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Entrevista
Bruno da Rocha “Roots and Wings” é o mote desta 30ª edição que marca um olhar mais atento para as técnicas tradicionais e as novas tendências que dão aso a uma visão mais global e inovadora. Como olha para este equilíbrio? É perfeito, desde sempre aliei as técnicas tradicionais a uma linguagem mais contemporânea nunca esquecendo a aprendizagem das escolas como o Cindor ou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis onde os professores eram todos de formação clássica. Falamos também de uma tradição que se vai adaptando aos novos conceitos de consumo, sem nunca perder a sua essência. As joias Bruno da Rocha, que podemos também ver na imagem desta edição da Portojóia, são ainda o reflexo do espírito do autor? Exatamente, pode-se perceber a influên-
cia clássica, mas com uma mensagem mais contemporânea, onde prevalece toda a técnica tradicional. Como parte integrante de uma geração de designers mais contemporâneos, como olha para as peças mais tradicionais? Entende que é pertinente mantermos viva a sua valorização? Acho muito importante, mas acho que a forma como a comunicamos tem de ser mais atual. São peças intemporais, resistentes, respeitando a ergonomia e o conforto, estas três palavras definem por si só a Joalharia Clássica. Ao serem usadas num contexto mais contemporâneo a sua mensagem altera completamente. Tendo já atividade comercial internacional na Finlândia, Angola, China, Paris, Itália, Espanha e Lituânia, qual o objetivo de