

cheikh anta diop civilização ou barbárie
civilização ou barbárie antropologia sem complacência
Civilização ou barbárie sintetiza o pensamento e a obra do senegalês Cheikh Anta Diop, um dos intelectuais africanos mais importantes do século XX. Aqui, ele revisita mais de três décadas da intensa produção intelectual dedicada a fundamentar a tese de que a África é o berço não apenas da origem biológica de nossa espécie, mas da civilização humana, inclusive do chamado Ocidente. Demonstrando uma erudição monumental, Diop mobiliza conhecimentos dos mais variados campos paleontologia, arqueologia, antropologia física, biologia molecular, linguística etc. a fim de tornar sua tese um “fato da consciência histórica africana e mundial”.
Publicado em 1981, pouco antes de sua morte e num momento em que os países africanos entravam na década final de suas lutas por independência, a obra encarna um “otimismo vigilante” que, nas palavras de Diop, significa que “cada povo, armado com a sua identidade cultural recuperada ou reforçada”, poderá enfim se ver inclinado a “desejar que todas as nações se deem as mãos para construir a civilização planetária, em vez de submergir na barbárie”.
Tradução de César Sobrinho
“O Brasil foi descoberto em 1500” é uma frase que está caindo em desuso. Esse fato originário ou mito de criação vem sendo revisto graças a uma exigência relativamente simples, de acurácia científica: em 1500 os portugueses chegaram a uma terra habitada, cujo nome ignoravam e que batizaram de Brasil, depois de invadi-la, saqueá-la e expulsar, escravizar ou dizimar as pessoas que ali viviam. Se essa reformulação de enunciado parece trabalhosa é porque ela demanda uma renúncia ao olhar eurocêntrico e colonial, que garante conformidade com “a” ordem do mundo mas deforma o passado a ponto de tornar enormemente difícil dizer o óbvio.
O projeto de vida de Cheikh Anta Diop foi criar “conceitos científicos operatórios” capazes de fazer com que obviedades tais pudessem se converter em “fatos da consciência histórica”. Já no doutorado, apresentado na Sorbonne na década de 1950, seu propósito era corrigir o que chamou de “grotescas e grosseiras falsificações da egiptologia moderna” a mais importante delas sendo a negação de que a civilização egípcia fosse negra.
Civilização ou barbárie é a obrasíntese desse esforço, condensando uma extensa produção científica que fundamenta a tese de que a África e os seus povos negros estão na origem não apenas da espécie, mas também da civilização humana. Considerada controversa e enviesada por alguns, a perspectiva de Diop tem sido celebrada por outros como uma abordagem inovadora, que antecipou debates, preparou caminho para a atual crítica do eurocentrismo e já nos alertava para, como mais tarde formularia Chimamanda Ngozi Adichie, “o perigo de uma história única”.

Cheikh AntA Diop (1923-86) foi um historiador, antropólogo, físico e político senegalês. Ganhou projeção com o livro A origem africana da civilização: Mito ou realidade, de 1974, no qual levanta a hipótese sobre uma origem negra da civilização egípcia. Vista como polêmica, sua obra suscitou questões importantes sobre o viés cultural e político na produção científica e é precursora de abordagens afrocêntricas e pós-coloniais. Em 1987, a Universidade de Dakar foi renomeada em sua homenagem.
PRÉSENCE AFRICAINE ON BEHALF OF THECHEIKHANTADIOPESTATE
Civilização ou barbárie
Biblioteca Africana
Conselho de orientação:
Kabengele Munanga
Edson Lopes Cardoso
Sueli Carneiro
Luciane Ramos-Silva
Tiganá Santana
Civilização ou barbárie
Antropologia sem complacência
Tradução:
César Sobrinho Cheikh Anta Diop
Dedico este livro à memória de Alioune Diop morto no campo de batalha cultural africano.
Alioune, você sabia o que tinha vindo fazer sobre a terra: uma vida inteiramente dedicada aos outros, nada para si mesmo, tudo para os outros, um coração repleto de bondade e generosidade, uma alma impregnada de nobreza, um espírito sempre sereno, a simplicidade personi cada!
O demiurgo quis nos oferecer, como exemplo, um ideal de perfeição, dando-lhe existência?
