de enfrentar esta realidade. É necessário repensar o mapa das respostas, reforçar a rede de cuidados primários, investir em telemedicina e IA para mitigar distâncias e, sobretudo, criar condições reais de -
centivos à mobilidade ou ao exercício em zonas carenciadas não podem ser episódicos ou burocráticos; têm de ser estáveis, transparentes e justos.
Ao mesmo tempo, deve-se olhar para a saúde como parte de uma estratégia nacional de desenvolvimento equilibrado. Se queremos combater as assimetrias territoriais em Portugal, não basta falar de hospitais e centros de saúde: é preciso falar de habitação, de transportes, de escolas, de condições de vida. Só assim se poderá -
O SNS continua a ser um motivo de orgulho coletivo, mas não pode viver de símbolos ou de memórias. A realidade é dura: hoje, o código postal de um cidadão pode determinar o tempo de espera por uma consulta ou cirurgia ou até as suas hipóteses de sobrevivência. Curar as assimetrias do SNS não é apenas uma questão de gestão do sistema de saúde – é um imperativo ético, moral e político para quem acredita que todos os portugueses têm direito à mesma dignidade.
A ministra da Saúde já melhorou a capacidade de resposta do SNS a vários níveis, designadamente no acesso mais rápido a cuidados de saúde. Está no bom caminho. Mas tem de acelerar nas reformas estruturais, incluindo a reforma do Estado (menos burocracia, menos tarefas administrativas, mais tempo para os doentes).
por Adalberto Campos Fernandes Professor NOVA ENSP
Ao longo das últimas décadas, o SNS tem enfrentado desafios estruturais, agravados por crises sucessivas, que não podem continuar a ser geridos de forma reativa nem dependentes da lógica de curto prazo dos ciclos político-eleitorais.
Asaúde é um dos pilares estruturantes do contrato social e do desenvolvimento sustentável em Portugal. O Serviço Nacional de Saúde (SNS), consagrado na Constituição da República Portuguesa, representa desde 1979 uma das mais relevantes conquistas da democracia, assegurando o acesso universal, geral e tendencialmente gratuito aos cuidados de saúde. No entanto, ao longo das últimas décadas, o SNS tem enfrentado constrangimentos
de recursos humanos, as desigualdadesrais, agravados por crises sucessivas, não podem continuar a ser geridos de forma reativa nem dependentes da lógica de curto prazo dos ciclos político-eleitorais.
R efo R mas comp R ometidas
A experiência acumulada demonstra que a alternância frequente de orientações estratégicas, a rotatividade das lideranças e a ausência de políticas de saúde com continuidade e avaliação rigorosa têm comprometido reformas essenciais. Cada legislatura inicia projetos que raramente são concluídos, interrompendo processos de transformação que exigem esta -
bilidade, investimento plurianual e monitorização consistente. Esta instabilidade afeta negativamente a eficiência do sistema, desincentiva a inovação organizacional e tecnológica e fragiliza a confiança dos cidadãos e dos profissionais no SNS. Torna-se, por isso, crucial construir um consenso político e social alargado em torno do SNS, que estabeleça um quadro de prioridades estável, previsível e partilhado para todo o horizonte de uma legislatura, com a ambição de perdurar para além dela. Este consenso não implica uniformidade ideológica, mas sim a definição de um núcleo de compromissos estratégicos mínimos entre os principais partidos com vocação governativa, os profissionais de saúde e as suas ordens profissionais, as autarquias, o setor social e solidário, os prestadores privados, as associações de doentes e os representantes da sociedade civil.
Um pacto desta natureza deve contemplar e calendarizar objetivos quantificáveis em áreas críticas tais como o financiamento sustentável e transparente, o reforço dos cuidados de saúde primários e da rede hospitalar, a valorização e a retenção dos recursos humanos, a modernização da governação e dos modelos de gestão, a digitalização e a interoperabili -
dade dos sistemas de informação, bem como a integração efetiva de cuidados ao longo do ciclo de vida do utente.
acoRdo estRutuRante e tRansveRsal
A existência de um acordo estruturante e transversal permitiria garantir maior previsibilidade de recursos, reduzir a conflitualidade institucional, promover a continuidade das políticas públicas, reforçar a accountability e criar condições para a inovação e para a melhoria contínua da qualidade e da eficiência do SNS. Permitiria, sobretudo, restabelecer a confiança dos cidadãos num sistema público de saúde mais equitativo, resiliente e centrado nas necessidades da população.
A presente legislatura constitui uma oportunidade crítica para alcançar este compromisso nacional pela saúde. Sem ele, Portugal permanecerá preso a um ciclo de estagnação e de respostas fragmentadas, com ele, poderá transformar o SNS num verdadeiro motor de coesão social, desenvolvimento económico e bem-estar coletivo.
O futuro do SNS não pode depender apenas da vontade conjuntural de quem governa. Tem de assentar num compromisso duradouro entre todos os que dele dependem, isto é, em todos nós.
por Fernando Santo Engenheiro
Bastonário da Ordem dos Engenheiros 2004-2010
A repetida época de incêndios evidencia as debilidades estruturais do ordenamento do território e a incapacidade para encontrar soluções que respondam ao contexto em que vivemos.
Adivisão da propriedade em milhões de parcelas de pequena dimensão, o abandono de grande parte desses terrenos rús-
e a ausência de um modelo de atividade económica que permita obter rendimentopriedades são causas estruturais de fundo que importa analisar.
O levantamento e registo do cadastro é o primeiro passo para o planeamento e ordenamento do território. Esse notável trabalho começou a ser efetuado pelo Ins-
do século passado, com a contínua produção de cartas cadastrais à escala 1/25.000.
Foi uma importante base mas não tinha como objetivo o registo dos artigos, limites das propriedades e dos proprietários.
P orque não foi feito o cadastro , a P esar dos P lanos de ordenamento do território ?
Contudo, mesmo sem este tipo de cadastro, em 1982 e 1983 foram criadas a Reserva Agrícola Nacional (RAN) e a Reserva Ecológica Nacional (REN), que abrangem cerca de 60% do território nacional. Em 1987 foi publicada a Lei de Bases de Ordenamento do Território e do Urbanismo e em 1992 entraram em vigor os Planos Diretores Municipais.
Era suposto que passados mais de 35 anos e com recurso aos atuais meios tecnológicos, todo o território nacional tivesse o cadastro concluído. Só que a dificuldade deste tipo de trabalho, com registo das estremas dos terrenos rústicos, o desconhecimento dos proprietários e dos herdeiros e o custo deste tipo de operações levaram ao seu adiamento. Na prática, passaram-se décadas a planear sem se conhecer o cadastro detalhado e sem políticas que permitissem a sua valorização. Foram criadas as CCDR, institutos e direções-gerais para impor regras, condicionantes e um conjunto de limitações, mas que ignoraram um dos maiores
e a sua valorização tendo em conta os legítimos interesses das populações e a ne-
Pelo contrário, muitas das políticas foram
criando constrangimentos ditados pelo centralismo do poder. Sem valor económico, não há pessoas a viver da agricultura e
A visão administrativa foi criando um modelo de ordenamento parcialmente desligado da realidade.
Apesar de todos os tipos de planos de âmbito nacional, setorial, especial, ou municipal, o país acabou por ser ordenado, em termos urbanos, através de loteamentos avulso de iniciativa privada, o que vinha sucedendo desde 1965.
Em sentido contrário, os imóveis urbanos mereceram toda a atenção, e a reforma da contribuição autárquica em 2003, com a entrada em vigor do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), assegurou o cadastro urbano e a atribuição do respetivo IMI, passando a ser uma importante fonte de receita, com cerca de 1711 milhões de euros recebidos em 2024, na soma do IMI com o AIMI.
o que está em curso Para o cadastro e registo dos terrenos rústicos e mistos ?
Há em Portugal mais de 11 milhões de artigos rústicos que já deveriam estar cadastrados e registados. Contudo, apenas em 2017 foi publicada legislação que criou o Balcão Único do Prédio (BUPi), obrigando os proprietários de terrenos rústicos e mistos a registar as suas propriedades. O modelo concebido determina a repre -
com representação das estremas, unidas através de uma linha poligonal fechada, obtida por processos diretos de medição. As operações de representação gráfica podem ser promovidas por iniciativa dos interessados ou por entidade pública competente, desde que realizadas por técnico habilitado para o efeito.
A lei prevê o apoio a cidadãos com com -
de 2025 há isenção do custo para proceder ao registo dos imóveis no BUPi. Apesar de passados mais de 7 anos desde a criação do BUPi, os registos cadastrais no território nacional, o que evidencia o desfasamento entre a intenção e a realidade vivida no terreno.
o que deveria ser feito
Parece-me necessário dotar os municípios e as juntas de freguesia de capacidade e iniciativa para assegurar o registo dos artigos cujos proprietários desconhecem a localização e os limites, ou não tenham condições para tomar a iniciativa para assegurar os procedimentos determinados pela legislação.