Infelizmente, ele o arrancou cedo demais da comunidade terrena à qual você sabia, melhor do que ninguém, transmitir a mensagem da verdade humana que brota das profundezas do ser. Mas ele nunca poderá apagar a sua lembrança na memória dos povos africanos, aos quais você dedicou a vida.
É por isso que dedico este livro à sua memória, como testemunho de uma amizade fraterna mais forte que o tempo.
Cheikh Anta Diop Dakar, 29 de outubro de 1980
Sumário
Nota da edição brasileira 9
Prefácio à edição brasileira, por Kabengele Munanga 11
Introdução 15
parte i Abordagem paleontológica 23
1. A pré-história 25
2. Revisão crítica das mais recentes teses sobre a origem da humanidade 40
3. O mito de Atlântida retomado pela ciência histórica por meio da análise de radiocarbono 91
4. Últimas descobertas sobre a origem da civilização egípcia 127
parte ii As leis que regem a evolução das sociedades: Motor da história nas sociedades do MPA e na cidade-Estado grega 133
5. Organização clânica e tribal 135
6. Estrutura de parentesco no estágio clânico e tribal 139
7. Raça e classes sociais 148
8. Nascimento dos diferentes tipos de Estado 156
9. As revoluções na história: Causas e condições de sucessos e fracassos 163
10. As diferentes revoluções na história 169
11. A revolução nas cidades-Estado gregas: Comparação com os estados em mpa 180
12. As particularidades das estruturas políticas e sociais africanas e suas incidências sobre o movimento histórico 198
13. Revisão crítica das últimas teses sobre o mpa 223
parte iii A identidade cultural 253
14. Como de nir a identidade cultural? 255
15. Para um método de abordagem das relações interculturais 266
parte iv A contribuição da África para a humanidade nas ciências e na loso a 275
16. Contribuição da África: Ciências 277
17. Existe uma loso a africana? 354
18. Vocabulário grego de origem negro-africana 436
Reconhecimentos 439
Notas 440
Índice bibliográ co 467
Lista de ilustrações 477
Índice remissivo 480
Nota da edição brasileira
Respeitamos a natureza heterogênea e por vezes lacunar do original. A magnitude da proposta e do projeto de Diop nos parece tornar irrelevantes determinadas idiossincrasias editoriais que via de regra seriam revistas.
Prefácio à edição brasileira
A obra Civilização ou barbárie, de Cheikh Anta Diop, foi publicada em 1981 pela editora Présence Africaine, ou seja, cinco anos antes da morte do autor, ocorrida em 8 de fevereiro de 1986, aos 63 anos, vítima de uma crise cardíaca. Para entender o que esconde esse título, precisamos primeiramente dizer uma palavrinha sobre a origem, a socialização e a formação universitária de Diop. Nascido em 29 de dezembro de 1923 em Diourbel, uma localidade no interior do Senegal, teve uma formação corânica antes de ingressar na escola primária na mesma localidade. Em Dakar fez seus estudos secundários, no Colégio Saint-Louis, e dois bacharelados, em loso a e em matemática, em 1945. No mesmo ano, ele embarcou para Paris, onde iniciou seus estudos universitários em ciências e letras, na Sorbonne. Em 1954, seis anos antes da independência do Senegal, apresentou sua tese de doutorado intitulada Nações negras e cultura: Da Antiguidade egípcia aos problemas culturais da África negra hoje.
Essa tese não foi aceita, mas foi a partir dela que tudo começou. Seus mestres da Sorbonne lhe disseram: “Gostaríamos de lhe dar seu título de doutor, mas com uma outra tese. Reconhecemos que a África tem uma história e civilizações, mas não se misturam com o Egito Antigo, que não pertence à África”. Ele teve de preparar e defender uma outra tese, que foi aceita, com o título de In uência profunda do Egito na civilização grega, sem tocar na origem negra da civilização egípcia, que seus mestres consideravam não africana.