Há objetivos de interesse nacional que devem ser tidos em conta neste trabalho que já deveria ter sido realizado há décadas. A União Europeia financiou esta operação, mas o Estado e as autarquias utilizaram as verbas para montarem os Balcões, mas não montaram serviços para substituir os proprietários, quando tal se justifique.
o que devia ter sido assegurado
O conhecimento do território através do registo no BUPi é essencial para a sua gestão, e deve ter como objetivos nacionais, entre outros, o seu contributo para: (I) o emparcelamento das parcelas, reduzindo o abandono; (ii) a valorização económica das propriedades rústicas e mistas; (iii) prevenir os incêndios e melhorar o combate; (iv) resolver problemas com heranças indivisas e (v) facilitar o acesso a fundos comunitários. Mas para esta operação ser concluída com sucesso, considero ser necessário que as câmaras municipais e as juntas de freguesia assegurem os registos, via satélite, de cada artigo, com base nos registos do planeamento urbano e das Finanças e das incasos em que os proprietários, por razões diferentes, não tenham condições para o fazer, nem disponham de meios para tal.
A importância do cadastro é claramente umdicionais papéis entre proprietários e a Administração Pública. Parece também eviden-gisto como gracioso deveria ser prorrogado.
por Carlos Martins Engenheiro Especialista em Engenharia Sanitária
Em recente participação numa pós-graduação no ISCTE fui impelido ao uso
esse uso gerou curiosidade individual e vontade de aprofundar conhecimento
verão e as férias permitiram o tempo para a leitura descontraída de três li-
Ethan Mollick, autor do livro Co-inteligência. Todos nós estamos diariamente a fazer uso
antecipar o futuro, assistimos a mudanças rápidas em vários domínios da nossa vida.
car perda de identidade e controlo.
cessivas trocas de ideias nos conduziram ao ter este “assistente” a co-escrever sobre
parte integrante do qUotidiano
tores automáticos, sistemas de recomendação em plataformas online e ferramentas de
mesmo tempo, indispensáveis.
O atual estado de desenvolvimento técni-rios, apoiar na análise de dados e até par-
Este avanço é acompanhado por outras áreas síntese de voz ou a automação de processos.
ro parceiro no trabalho humano.
determinam um lado preocupante de uso destas ferramentas, podendo conduzir, em em termos das sociedades modernas. Já assistimos um pouco por todo o mundo
controlo. Mas a IA está presente na nossavidamente utilizada, pode contribuir para um futuro humano melhor.
parceira de trabalho
pensar na IA como substituta das pessoas, podemos encará-la como parceira de trabalho. O ser humano mantém o
centa velocidade, capacidade de processamento e criatividade inesperada.
Este modelo híbrido tem mostrado be-
namente humanos. -
mas não devem ser tomadas como verdades absolutas. Cabe ao humano avaliar e
consciente podem encarar estas ferramentas como laboratórios de criatividade, testando novas formas de trabalho, sem perder de vista a ética e os impactos sociais.
em minutos – libertando tempo humano de decisão.
Entre as áreas mais impactadas está a educação. Para muitos docentes, a pri -
para escrever trabalhos ou resolver pro -
Contudo, os riscos podem ser transfor-
a adaptar conteúdos ao ritmo de cada estudante. Pode apoiar na tradução e in-
está na transparência, no sentido crítico e
Assim, em termos de transparência os uti-
Utilização responsável Adotar a IA de forma responsável podeto da produtividade, reduzindo tempo em
através de tradução e adaptação a diferen-
cidimos viver, trabalhar e aprender. A aborde cada parte.
parência, espírito crítico e valores éticos claros, poderemos transformá-la numa alia-
por Isabel Meirelles
Advogada, Docente Universitária, Ex-Deputada à Assembleia da República e ao Conselho da Europa
François Bayrou foi o terceiro primeiro-ministro a cair em pouco mais de um ano, assinalando uma instabilidade inédita na Quinta República. O que a França hoje vivencia não é apenas a queda de governos, mas o ensaio geral de um funeral constitucional.
Oprimeiro-ministro François Bayrou, nomeado em dezembro de 2024, liderou uma governação minoritária, composta por diversos partidos centristas e de direita, mas sem maioria clara na Assembleia.
legitimidade, convocado para garantir a
aprovação de um plano orçamental de austeridade com cortes de €44 mil milhões, supressão de dois feriados, congelamento de despesas sociais e aumento de impostos sobre pensionistas.
O resultado era previsível e François Bayrou foi precipitado da liderança governativa após uma inequívoca derrota numacional, de 364 votos contra 194, dado que tanto a extrema-direita do Rassemblementcialistas já conspiravam para o derrubar. Foi o terceiro primeiro-ministro a cair em pouco mais de um ano, assinalando uma instabilidade inédita na Quinta República!
Um novo primeiro-ministro
Emmanuel Macron viu-se forçado a nomear um novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas, cuja missão principal será negociar com os diversos partidos políticos um orçamento para 2026, e garantir estabilidade governativa até
contexto de um parlamento fragmentado e com ausência de maioria absoluta.
ro, caso consiga sobreviver às marés parlamentares e conquistar a aura de estadista. Tem a vantagem de ter um pendor reformista, com capacidade de rutura com as velhas elites políticas, imagem de renovação para um eleitorado cansado da classe dirigente tradicional, mas com uma eventual fragilidade de autoridade face a líderes partidários mais veteranos, sobretudojuntura de impasse político.tra os rumos políticos do país foi realizada em algumas das principais cidades, incluindode de consensos, aquando dos “coletes amarelos”, onde foi encarregado de diálogo com autarcas locais, com bastante sucesso. Todos estes sobressaltos e incertezas criam ameaças socioeconómicas e a des-
político conturbado, com tensões sociais em ebulição e protestos e greves iminen-
o custo da dívida soberana e fez com que a França seja agora vista como parte da periferia da zona euro, apenas compará-
BloqUeios inéditos
A queda de Bayrou representa uma falência evidente da lógica política presidencialista, de um governo minoritário incapaz de an-
tes e marca mais do que uma demissão, é o epílogo de uma narrativa de esperanças desfeitas e de uma estrutura política a cerzir os seus próprios retalhos.
As engrenagens semipresidencialistas enfrentam bloqueios inéditos, onde o tecido político parece roto e fragilizado e onde a República está a sangrar nas suas costuras mais fundamentais, enquanto os protagonistas, carregados de títulos e causas, se debatem num palco onde a razão pública se desdobra em partituras dissonantes.
A Constituição de 1958 foi desenhada pre-
vastíssimos como o da dissolução da Assembleia, nomeação e demissão do governo, poderes de emergência, comando das
Forças Armadas. Mas esses poderes pressupõem uma base política estável, e Macron, embora tendo autoridade formal, não tem
Em 1958 o regime colapsou perante a ameaça de golpe militar em Argel e a incapacidade de formar governo, sendo que a salvação veio de De Gaulle, que refundou a República.
impotência governativa
Hoje não há exército à porta, mas há mer-
ca em espiral e uma Assembleia incapaz de aprovar o orçamento. O clima social aproxima-se da insurreição com greves gerais iminentes. A semelhança reside na impotência governativa em face de crises múltiplas, e a diferença na natureza da ontem militar e colonial.
Assim como em 1958 De Gaulle regressou para refundar o sistema político-constitucio-ra, não do sistema militar, mas do tabuleiro partidário. O que a França hoje vivencia não é apenas a queda de governos, mas o ensaio geral de um funeral constitucional.
As paredes da V República, outrora sólidas como muralhas de pedra gaulesas, estão co-
se haverá mudança, mas se ela será conduzida com a solenidade de uma reforma, ou com a violência de uma rutura.
Por se tratar do maior acidente ocorrido na cidade de Lisboa, com largo impacto a nível nacional e internacional, como aliás não poderia deixar de ser dado o superpovoamento turístico da cidade, rapidamente se tornou no centro mediático, ocupando todas as emissões televisivas e artigos na imprensa nacional e internacional.
Como engenheiro, não especialista na área, mas com experiência e discernimento para perceber as potenciais causas do ocorrido, não deixei de o tentar fazer, constituindo minha única preocupação
entender o que teria originado o descontrolado percurso descendente da cabina que se encontrava na parte superior da Calçada da Glória, sendo óbvio que só a rutura do cabo de suspensão e interligação das duas carruagens poderia ser a causa da tragédia, como se veio a comprovar. A causa nunca seria os seus 140 anos de idade, pois desde 1885 que foi objeto de muitas alterações e modernizações. Nas horas que se seguiram tive ocasião de escutar os mais diversos pontos de vista com o facto de as habituais personalidades, por
algumas com elevada reputação técnica e exposição pública, arriscarem-se a falar do assunto sem ainda estarem na posse de informação que lhes permitisse fundamentar qualquer teoria plausível, optando por especulações vazias e banalidades. A pouco e pouco, já com base nas primeirascar estruturado um raciocínio técnico, próprio dos engenheiros, que apontava como principal causa a já referida rutura do cabo de interligação das carruagens, que através dele se equilibram num sistema de contra-
e porquê tinha ocorrido a quebra do cabo que funciona em permanente tensão, tracionando e sustendo em simultâneo as duas cargas e também porque não funcionaram os sistemas de travagem.
primeira abordagem
Apenas três dias volvidos, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) entregou o seu primeiro relatório, cuja “Descrição sumária” visa uma primeira abordagem ao “Descarrilamento e subsequente colisão das cabinas do ascensor da Glória, na sequência do desligamento do cabo entre cabinas”, prevendo entregar o Relatório Preliminar num prazo de 45
para a tarefa que lhe foi cometida dentro do que são as suas competências. É de salientar a forma clara e objetiva como este relatório aborda e explica o modo de funcionamento e a causa identi-
tura do cabo que interliga as cabines, que a inspeção realizada na manhã do próprio dia do acidente não poderia ter visualizado, porquanto o local onde rompeu situa-se debaixo da carruagem, na zona de engate do cabo, o designado trambolho, em local não acessível visualmente. Seguir-se-á uma averiguação mais aprofundada e certamente criteriosa, porquanto parto do princípio da competência dos técnicos e demais envolvidos que procuram sempre fazer o melhor, cientes dos riscos associados.