Publicado em 1955 pela editora Présence Africaine, Nations nègres et culture tornou-se um best-seller e projetou o professor Cheikh Anta Diop, fazendo dele o intelectual africano mais conhecido desde o início das independências
Orfeu, 114
“Orfeu Negro”, 268-9
Oriente Próximo (Oriente Médio), 37, 54, 63, 117, 242, 245-6
Oriente/oriental, 46, 116, 175, 233, 237, 250, 293, 381, 441n
Osíris, 37, 114, 128, 146, 179, 181, 328, 357-8, 368, 378-9, 381-3, 385, 387-8, 390, 394, 404, 417
Ossian, 34
ostracas, 375
Ottieno, M., 49
ouassei farma, 207
Oued-el-Melh, 452n
Ouêhi, 139
Ouse, rio, 42
Outro, o, 356, 392, 395-6, 405-6
owambo, 140
Oxford, 336
Pací co, oceano, 150
Países Baixos, 454n; ver também Holanda paleantropos, 51
Paleolítico, 25-6, 29-30, 35, 37-8, 47, 51, 59-60, 64, 66, 68-70, 73-4, 440n
paleossiberianos, 30, 73-4, 81
Palestina, 46-7, 49-51, 111, 117, 122
Pan, 55
Pancrates, 384
papiro de Berlim, 304, 322
papiro de Ebers, 334, 458n
papiro de Edwin Smith, 293, 335 papiro de Kahun, 317
papiro de Moscou, 278-82, 292-3, 295, 299300, 303, 314
papiro de Rhind, 236, 279, 281, 283-5, 288, 291, 302, 307-24, 337, 400, 405, 457nn, 462n
papiro de Turin, 345
papiro demótico de Carlsberg, 328, 330, 332-4, 458n
papuas, 71
“Paradoxo epr”, 426-7
Paris, 49, 54, 58, 89-90, 148, 168, 171, 306, 374, 400, 445n, 447n
Parmênides, 357, 409-11
Parnaso, monte, 103
Parrain, Charles, 234, 242-8, 250-1, 454n
Partenon, 352
Pataud, abrigo, 58-60
patrius, 146
Peet, Thomas Eric, 279-80, 284, 291, 293, 295300, 303, 308, 312, 315-7, 457n
Pègues, abade, 93 pelasgos, 33
Peloponeso, 92, 187, 190, 193
Pendlebury, John, 93, 95, 100
Penrose, método de, 81
Péricles, 191, 193, 409 periecos, 151, 187
Perigordiano, 29, 59-60, 443-4nn
Perorsos, 452n
Pérsia/persas, 36, 171, 194 pesou, 322, 457
Petit, C., 52, 89 Petralona, 442
Petrie, W. M. Flinders, 217-8, 339, 341, 456n
Petrônio, 158
Peyronnet, Albert, 256
Phamenot, 383 Phase, 119 physis, 409
Piage, 59
Piankhi, 182, 381
Piérides, 262 pigmeu, 203
Pilos, 37
Piltdown, homem de, 41-3, 79, 81, 442n
pirâmide Romboidal, 458n
Pirenne, Jacques, 107, 113, 120, 129, 169, 353, 358, 382
Pirra, 103, 106
Pisístrato, 186
Pitágoras de Samos, 277, 286, 288, 292, 302, 304-5, 318-20, 322, 369, 376, 394, 397-400, 404, 409, 436 pitecantropos, 44, 52
Platão, 106, 186, 237, 282, 286, 302, 305, 314, 320, 355-8, 365, 367, 369, 376-7, 379-80, 386, 388-408, 410, 412-3, 420, 436, 464n
Plateias, 173
Plauto, 250 plebes, 183
Pleistoceno, 41, 52, 55, 57, 82
Plínio, o Jovem, 452n
Plutarco, 320, 394, 399
Pnyx, 193
Põ tolo, 360-1
Pó, rio, 249
Podolsky, Boris, 426 pólis, 195
Polônia/polonês, 38, 63, 149
Pompeia, 17 Pongo, 55
Porc-Epic, 26
Portugal/português, 74, 149, 175, 453n
Poseidon, 417 potássio-argônio, datação por, 27
Pout, 117
Povos do Mar, 32, 39, 50
Predmost, homem de, 68-9, 444n pré- Sapiens, 41-6, 60, 79, 83, 442n Pretória, 149 Princeton, 81
Pritchard ver Evans-Pritchard, Edward E.