Não deixa de ser verdade que o histórico de casos ocorridos nestas e em outras situações leva-nos a ter legítimas preocupações sobre a efetiva atuação e atenção no que toca a observação e manutenção das infraestruturas, correndo atrás do prejuízo, como foi o caso da inspeção generalizada às pontes depois da queda da de Entre-os-Rios ou, no caso deste elevador, o descarrilamento que já tinha ocorrido em maio de 2018 (há apenas 7 anos) devido ao desgaste dos rebordos das rodas (verdugo) que assegura o seu encaixe nos carris e que evita que as composições saiam da via-férrea, o que originou um descarrilamento que felizmente não
sem respostas, e que evidentemente teve a ver com falta de manutenção e devida atenção.
contratação externa
Muito se falou do facto de a CARRIS ter contratado externamente este tipo de serviços de inspeção, que habitualmente eram realizados por equipas da própria empresa, o que nada tem de criticável enquanto ato gestionário que gera con -
sociais e de outra natureza, uma decisão que, por razões óbvias, não agrada aos sindicatos e comissões de trabalhadores, por razões que assentam noutros motivos, pelo que a causa não reside aqui.
Sou dos que defendem o emagrecimento do Estado e do Setor Público, libertando-os de tudo o que não é necessário e prescindível, mas as medidas políticas que em determinada altura foram tomadas e nunca foram revertidas, não só cortaram as gorduras, como também afetaram o esqueleto que suporta o corpo.
Para se poder externalizar, é fundamental saber o que se pretende e até que ponto, bem como manter um mínimo de quadros competentes para acompanhar o trabalho prestado por outros.
A decisão de encerrar todos os elevadores com o propósito de proceder à sua inspeção, que no meu ponto de vista foi precipitada porque acaba por ser o re -
conhecimento de que não existia certeza sobre o seu estado de manutenção e de segurança, não deixou de ter pouco abonatórias interpretações nacionais e internacionais, quando tranquilamente teria sido possível proceder a tais inspeções durante um horário alargado na noite que se seguiu, que em caso de necessidade poderia ser estendido a mais dias ou noites, e teria evitado o alarmismo e a
S erviço S público S
Finalmente, na sequência deste acidente também se veio a constatar que a entidade pública de Supervisão, o IMT, apenas supervisiona alguns destes transportes, excetuando o Elevador da Glória que caiu num vazio institucional onde ninguém tem a obrigação de o fazer pelas ilógicas razões que foram divulgadas.
É tempo de parar para pensar e organizar os serviços públicos do país, por forma a que, com dimensões adequadas e sem custos desnecessários, possam prestar
Embora estes acidentes ocorram em muitos países, nomeadamente na Europa, Portugal tem obrigação e condições para procurar evitar a probabilidade da sua ocorrência que muito mancha a nossa imagem.so, lamento as vítimas e deixo uma palavra de reconhecimento a todos os que asseguraram a pronta resposta que foi dada.
por Fernando Negrão Jurista
mento para ser independente.
Assumindo de forma clara que a Europa luta de novo pela paz, liberdade e democracia, a presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen, acrescentou como ideia central do seu discurso a pergunta: “A Europa tem estômago para esta luta?”
Curta pergunta esta que contém os dramas de toda a situação em que agora se move a Europa e cada um dos países que a compõe, e mesmo os que a ela não pertencem. A Europa viveu o pós II Guerra
como parte menor do eixo euro-atlântico que tem como instrumento militar a NATO. Aqui estão integradas as Forças Armadas de todos os países europeus e dos Estados Unidos da América.
com a II Guerra Mundial e os Estados Unidos da América, para além da ajuda militar na guerra, também estiveram presentes e de forma substancial na reconstrução da -
respetiva vitória e também por ausência de recursos económicos, deixou a Defesa por conta dos Estados Unidos da América, que também tinham interesse nisso como a maior potência do mundo que eram e são. Oitenta anos é muito tempo. E é especialmente muito tempo para um continente que se reconstrói com a ajuda ativa de levar a cabo a defesa militar do outro, no caso a Europa.
D efesa europeia
O continente europeu descansou na força e no poderio americano, não fazendo da Defesa uma prioridade, ou mesmo uma necessidade premente. Não existindo ainda a União Europeia ou qualquer embrião de uma estrutura política e económica de união, cada país levou a cabo a sua reconstrução, reerguendo-se e reafirmando-se no mundo através de economias desenvolvidas e produtivas e a construção de um estado social que assegurava e assegura, principalmente aos mais necessitados, áreas como a saúde, a educação e o apoio à pobreza. Durante décadas foi “pacificamente” assim. Quanto à defesa militar, existiram durante muitas décadas dois blocos – o ocidental capitaneado pelos Estados Unidos da América e o do Leste liderado pela extinta União Soviética – que, na larga maioria do tempo, se guerrearam através de ameaças mais ou menos violentas que se equilibravam através do aumento do armamento, designadamente o nuclear. Contudo e aproximadamente nas duas últimas décadas, grandes e graves alterações têm ocorrido, alterando
profundamente o equilíbrio que existia, produto de relações de poder que mudaram e causaram danos perigosos no funcionamento democrático dos países da Europa e necessidades gigantescas de financiamento para a Defesa europeia.
p roblemas nas economias
As duas maiores economias europeias –Alemanha e França – começaram há mais de uma década a dar sinais de problemas nas suas economias. A França, de há muito que vem assistindo à deterioração das suas contas públicas. O líder centrista, François Bayrou, que se tornou o quarto chefe de governo da França em menos de dois anos, apostou o seu futuro num voto de confiança sobre os planos de austeridade para controlar o crescente défice público do país. O parlamento francês, dominado pela extrema-esquerda e pela extrema-direita, chumbou esse voto de confiança, deixando a França a braços com uma crise social e política que pode vir a desaguar numa perigosa bancarrota a ser gerida por extremistas.
A República Federal da Alemanha, mercê de uma crise energética grave que
coincidiu com os tempos Covid, do desemprego a aumentar nos setores vitais da sua economia, já vai em dois anos de recessão. Acrescentando a isto a instabilidade política é visível e forte, não tendo o atual chanceler Friedrich Merz maioria no parlamento e tendo como segundo partido o ultra direita AFD/Alternativa para a Alemanha.
Dois exemplos que acontecem nos dois mais poderosos países da Europa e que se repetem num outro país importante que é o Reino Unido.
Os Estados Unidos da América, atualmente liderados por um presidente instável, ignorante e especialmente preocupado com negócios, têm vindo a aproximar-se ora da China, ora da Rússia, deixando a Europa quase desarmada, obrigando-a a começar a armar-se. Tarefa esta que exige muita coragem para as mudanças profundas que tal implica, em especial, a preservação do estado social.
Termino, de novo com palavras de Von der Leyen: “A Europa defenderá cada centímetro quadrado do seu território.” Que assim seja, se for para defender a Paz, a Liberdade e a Democracia.
por Luís Pisco Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT até agosto de 2023
A medicina do século XXI não pode ignorar que a resiliência individual e coletiva é inseparável da saúde planetária. A adaptação à “renaturalização” da Terra requer abandonar a ilusão do controlo e adotar uma postura de humildade, adaptabilidade e respeito pelos limites do planeta.
Jeremy Rifkin, escritor e pensador norte-americano, apresenta uma proposta visionária para a humanidade enfrentar os migrando da Era do Progresso – marcadaharmonia com os processos naturais.
--recursos naturais – e adotar uma postura
Revisão dos princípios éticos à luz da imprevisibilidade
Formação médica centrada em resiliência sistémica
Humanização e adaptabilidade na relação médico-paciente
deramento dos pacientes por meio de tratamentos.
Tecnologia como ferramenta, não como fimma deve permanecer sempre nos profisdemia, precisa de ser integrada em mo -
Saúde coletiva e prevenção como pilares-tes saudáveis, como cidades com infraes -
Adaptar-se em vez de dominarde escassez e incorporar a redundância
Repensar a nossa trajetória
para imaginar – e construir – um futuro em
Precisamos de apostar cada vez mais em in-
por Ricardo Jardim Gonçalves
Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa/UNNova
Num contexto em que as crises sanitárias, ambientais e sociais exigem respostas rápidas e baseadas em dados, a monitorização de águas residuais tornou-se uma ferramenta essencial para a saúde pública, a sustentabilidade e a inovação.
AComissão Europeia, através do Wastewater Observatory do Joint Research Centre (JRC), criou a rede European Super-Sites for Wastewater Surveillance (EU4S), uma iniciativa pioneira que transforma os esgotos urbanos em informação estratégica para prevenção de surtos, deteção de poluentes e planeamento económico.
Os Super-Sites são infraestruturas delhidas por apresentarem capacidade de alta qualidade, metodologias laboratoriais de topo e cobertura populacional representativa. Funcionam como verdadeiros
a presença de vírus (como SARS-CoV-2 e drogas de abuso e poluentes emergentes. Graças a esta rede, decisores políticos, autoridades de saúde e investidores po-
L aboratório nat U ra L
Portugal, através da Região Autónoma da Madeira, inicialmente reconhecida como Super-Site e recentemente elevada a GigaSite pela Comissão Europeia, um estatuto reservado a territórios com relevância internacional comprovada e forte compromisso governamental. A posição geopolítica da Madeira, sendo uma ilha atlântica com intensa mobilidade turísti -
natural para a vigilância epidemiológica e ambiental. O Governo Regional da Madeira tem demonstrado um apoio inequívoco, assegurando a integração desta monitori -
O IDEA - Instituto para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica na Madeira é o coordenador oficial do GigaSite, liderando um consórcio que reúne entidades governamentais, universidades nacionais e europeias e parceiros internacionais. Sob a sua coordenação, a Madeira recolhe, analisa e transforma dados
económico e social, reforçando a sua projeção internacional.
ligado à iniciativa Madeira Digital Health & Wellbeing (MDHW), que promove a integração de tecnologia, saúde e cidadania. No coração desta estratégia encontra-se o Pavilhão Madeira Digital Health & Wellbeing, um espaço interativo e único na Eu -
digitais de ponta e compreender o papelção da saúde pública. A relevância desta iniciativa foi sublinhada pela própria Comissão Europeia, que, numa carta dirigida às entidades governamentais, elogiou a visão estratégica da região. A carta destaca “a oportunidade de testemunhar a Madeira como o primeiro European Super Site para Wastewater Surveillance” de referência e descreve o -
mente único em toda a Europa, onde a inovação, a acessibilidade e o envolvimen -
ainda que esta infraestrutura “reforça a posição da Madeira como líder em inovação em saúde digital centrada no cidadão” e expressa o compromisso de continuar a colaborar em novos projetos de monito -
Singapura e Osaka.
U ma oport U nidade de negócio
é apenas uma ferramenta de saúde pública, é também uma oportunidade de ne -
larga escala abre espaço para empresas de biotecnologia, laboratórios, start -
cidades inteligentes. Para investidores e gestores, os dados do GigaSite Madeira permitem antecipar tendências de consumo, identificar poluentes industriais e orientar setores como Turismo e Agricultura, consolidando a Madeira como um hub de inovação e investimento. Com a integração crescente de inteligência arti -
preditivas, a rede European Super-Sites, e em particular a Madeira como GigaSi -
O alinhamento entre o IDEA, o MDHW e as entidades europeias e governamentais demonstra como tecnologia, saúde pública e envolvimento do cidadão podem convergir para criar valor económico e social.
A Madeira prova que visão, ciência e compromisso político podem transformar uma região ultraperiférica em referência mundial. E é Portugal que, através desta
saúde digital, sustentabilidade e inovaçãora Digital Health & Wellbeing não apenas elevam o nome da região, mas também projetam Portugal como protagonista europeu na interseção entre ciência, tecnologia e bem-estar, demonstrando que a excelência nacional pode inspirar e in -
Há 18 anos atrás, a Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto (Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro), no seu artigo 9.º, sob a epígrafe “ Carta Desportiva Nacional ”, remeteu para a legislação de desenvolvimento a criação de tal documento: “ A lei determina a elaboração da Carta Desportiva Nacional, a qual contém o cadastro e o registo de dados e de indicadores que permitam o conhecimento dos diversos factores de desenvolvimento desportivo, tendo em
vista o conhecimento da situação desportiva nacional, nomeadamente quanto a: a) Instalações desportivas; b) Espaços naturais de recreio e desporto; c) Associativismo desportivo; d) Hábitos desportivos; e) Condição física das pessoas; f) Enquadramento humano, incluinção do género. ” (n.º 1). Mais acrescentou a norma da vigente lei-quadro do desporto nacional o seguinte: “ Os dados constantes da Carta Desportiva Nacional são integrados
no sistema estatístico nacional, nos termos da lei .” (n.º 2)
Esta norma, precisamente, com a mesma redação, já constava da anterior lei-quadro do desporto nacional – a Lei de Bases do Desporto (Lei n.º 30/2004, de 21 de julho). Mas não foi em 2004 que surgiu a primeira consagração legislativa sobre a Carta. Costuma, até, comentar-se em jeito de questão, entre os que estão mais atentos ao fenómeno desportivo: “Como é pos -
sível que ainda não tenhamos uma Carta
Desportiva Nacional, se já em 1990, na Lei de Bases do Sistema Desportivo, se
efeito, a primeira lei-quadro do desporto nacional, a Lei n.º 1/90, de 13 de janeiro, Atlas
Desportivo Nacional ”, prevendo que o Instituto Público que regia o desporto, “(…) com o objectivo de permitir o conhecimento da situação desportiva nacional, actualiza e publica, como instrumento fundamental de documentação pública, o Atlas Desportivo Nacional, contendo o cadastro e o registo de dados e de indicadores que permitam o conhecimento dos diversos factores de desenvolvimento desportivo, designadamente: a) Espaços naturais de recreio e desporto; b)dramento humano; d) Associativismo desportivo; e) Hábitos desportivos; f) Condição física dos cidadãos; g) Quadro normativo nacional e internacional. ” (n.º 1). E já então se apelava para a legislação de desenvolvimento: “ Redo sistema desportivo com o sistema estatístico nacional .” (n.º 2).
evolução da legiSlação deSportiva Mas se analisarmos a evolução da legislação desportiva nacional, identificamos uma norma, ao tempo do Estado Novo, de um diploma de 1936, prevendo a criação do documento em apreço. De facto, no artigo 6.º, n.º 6 do Regimento da Junta Nacional de Educação, aprovado pelo Decreto-lei n.º 26.611, de 19 de maio de 1936, atribuía-se à segunda subsecção, a da “ educação física e pré-militar ”, a comromover o levantamento da carta desportiva do País, com o cadastro dos núcleos regularmente constituídos, das instalações existentes e dos elementos oferecidos pela própria natureza, bem como propor as medidas adequadas à eficaz proteção destes e das espécies animais relacionadas com o desporto ”.
Há muito que questiono: como é possível
nossas infraestruturas, das nossas instalações e dos nossos equipamentos para o
quantas são, quais são, onde estão localiza-
Como podemos saber onde e qual a tipologia das infraestruturas que carecem de ser
das Autarquias Locais que aprovam as suas Cartas Desportivas Municipais, ainda que com critérios e formatos não uniformes]. No fundo, como promover ações adequadas ao aumento da prática desportiva em Portugal, se não temos todos os dados que
Mais: como podemos promover o turismo desportivo se não temos total certeza do que podemos oferecer ao nível de infraes-
clamação de um grande amigo meu, cabe perguntar: “Como é possível não termos o -
ções estratégicas sólidas e fundamentadas sem estarmos dotados de um completo e atualizado sistema estatístico nacional.
SiStema NacioNal de iNformação deSportiva Entre 2011 e 2012, no período em que estive no Governo, empenhei-me no assunto. Um grupo de trabalho, criado para o efeito, constatou que (i) o sistema desportivo carecia mesmo de “ organização in -
formativa, nomeadamente sobre instalações desportivas ”; (ii) a estrutura desportiva carecia também de “ articulação entre os seus agentes, em matéria de informação, cooperação interinstitucional e partilha de infra-estruturas e recursos ”; (iii) “ A administração central e as autarquias não têm meios para promover levantamentos exaustivos periódicos, sobre as suas instalações desportivas ”. E concluiu: “ Por isso, deve criar-se um sistema de informação que, por ser útil aos agentes, proporcione indirectamente a informação que o interesse público requer ”. Juntou-se muita gente, produziu-se muito trabalho e daí brotou o SNID – Sistema Nacional de Informação Desportiva. Mas volvido este tempo todo, o sistema mostra-se ainda insuficiente. Não dá para adiar mais. Há que passar totalmente da lei (teoria) à (implementação) prática. Num momento em que no Programa de Governo, se projeta “Apresentar e implementar o Plano de Desenvolvimento para o Desporto em Portugal” e “Potenciar o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF), com todo o movimento associativo desportivo, as instituições educativas e as autarquias ”, é urgente e fundamental concluirmos, de vez, a Carta Desportiva
A PRESA
Yrsa Sigurdardóttir
Quetzal Editores
JOGOS PERIGOSOS
UMA CASA PARA MR. BISWAS
Quetzal Editores
Uma Casa para Mr. Biswas
Estremecimento
O QUE FAÇO EU AQUI?
OS FILHOS DA MEIA-NOITE
SE UM DIA VOLTARMOS
abominável homem das neves
um menino-lobo
Os Filhos da Meia-Noite
O novo CUPRA Terramar VZ 1.5 e-HYBRID DSG surge como a mais resem nunca esquecer o ADN desportivo que a caracteriza desde o seu nasplug-in
Com uma motorização híbrida composta por um bloco 1.5 TSI a gasolina e um motor elétrico, acoplados a uma caixa automática DSG de dupla embraiagem, o Terramar VZ oferece uma potência combinada de 272 cv. Esta versão “VZ” – abreviatura de “Veloz” – representa o patamar mais desportivo da gama e promete con -
em modo elétrico e emoção ao volante com a performance típica de um desportivo compacto. Esta proposta permite não só um bom compromisso entre prestações e consumo, mas também autonomia elétrica para mais de 100 quilómetros em ciclo urbano, o que lhe garante benefícios sustentável.