Proclo Lício, 302, 392, 460
Prometeu, 22 proto-Cro-Magnon, 51, 82 proto-história, 36, 50, 123, 147, 180, 250, 329, 397, 399, 401, 405
Protomagdaleniano, 58, 444n proto-uangaras, 219
Prunieras, B., 77
Psamético I, 166
Ptah, 390
Ptolomeu XI, 315, 452n ptolomeus, 195 pueblos, 140
Punt, 257
Putho , Harold, 424
Puttock, M. J., 306 Pycraft, 442n
Qafzeh, 49-52, 82
Qidi, 118 quadrivium, 374
Quéfren, 458
Quênia, 31, 49-50
Quéops, 128, 331-2, 337, 458n
Queroneia, Batalha de, 194 Quevedo, bispo, 155
Quina, 58-9
Quinto Cúrcio Rufo, 397
Quinzano, 82
Rá, 390
Radimour, 110 raméssidas, 50
Ramsés ii, 88-90, 102, 117-9, 122, 181, 226, 294, 382
Ramsés iii, 32, 87-8, 182
Ramsés iv, 338, 345-6
Ras Shamra, 125
Redjak, Zdenek, 423
Reisner, 218
Rekhmiré, 100, 108, 112-3, 247
Renan, 417
Renascimento, 323, 377, 418
Renaudin, 93
René, Alain, 387
Renne, gruta de, 444n
Reno, rio, 33
Rensberger, Boyce, 128 República Francesa, iii, 170 Retenou, 114
Retra, 184-5
Revillout, 321
Rib-Addi, 110
Riss-Würm, 45-6, 49
Rivaud, Albert, 391, 401-3, 405, 407
Ródano, vale do, 245
Rodésia, 453n
Rodésia, homem da (ou de Zimbábue), 47
Rodet, 321
Rodin, Auguste, 271
Roma/romanos, 36, 39, 107, 152-3, 161, 168, 171, 174-5, 197, 219-20, 223-4, 228-30, 234, 237, 239, 241-2, 249-52, 257, 261, 286, 323, 329, 379, 438, 452n, 458n
Romênia/romeno, 35, 37, 63, 260, 268 roog, 131
Rosen, Nathan, 426 Rosenberg, Alfred, 154
Routounou, 115
Roychoudhury, Arun R., 52
Ruanda-Burundi, relações entre tútsis, 152, 160, 203
Ru é, Jacques, 17, 52-3, 88
Rússia/russos, 35, 37-8, 119, 168, 176, 191, 260, 458n rútulos, 249
Saara, 17, 219, 336, 441n sabeus, 156, 176
Sabinas, 249
Sacará, 128, 199, 371
Saccopastore, 45
Sachse-Kozlowska, Elzbieta, 63
Sacro Império Romano, 125, 163, 174, 229, 241, 250-1, 455n
Sahel, 21, 143 ,203-4, 206, 452n
Saint-Césaire, 444n
Saint-Germain-en-Laye, 64, 68
Saint-Louis, Colégio, 11, 90
Saís, 106, 169, 407
Sakellarakis, J. A., 99, 124
Salado, rio, 452n
Salazar, 175
salmo 104, 102
Salomão, 111
Salsum, rio, 452n
Samba Sadio, batalha de, 178
Sanidas, 85
Sankoré, 374
Santorini, 20, 33, 91-5, 97, 100-3, 106, 123, 125, 147, 407
São Vítorde Marselha, abadia de, 37
Sara, 76, 372
Sarawak, 80
Sardes, 118, 122
Sargão I de Acádia, 39, 157, 447n
Sartre, Jean-Paul, 268-70, 392, 421
Saturno, 361, 369
Sauneron, Serge, 384-5, 398, 406, 408, 437
saxões, 34
Schae er, Claude, 102
Schreiner, Kristian Emil, 37
sed, 217-8, 395, 414
Seele, Keith, 127
Segu, 360
Segunda Guerra Mundial, 84, 176, 188
Sekmet, 334
selêucidas, 195, 333
Seligman, Charles G., 199, 217-8
Semencaré, 96
semitas, 30, 399, 74, 87-8