Esteticamente, o CUPRA Terramar adota uma linguagem de design marcante, robusta e carregada de identidade. A grelha dian-
tecnologia Full LED e os traços muscula-
dos da carroçaria conferem-lhe uma presença imponente e distinta. Com 4,5 metros de comprimento, posiciona-se como um SUV de dimensões médias, desenhado a pensar nos condutores que procuram um compromisso entre versatilidade familiar e dinamismo em estrada. A assinatura luminosa traseira, com a tradicional barra horizontal contínua da CUPRA, reforça a imagem moderna e desportiva, enquanto as jantes de 19 ou 20 polegadas (dependendo da versão e dos opcionais) completam o visual imponente.
InspIração desportIva
No interior, a inspiração desportiva é evidente desde o primeiro contacto. Os bancos desportivos tipo baquet, os acabamentos em materiais nobres com apontamentos em cobre, e o volante multifunções com botão CUPRA dedicado, criam um ambiente envolvente e focado no condutor. O painel de instrumentos digital com 12,3 polegadas
e o ecrã central de infotainment de 12,9 polegadas oferecem uma experiência digital compatível com Android Auto e Apple Car-
aplicação Cupra Connect permite ainda o controlo remoto de várias funções, como pré-climatização ou o agendamento de carregamento da bateria.
Em termos dinâmicos, o Terramar VZ
atualizada, comum ao grupo Volkswagen.
A suspensão adaptativa DCC (Dynamic Chassis Control) ajusta-se em tempo real às condições da estrada e ao estilo de condução, permitindo explorar todo o potencial da motorização híbrida sem comprometer o conforto dos ocupantes.
A tração dianteira é gerida com rigor pela caixa DSG de seis velocidades, e o motor elétrico oferece resposta instantânea em arranques e recuperações, reduzindo o es-
CUPRA Terramar
forço do motor térmico e aumentando a
segurança e assIstêncIa à condução
Do ponto de vista da segurança e assistência à condução, o CUPRA Terramar
série um conjunto alargado de sistemas, como o assistente ativo de faixa, o cruise control adaptativo, o alerta de colisão frontal com travagem automática de emergência e o reconhecimento de sinais de trânsito. Opcionalmente, pode ser equipado com o Travel Assist (condução semiautónoma nível 2), câmara 360º e assistente de estacionamento automático.
Na vertente ambiental, o Terramar cumpre plenamente os padrões mais exi -
gentes, com emissões abaixo dos 30 g/ km de CO 2 , o que lhe permite usufruir de benefícios fiscais significativos, como a isenção de ISV e redução do IUC, no caso de clientes empresariais. Além disso, a bateria de 19,7 kWh pode ser carregada em cerca de 3,5 horas com um carregador de 7,2 kW, permitindo uma utilização predominantemente elétrica em deslocações diárias.
a resposta perfeIta
Este SUV híbrido plug-in posiciona-se assim como a resposta perfeita para quemnitivo para a mobilidade 100% elétrica, mas e, acima de tudo, o prazer de condução.
DSG é mais do que um novo modelo na gama – é uma espécie de canto do cisne para os motores térmicos da marca espanhola. E fá-lo com toda a garra, estilo e inovação que colocaram a CUPRA no mapa da indústria automóvel como uma marca irreverente e progressiva.
Com chegada ao mercado nacional, no primeiro semestre de 2025, o Terramar promete ser um dos protagonistas do segmento dos SUV compactos híbridos, enfrentando os seus rivais. E fá-lo com um trunfo inegável: a combinação entre performance emocional, estética arrojada e um pacote tecnológico completo, sob a insígnia de uma marca jovem que não tem medo de romper com o convencional.
ançado originalmente em 2008, o Q5 tem vindo a evoluir de forma consistente, consolidando-se como um dos pilares da gama Audi. A atual geração, com um ligeiro facelift que aprimorou os elementos esté-
marca dos quatro anéis: um design elegante, interiores de referência e uma experiência de condução sólida. Nesta versão com motorização diesel de quatro cilindros, 2.0 litros, com 204 cv de potência e 400 Nm de binário máximo, o Q5 oferece prestações convincentes com consumos contidos, mesmo fora do ambiente urbano.
A silhueta do Audi Q5 não esconde o seu ADN Premium. As linhas musculadas, mas discretas, fazem deste SUV uma propostagleframe em preto brilhante, os faróis LED Matrix opcionais com assinatura luminosa dinâmica e a presença vincada da carroçaria conferem-lhe um visual moderno, mas intemporal. A secção traseira foi atualizada com um novo design para os grupos óticos, incluindo tecnologia OLED, e um para-
-choques mais robusto. Com 4,68 metros de comprimento, o Q5 posiciona-se no segmento médio-alto dos SUV, com proporções equilibradas que favorecem tanto o conforto como a habitabilidade.
Qualidade de construção
No interior, a qualidade de construção é exemplar. Os materiais utilizados, os encaixes perfeitos e a atenção ao detalhe colocam o Q5 num patamar elevado. O sistema MMI Touch com ecrã central de 10,1 polegadas é o centro nevrálgico de todas as funcionalidades do veículo, desde a navegação até à climatização e conectividade. Já o Audi Virtual Cockpit Plus, com um painel digital
componente tecnológica e a personalização da experiência de condução. A compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto é garantida, e a conectividade com serviços online da marca permite atualizações remotas e funcionalidades em tempo real. Os bancos oferecem excelente apoio, especialmente na versão com regulação elétri-
ca e função de memória, e há espaço mais
A bagageira apresenta uma capacidade generosa de 520 litros, extensíveis até 1520 litros com os bancos traseiros rebatidos, o que torna o Q5 ideal tanto para uso familiar como para viagens mais longas. A insonorização do habitáculo é irrepreensível, permitindo uma viagem relaxante mesmo em velocidades de autoestrada.
Em termos de motorização, o motor 2.0 TDI mild hybrid de 204 cv revela-se uma escolha muito acertada. A tecnologia MHEV ( mild hybrid electric vehicle ) a 12V permite reduzir o consumo em situações de desaceleração e arranque, contribuinsem abdicar do desempenho. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em apenas 7,6 segundos, com uma velocidade máxima de 222 km/h. A caixa S tronic de sete velocidades, com passagens rápidas e suaves, alia-se ao sistema quattro ultra , que distribui a tração às quatro rodas conforme necessário, garantindo segurança
e tração mesmo em pisos escorregadios ou fora de estrada ligeira.
Pontos fortes
O comportamento dinâmico é outro dos pontos fortes deste SUV. Apesar do seu peso e dimensões, o Q5 mantém-se ágilda e ao centro de gravidade relativamente baixo. O sistema de modos de condução Audi Drive Select permite escolher entre -
direção e suspensão ao estilo de condução e às condições da estrada. Em estrada aberta, revela-se confortável e silencioso; em cidade, é fácil de manobrar com a ajuda das câmaras e sensores de estaciona-
mento; e em pisos mais exigentes, a tração integral mostra toda a sua mais-valia. No capítulo da segurança, o Q5 está recheado de tecnologia. De série ou opcionalmente, podem ser incluídos assistentes como o aviso de saída de faixa, cruise control adaptativo com função Stop&Go, assistente de congestionamento, reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de ângulo morto e sistema de travagem automática de emergência. Também está disponível o assistente de descida e o Audi Pre Sense, que prepara o habitáculo e os sistemas em caso de colisão iminente.
Apesar do crescimento da oferta elétrica e híbrida plug-in dentro da própria gama Audi, o Q5 40 TDI continua a ser uma opção extremamente válida para
quem valoriza a autonomia, a eficiência e o conforto de um motor Diesel moderno. Com consumos médios na casa dos 6 l/100 km em utilização real e emissões de CO 2 controladas, é ainda uma alternativa interessante para grandes viajantes ou frotas empresariais que necessitam de um automóvel versátil, confortável e tecnologicamente avançado.
O Audi Q5 40 TDI quattro S tronic é, em suma, um SUV equilibrado e competente, que continua a representar com distinção os valores da marca: precisão, elegância e inovação. Para quem procura uma proposta racional, mas emocionalmente satisfatória, esta versão Diesel com tração integral e caixa automática continua a ser uma aposta segura.
QuinTa das mós
Grande reserva 2019
Douro | Vinho Tinto | Quinta das Mós
CASTAS: Cornifesto, Casculho, Samarrinho, Moreto, Tinta Roriz
ENOLOGIA: Virgílio Loureiro
PREÇO: 46,20€
“O vinho é a expressão das castas raras de uma vinha com mais de 90 anos, exibe a força telúrica do Douro Superior e materializa o sonho de um pequeno vinhateiro e da sua família.”
ACOMPANHA BEM: assados de confeção lenta da cozinha tradicional portuguesa.
QuinTa Casa amarela Grande reserva 2016 – elísio
Douro | Vinho Tinto | Quinta Casa Amarela
CASTAS: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e outras
ENOLOGIA: Jean-Hugues Gros
PREÇO: 48,15€
“Missão: Desenvolvimento de uma viticultura sustentável, num terroir único, que respeita e protege o ambiente, apoiada num sistema de produção integrada.”
ACOMPANHA BEM: pratos de carne de cordeiro, ou ensopado, ou assado.
Terra do Zambujeiro 2018
Alentejo | Vinho Tinto | Quinta do Zambujeiro
CASTAS: Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet, Petit Verdot
ENOLOGIA: Alain Bramaz, Luís Lourinho
PREÇO: 27,00€
“Apostar numa melhoria constante da qualidade do vinho e direcionar a nossa produção para o vinho biológico. Proporcionando momentos de pura emoção com os vinhos da Quinta do Zambujeiro, em conhecedores e amantes de vinho é a nossa missão.”
ACOMPANHA BEM: pratos de carne, risotos, atum grelhado.
ParCela ÚniCa alvarinho 2019
Monção e Melgaço | DOC Vinho Verde | Anselmo Mendes
CASTAS: Alvarinho
ENOLOGIA: Anselmo Mendes Vinhos
PREÇO: 37,30€
“Experimentar, reinventar, superar, tomar em mãos o desafio de criar vinhos de excelência, que nascem de uma longa e profunda ligação à terra e desafiam as convenções e os sentidos.”
ACOMPANHA BEM: carnes brancas, peixe e saladas.
Poeira branCo 2021
Douro | Vinho Branco | Quinta do Poeira
CASTAS: Alvarinho
ENOLOGIA: Jorge Moreira
PREÇO: 36,50€
“Este Poeira Branco é um exemplo máximo da diversidade do Douro. É o concretizar de um sonho, e a prova de que mesmo nos locais de maior tradição vale a pena inovar e arriscar quando se acredita.”
ACOMPANHA BEM: carnes brancas, mariscos, peixes, saladas e sushi.
blandy’s 10 anos bual
Madeira | | Blandy’s
CASTAS: Bual
ENOLOGIA: Francisco Albuquerque
PREÇO: 25,50€
“(...) última das famílias ligadas à origem do comércio de vinhos da Madeira que ainda gerem a empresa familiar fundada pelos seus antepassados, são únicos no negócio dos vinhos da Madeira.”
ACOMPANHA BEM: sobremesas, especialmente frutas, bolos, doces de chocolate e queijos.
O nome Capri está de volta ao universo Ford, mas com uma roupagem totalmente distinta daquela que o celebrizou nas décadas de 1970 e 1980. Agora como SUV coupé, totalmente elétrico, o novo Ford Capri procura conquistar um lugar no competitivo segmento dos familiares com ambições desportivas. Com base na mesma plataforma do Explorer EV, esta proposta de tração traseira apresenta-se com 286 cv de potência, entregues de forma suave e linear através de uma caixa automática que gere com eficácia o binário imediato típico dos motores elétricos. O design mistura nostalgia com modernidade: faróis angulares, perfil aerodinâmico e uma traseira bem musculada remetem discretamente para o passado, enquanto o habitáculo aposta numa abordagem digital e prática, com ecrã tátil ajustável e materiais sustentáveis.
O Mazda3 Sedan, na versão e-Skyactiv X de 186 cv, representa a simbiose entre elegância e engenharia, com um design que recusa compromissos e uma motorização que junta tradição e inovação. Equipado com o bloco de 2,0 litros a gasolina e tecnologia de ignição por compressão controlada por faísca, este motor promete consumos comedidos sem abdicar da resposta imediata e da envolvência na condução, características intrínseto Takumi, o requinte sobe mais um degrau, destacando-se os bancos em pele preta com detalhes em castanho, que conjugam conforto com um toque artesanal. O ambiente interior é marcado por uma ergonomia cuidada e materiais de alta qualidade, num habitáculo silencioso e envolvente. O Mazda3 continua a ser uma referência dinâmica no segmento, com uma direção precisa, suspensão bem calibrada e uma postura em estrada que FORD CAPRI PREMIUM RWD
A marca Jeep sempre foi sinónimo de robustez e espírito aventureiro. Com o Compass 1.5 T-GDi e-Hybrid, essa identidade mantém-se, mas com um enfouma solução intermédia interessante entre os modelos puramente térmicos e as versões plug-in carregamentos externos. Sob o capot, o motor 1.5 turbo a gasolina, com quatro cilindros, debita 130 cv, auxiliado por um sistema elétrico de 48V que melhora a resposta em baixa rotação e permite pequenos percursos totalmente em modo elétrico – especialmente em manobras ou em trânsito urbano. A caixa de dupla embraiagem com sete velocidades garante passagens suaves, enquanto o sistema híbrido contribui para consumos médios abaixo dos 6 l/100 km.
A bordo, continua a destacar-se pelo bom nível de equipamento, com destaque para o painel de instrumentos digital, o ecrã central tátil de 10,1 polegadas e a integração com Android Auto e Apple CarPlay.
SUZUKI SWIFT 1.2 S3 MY24
tentes no segmento dos pequenos utilitários com motorização a gasolina atmosférica. Com a nova geração, o modelo japonês mantém a sua identidade compacta e ágil, mas apresenta um visual mais moderno e um interior atualizado com melhor ergonomia e conectividade. A carroçaria de cinco portas, com linhas simples e bem proporcionadas, esconde um motor 1.2 Dualjet mild-hybrid de três cilindros, que produz 82 cv de potência e está associado a uma caixa manual de cinco velocidades. Esta configuração revela-se suficiente para um desempenho urbano competente e consumos muito comedidos – em torno dos 4,5 l/100 km. Em estrada, o baixo peso (menos de 1000 kg) garante uma condução envolvente e eficaz.
O Polestar 2 Long range Dual motor é a proposta mais ambiciosa da jovem marca sueca com raízes na Volvo e um claro foco na mobilidade elétrica de elevada performance. Neste caso, falamos de um elegante fastback de cinco portas, cuja silhueta combina sobriedade escandinava com uma postura marcadamente desportiva.
Nesta versão Long range Dual motor, como o nome indica, estão presentes dois motores elétricos que garantem tração integral e uma potência combinada de 421 cv, com um binário impressiokm/h em apenas 4,5 segundos. Mas o desempenho não vive só da força bruta – o Polestar 2 impressiona também pela precisão da de chassis rigorosa e por um centro de gravidade baixo, fruto da disposição da bateria de 82 kWh entre os eixos.
O Mini Aceman John Cooper Works é a mais recente aposta
espírito desportivo com um formato compacto de crossover 100% elétrico. Posicionado entre o Cooper e o Countryman, este novo modelo estreia-se com visual musculado, traços modernos e a inevitável herança JCW (John Cooper Works), traduzida numa estética mais agressiva e apontamentos exclusivos. Com 306 cv e tração integral, promete não só acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,5 segundos, como também oferecer uma condução entusiasmante, mesmo no meio urbano.
A autonomia anunciada ronda os 400 quilómetros, graças a uma bateria de 66,5 kWh, e o carregamento rápido AC/DC permite recuperar 80% em cerca de meia hora. No interior, o destaque vai para o ecrã OLED circular, que centraliza praticamente todos os comandos e informações do veículo, incluindo
O regresso do icónico Renault 4 surge em formato totalmente elétrico, reinterpretando um dos modelos mais marcantes da história automóvel. O novo Renault 4 E-Tech não é apenas uma homenagem ao passado, mas também um olhar decidido para o futuro, combinando tecnologia elétrica, design moder-
“Quatrelle”, este SUV compacto mantém a postura prática e versátil que sempre caracterizou o modelo original, mas com linhas mais elegantes, assinatura luminosa em formato horizontal e proporções robustas. O ADN retro está presente, mas adaptado ao gosto contemporâneo.
Assente na plataforma CMF-BEV, partilhada com o Renault 5 elétrico, o novo 4 E-Tech deverá contar com motorizações entre 125 e 150 cv, associadas a baterias com capacidade para oferecer autonomias próximas dos 400 quilómetros.
elétrica no formato SUV não é apenas uma demonstração tecnológica – é premium do futuro. A versão xDrive45 coloca o iX numa zona particularmente interessante da gama,periência a bordo de elevado requinte. Com dois motores elétricos (um em cada eixo), a potência combinada atinge os 326 cv, permitindo uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 6,1 segundos. A tração integral garante aderência em todas as circunstâncias, enquanto o centro de surpreendente para um SUV com mais de 2,4 toneladas. A bateria de 76,6metros, com possibilidade de carregamento rápido até 150 kW, o que se traduz em 80% da carga em pouco mais de meia hora.
O novo Dacia Bigster marca um passo em frente para a marca romena, apresentando-se como o SUV de maiores dimensões alguma vez lançado pela Dacia. Nesta versão, com-
recebe o motor 1.2 Mild Hybrid, oferece 130 cv de potência, associado a um sistema de tração integral que reforça a sua vocação aventureira. A caixa manual de seis velocidades garante uma condução direta, enquanto o sistema híbrido ligeiro contribui para reduzir consumos e emissões, sem comprometer o prazer de conduzir.
Com 4,6 metros de comprimento, oferece um habitáculo amplo e versátil, pronto para receber cinco adultos e a respetiva bagagem com total conforto.
De todos os sentidos humanos, a visão é a ferramenta mais valiosa no contexto dos estímulos da revolução digital. Erradicar a cegueira e a perda de visão evitável é um dos objetivos de desenvolvimento sustentável e que conta com o apoio incondicional das Nações Unidas. Ao ritmo a que se estão a desenvolver os problemas refrativos e com particular evidência para a miopia, prevê-se que, em 2050, metade da população em todo o mundo, cerca de 4,4 mil milhões de pessoas sofrerão de miopia. É expectável uma forte pressão na procura dos serviços de cuidados visuais e, obviamente, um maior consumo de óculos e lentes de contato.
A indústria da ótica e todos os profissionais do ecossistema da saúde visual irão ter desafios que se situarão muito para além do que tradicionalmente, hoje, o setor representa. A odisseia imaginária do futuro estará presente na tecnologia adaptável das lentes e armações inteligentes. Numa interação com o corpo, monitorizando e sinalizando o seu funcionamento no campo da saúde preventiva e do comportamento humano.
Situada no topo das falésias da praia da Oura, no Algarve, esta villa representa a essência do estilo de vida à beira-mar: com vistas majestosas sobre o oceano Atlântico, re-
Na Villa Albuente, cada detalhe foi pensado para proporcionar uma experiência de vida suprema: amplas janelas enquadram as panorâmicas sobre o mar, fundindo o requinte interior com o esplendor exterior. A villa assume também um compromisso sustentável, gatempo que reduz a pegada carbónica.
Preço: 18.500.000,00€
PORTO
Aurios é o mais recente empreendimento urbano da cidade do Porto, onde história, natureza e luxo se encontram. Localizado na Quinta da China, outrora residência da conceituada artista portuguesa Aurélia de Sousa, cujas obras naturalistas foram inspiradas pela envolvente paisagem, o Aurios representa mais do que uma habitação: é a expressão
tura contemporânea integra a natureza com comodidades de topo, oferecendo conforto e beleza num dos locais mais emblemáticos de Portugal.
Preço: 3.750.000,00€
No Estoril, a poucos passos do oceano, encontra-se uma casa que parece ter ali pertencido desde sempre. Construída nos anos 1940, esta moradia Art Déco foi cuidadosamente modernizada ao longo dos anos, transformando-se em algo muito mais do que uma casa de família. A casa desenvolve-se por cinco pisos, integrados na encosta. No interior, os espaços são amplos, mas nunca excessivos. Conta com sete quartos e 10 casas de banho, mas o que realmente se destaca é a forma como é vivida: não em metros quadrados, mas em momentos. O melhor de dois mundos: uma casa com história e carácter, adaptada à vida moderna mas sem perder a alma original.
Preço: sob consulta
Inserida na serenidade e prestígio de uma localização privilegiada junto a um campo de golfe, com vistas deslumbrantes sobre o campo, a ria Formosa e o mar, esta
luxo, elegância e tranquilidade. Verdadeira obra arquitepaleta harmoniosa de castanho-terra, verde e dourado. Cada detalhe, criteriosamente selecionado, alia a mais alta qualidade a amplos espaços de convívio e lazer.
Um verdadeiro convite a um estilo de vida superior, onde a atenção ao detalhe e a mestria artesanal estabelecem um novo padrão de elegância e tranquilidade.
Preço: 7.800.000,00€
Este apartamento duplex de três quartos situa-se no empreendimento Bayview, a poucos minutos a pé do centro histórico e da marginal. Mas é o espaço, a luminosidade e as áreas exteriores que o distinguem, em especial o terraço privativo na cobertura, com piscina e vistas amplas sobre o mar. Um generoso hall de entrada conduz à sala de estar e jantar em open space, com pé-direito duplo e janelas de vidro do chão ao teto que enquadram o terraço e inundam o espaço de luz ao longo do dia. Uma oportunidade rara de adquirir uma casa que combina arquitetura, localização e espaços exteriores numa das zonas mais desejadas de Cascais.
Preço: 3.450.000,00€
Algumas propriedades impressionam pela dimensão, outras pela localização. Esta consegue ambas, mas o que realmente a distingue é a forma como a arquitetura e a paisagem se unem em perfeito equilíbrio. Projetada por Peter Harnden, com interiores de Valerian Rybar, esta moradia no Estoril é muito mais do que uma casa, é uma residência única, onde jardim e habitação se encontram numa ligação harmoniosa. Situada perto do campo de golfe do Estoril e a poucos minutos da costa, esta é uma moradia que alia dimensão, privacidade e uma arquitetura intemporal, enquadrada numa paisagem difícil de replicar.
Preço: sob consulta
Com mais de 150 anos de história, o Hotel Grande Bretagne é o espelho da elegância europeia do século XIX, reinterpretada para os dias de hoje com uma subtileza impressionante.
No coração de Atenas, a poucos passos da icónica Acrópole, da vibrante Praça Syntagma e da imponência do Parlamento Helénico, ergue-se uma das mais prestigiadas e emblemáticas unidades hoteleiras da Grécia: o Hotel Grande Bretagne. Verdadeiro bastião de luxo clássico e história viva, este hotel de cinco estrelas é muito mais do que um alojamento de excelência – é um monumento à hospitação helénica.
Inaugurado em 1874, o hotel tornou-se, ao longo das décadas, o ponto de encontro natural da alta sociedade ateniense, de estadistas internacionais, estrelas de cinema e viajantes exigentes em busca de uma experiência verdadeiramente única.
O paláci O d O c O nf O rtO
Ao atravessar as portas giratórias do Hotel Grande Bretagne, o visitante é imediatamente envolvido por uma atmosfera de requinte intemporal. O lobby , com os seus lustres de cristal Baccarat, colunas em mármore e tapeçarias exuberantes, remete para os salões aristocráticos do Velho Continente. É impossível não sentir a imponência discreta que cada canto do hotel transmite, numa fusão entre o classicismo europeu e o orgulho da herança grega. Com 320 quartos e suítes, cada unidade de detalhe. Tecidos nobres, mobiliário de época, mármores polidos e uma paleta de cores um ambiente simultaneamente acolhedor e imponente. Algumas suítes oferecem varandas privativas com vistas diretas para a Acrópole, o monte Licabeto ou os Jardins Nacionais, enquanto outras impressionam com salas de estar luxuosamente mobiladas e casas de banho em mármore de Carrara, dignas de palácios renascentistas.
A Grand Deluxe Suite e a Presidential Suite são verdadeiros testemunhos da opulência arte original, lareiras decorativas e serviço de mordomo personalizado. Mas mesmo nos quartos mais “simples”, a sensação de se estar num lugar especial é constante.
GastrOnOmia cOm vista para a história
Um dos maiores trunfos do hotel é, sem dúvida, o seu restaurante panorâmico GB Roof Garden, situado no último piso. Aqui, a fusão entre uma cozinha mediterrânica sofisticada e a vista deslumbrante sobre a Acrópole cria uma experiência sensorial completa. Ao pôr-do-sol, o cenário transforma-se numa tela dourada, com a cidade a cintilar sob o céu grego e a silhueta do Parténon a dominar a paisagem.
No Winter Garden, um elegante salão envidraçado no piso térreo, os hóspedes são convidados a saborear um pequeno-almo-
cocktails ao som de música ao vivo. A carta de vinhos, criteriosamente elaborada, privilegia referências helénicas de qualidade, muitas vezes desconhecidas do grande público, mas de uma riqueza surpreendente.
O spa da n O breza ateniense
Para momentos de pausa e rejuvenescimento, o GB Spa oferece um santuário de tranquilidade e bem-estar no coração
da capital grega. Este espaço de inspiração neoclássica conta com uma piscina interior, banho turco em mármore, salas de tratamento decoradas com materiais naturais e uma vasta oferta de terapias que combinam tradição grega com técnicas contemporâneas. O ritual “Ancient Greek Massage” é particularmente procurado, inspirando-se em práticas de massagem terapêutica da Antiguidade clássica.
O centro de fitness está equipado com a mais recente tecnologia Technogym, e a piscina exterior, situada no terraço, oferece uma alternativa relaxante para os dias mais quentes, sempre acompanhada de um serviço atencioso e discreto.
U m lUG ar de enc O ntr O s históric O s Ao longo da sua existência, o Hotel Grande Bretagne testemunhou momentos marcantes da História grega e europeia. Desde encontros políticos decisivos durante as guerras mundiais até ao acolhimento de realezas, presidentes e figuras da cultura, este hotel foi, e continua a ser, palco de eventos que moldam o presente
e o futuro. Caminhar pelos seus corredores é como revisitar páginas da História viva, com retratos, fotografias e objetos que fazem parte do seu património.
l U xO c O m resp O nsabilidade
Apesar da opulência evidente, o Hotel Grande Bretagne integra práticas sustentáveis na sua operação diária. Desde a redução de plásticos de utilização única até à aposta em produtos locais e sazonais nos seus menus, a unidade tem vindo a adotar
crescente com a responsabilidade ambiental e social – sem nunca comprometer o seu padrão de excelência.
v iver a tenas
Escolher o Hotel Grande Bretagne como ponto de partida para descobrir Atenas é, acima de tudo, optar por viver a cidade com a dignidade que ela merece. Aqui, o passado
em perfeita harmonia, oferecendo aos hóspedes uma experiência sensorial, cultural e estética absolutamente memorável. Num mundo onde o luxo se reinventa constantemente, o Hotel Grande Bretagne permanece fiel às suas raízes, provando que o verdadeiro luxo é intemporal – e que, por vezes, viver Atenas como um verdadeiro aristocrata não só é possível, como desejável.
Foi apresentado à imprensa nacional o novo Mercedes-Benz CLA 100% elétrico, um modelo que combina elegância, tecnologia de ponta e uma visão sustentável para o futuro da mobilidade.
Oevento decorreu entre o Centro de Formação da Daimler, em Sintra, e o acolhedor restaurante Plaj Beach House, em Santa Cruz, proporcionando uma expe-
O CLA impressiona pela sua presença: a grelha frontal iluminada com 142 estrelas é um ícone de estilo, acompanhada pelos faróis LED de alta performance, que garantem máxima segurança e um olhar incondesign aerodinâmico reforçam a silhueta desportiva, enquanto o teto panorâmico amplia a sensação de lu-
quilómetros e capacidade de recuperar
interior, o cuidado com o planeta traduz-se na utilização de materiais reciclados e num design pensado para reduzir a pegada
Ao conduzi-lo, houve ainda oportunida-
-Benz Operating System, com a demonstração estática da sua navegação inteligente, que planeia percursos de forma dinâmica, otimizando autonomia e para -
cedes-Benz apresenta uma proposta premium, digital e sustentável, onde design,
Este novo SUV elétrico, oriundo da China e agora apresentado em solo nacional, no emblemático Forte da Crismina, em Cascais, tranquila – como quem sabe o que vale sem precisar de o dizer alto.
Com um design que cativa ao primeiro olhar, feito de ângulos marcantes e detalhes futuristas, o AION V respira modernidade. Mas é quando nos sentamos ao volante que percebemos que há mais do que aparência: há acima de tudo, segura. A autonomia ronda os 520 quilómetros e, em apenas 15 minutos, o carregamento rápido devolve 370 quilómetros de energia – números que falam por si, mas que se sentem ainda melhor na prática.
e inteligente. Os materiais, o toque, a luz, tudo parece ter sido pensado para tornar cada viagem mais agradável. E mesmo com toda a tecde controlo e proximidade.
com boas credenciais técnicas. É uma nova forma de estar na estrada. Mais consciente, mais sensível, mais conectada. O AION V representa um novo capítulo, e tem tudo para deixar a sua marca.
OHyundai IONIQ 5 surge renovacomo um ícone na gama 100% elétrica da marca. Foi em Monsanto que a imprensa nacional conheceu a nova versão deste crossover de linhas retrofuturistas, que seduz à primeira vista com o seu design magnética, agora aliado a mais tecnologia e funcionalidades pensadas para uma expeDisponível com duas baterias – 63 e 84 kWh – e quatro níveis de equipamento, o IONIQ 5 adapta-se a diferentes estilos de vida: Premium (até 440 quilómetros), Premium Plus e Vanguard (até 570 quilómetros), e Vanguard Plus (até 530 quilómetros), todas em ciclo
tências entre 170 e 325 cv, alia desempenho à graciosidade. A arquitetura elétrica de 800V, capaz de repor 350 quilómetros de autonomia em apenas 18 minutos, combina rapidez e praticidade sem perder o charme. O interior continua a destacar-se pela excelente habitabilidade. É um refúgio moderno, com materiais sustentáveis, toque suave e um ambiente sereno. Os dois ecrãs panorâmicos e o head-up display com realidade aumentada criam um palco tecnológico onde cada viagem é confortável e inspiradora. O IONIQ 5 é mais do que um automóvel: é um statement de estilo e sustentabilidade que transforma o dia a dia em puro glamour sobre rodas.
DE QUATRO SÉCULOS RECRIADA SOBRE
Entre a serra da Estrela e o Terreiro do Paço, uma caravana de jipes reviveu a epopeia de transportar neve até Lisboa, cruzando montanhas, vales e o Tejo.
Em 1614, Lisboa começou a receber diariamente um carregamento insólito: blocos de neve trazidos da serra da Estrela. O transporte era realizado entre maio e setembro, quando os nevões de inverno já tinham derretido nos vales, mas permaneciam preservados nas chamadas geleiras, poços cavados na serra onde a neve era compactada e coberta de palha.
Dali, partia em lombos de burro até aos portos fluviais, seguindo depois em embarcações que a levavam pelo Tejo até Lisboa. Na corte, a neve era luxo e frescura: servia para conservar alimentos, fazer sorvetes, refrescar bebidas ou simplesmente ostentar o poder de vencer a distância e o calor.
Durante mais de dois séculos, este ritual tornou-se parte da vida da capital. No Martinho da Arcada, então conhecido como “Martinho das Neves”, eram armazenados -
O regress O da neve s O bre r O das
Quatrocentos anos depois, o Clube Escape Livre decidiu trazer de volta esta tradição. Entre 18 e 20 de setembro de 2025, organizou-se o evento “Jeep dá neve a Lisboa”, uma aventura que juntou cerca de 80 participantes e 30 veículos 4x4, com a Jeep como parceira oficial.
O ponto de partida foi o Covão da Ametade, no coração da serra da Estrela. Ali,
neve compactada, evocando os métodos ancestrais, e iniciaram uma viagem de três dias até Lisboa.
T rês dias de aven T ura e culT ura
A caravana desceu o vale glaciar do Zêzere, percorreu estradas de montanha e trilhos de terra, atravessou aldeias históricas e miradouros deslumbrantes. Pelo caminho, houve espaço para palestras sobre a história da tradição, conduzidas por académicos como o Prof. Carvalho Rodrigues, e para momentos de convívio entre condutores.
Na segunda etapa, os participantes seguiram até Alcochete, onde a neve embarcou em embarcações tradicionais – o Bote Leão , a Desvairada e o Gavião dos Mares . A travessia do Tejo recriou o trajeto
tempos em que a capital dependia destas rotas para saborear gelo no verão.
l isb Oa recebe a neve
A chegada a Lisboa foi apoteótica. No Terreiro do Paço, a caravana foi recebida por curiosos, turistas e transeuntes, surpreendidos ao ver blocos de neve descarregados sob o sol da cidade. No Martinho da Arcada, um dos pontos históricos onde antigamente se armazenava neve, realizou-se uma evocação simbólica. Ali, os participantes e o público provaram granizados, enquanto atores do grupo Hereditas encenavam personagens de época, recriando os pregões e o ambiente de séculos atrás.
Foi um momento que uniu passado e presente: a neve, tão rara em Lisboa, voltava a marcar presença, carregada de história e simbolismo.
J eep c O mpass em es T reia naci Onal
O evento serviu ainda de palco para a estreia em Portugal do novo Jeep Compass. O SUV, apresentado em versão eletrificada, percorreu todo o trajeto como protagonista, demonstrando a capacidade da marca para enfrentar terrenos exigentes e, ao mesmo tempo, para associar
Para a Jeep, a ligação ao evento reforçou o ADN de exploração e espírito off-road, mostrando que a tecnologia contemporânea pode também ser guardiã de histórias antigas.
m ais d O que uma viagem , uma mensagem
“Jeep dá neve a Lisboa” foi mais do que uma reconstituição histórica ou um pas -
memória coletiva e uma reflexão sobre a própria natureza da neve.
Numa altura em que as alterações climáticas colocam em risco a regularidade da neve na serra da Estrela, transportar gelo até Lisboa adquire também uma dimensão simbólica: lembrar que aquilo que outrora era abundante pode tornar-se cada vez mais raro.
Ao unir cultura, turismo e aventura, o evento sublinhou a importância de preservar tradições, valorizar o interior do país e mostrar que experiências inovadoras podem nascer da memória.
i mpac TO e fu T ur O
A edição de 2025 contou com forte adesão e deixou claro que há espaço para transformar esta recriação numa tradição moderna. O Clube Escape Livre já admite tornar o evento bienal, reforçando a ligação entre a serra da Estrela e Lisboa e promovendo regiões que nem sempre estão no centro das atenções turísticas.
Combinando motores e memórias, jipes e geleiras, a iniciativa provou que a neve pode continuar a viajar – não apenas fisicamente, mas como símbolo de identidade cultural, de engenho e de resistência ao tempo.
Teve lugar no Sheraton Lisboa Hotel & SPA mais um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, cujo orador convidado foi Luís Marques Mendes, candidato à Presidência da República pelo PSD, com o tema “Ambição para Portugal num contexto internacional adverso”. O candidato presidencial partilhou a sua visão sobre este tema essencial para Portugal, radicalismo, é preciso ser-se moderado e ter experiência política para exercer a função. Marques Mendes disse que não faz parte dos políticos que aumentam a sua popularidade à conta de “ingredientes picantes”, não é esse o seu caminho.
1| Andreia Vaz, Luís Marques Mendes e Augusto Vaz 2| Luís Marques Mendes e José Sousa Cintra 3|nes Liberato 4| Manuel Ramalho e Luís Magalhães 5| Joaquim Miranda Sarmento e Manuel Ramalho 6| Duarte Marques e João Perestrello 7| Guilherme Silva e Joaquim Miranda Sarmento 8| Leandro Silva e Alejandro Martins 9| 10| 11| Marina Prévost-Mürier e Carlos Jorge Barbosa Magalhães 12| Augusto Vaz e Carlos Abreu Amorim13| Hugo Santos Ferreira e Luís Mira Amaral 14| Manuel Ramalho e César do Paço 15| Luís Marques Mendes 16| Idália Serrão 17| Luís Marques Mendes e Manuel Ramalho