Seneferu, 128, 337-8
Senegal/senegalês, 11, 13, 17, 144, 146, 149, 178, 200, 218-20, 272, 333, 373, 383, 385-6, 458n
Senghor, Léopold Sédar, 263, 270
Senusret iii, 458n
Sépedet, 458n
Sepúlveda, 155
Serer, 131
Sérigne, 214-5
Sesklo, 35
Sesóstris iii, 118-9, 331; ver também Ramsés ii
Set I, 88, 90, 382-3
Seth/Set, 117, 225, 328, 357, 367, 378, 404
Sethe, 113
Shaba, 368
Shamash, 109-10
Shandong, 172-3
shilluk, 218
Shu, 357, 378-9, 394, 403-4, 407
Sibéria, 30, 51, 54, 63, 69, 71, 74, 147
Sichuan, 83, 173
Sicília, 25, 152, 201, 288, 440n
sicules, 33
Sidon, 110, 114, 117, 447
Sigui tolo, 360
Sigui/sigui, 360, 365-6, 368-9
Simba, 146
Simyra, 115 sinantropo, 72
Singra, 115
Siracusa, 250, 286, 288
Sireuil, 64
Síria/sírio, 102, 107, 112-5, 118, 122, 195, 440n, 447n
Sírio, 329-31, 360-4, 368-9, 458n
sírio-libaneses, 440n
sîsou, 387
sissítia, 186
Skhul, 443n
Slain, 435
Smith, Elliot, 182, 384, 442n, 447n
Sobat, rio, 146
Sobre a natureza, 408
Sócrates, 173, 302, 314, 386
Sofonias, 102
Sogno, 209, 217
Sólon, 103, 106, 170, 189, 192, 194, 407
Solutreano, 31, 44, 52, 58, 61, 63
Songai, 143, 158, 166, 199, 202, 206
Soninquê, 220
Sonneville-Bordes, D. de, 60
Sonni Ali, 217
šopi/sopi, 394, 413, 461n, 463n
Sorlingas, ilhas, 34
Sótis, 397, 458n
Souten, 131
Spencer, 392
Spina, 249
Stálin, 176, 273
Stanford Research Institute, 424
Starocelia, 51, 71-2, 82
Steinheim, 45, 51, 79
Stillbay, 26
Stonehenge, 245, 332
Stratcevo, 35 strategoi, 192
Struve, Vassily, 278-9, 281-2, 287, 292-300, 307, 315, 457nn
Suazilândia, 26, 47, 57
Sudão, 131
sudra, 239-40
Suécia/sueco, 31, 84, 148
Suetônio Paulino, 452n
Suez, istmo de, 25
Suíça, 35
Sumatra, 91
Suret-Canale, Jean, 231-2
Sussex, 42
Sutter, fator, 17, 53, 89
Swanscombe, homem de, 43, 45-6, 51, 79, 82
swht, 298-9
Tabun, caverna, 443n
Tabuzs, 443n
Tácito, 185
tahenou, 116 talento, 37
Tales, 286, 288, 291, 301-2, 357, 369, 394, 399, 400, 408-9, 462n
Tang, era, 168, 171-3
Tanganica, 26
Targ, Russell, 424
Tarikh al Sudan, 220, 374
Tarikh es-Soudan (Açadi), 374
Tarquínio, o Velho, 249
Tasmânia, 150, 160
Tautavel, homem de, 44
Tchôl, 173
Tebas, 39, 103, 107-8, 112, 114, 119, 180, 182, 187, 191, 346, 360, 371-2, 384-5
Tédjeck, 209
Teeteto, 398, 410
Tefnut, 357, 378-9, 394, 403-4, 407
Tel El-Amarna, tábulas de, 96, 100, 108, 113
Tempels, padre Placide, 370
Teofrasto, 334
Téon de Esmirna, 369
Tessália, 103
Tétis, 401 tetractys, 319
Thera, ilha de, 93, 97, 100, 103
Theras, 103
thētes, 160, 191, 193
Thierry, Augustin, 153
Thirasia, ilha de, 93
Thoma, Andor, 50-2, 54-5, 71, 73, 79, 81-3, 443n, 445n
Thot, 299, 302, 334, 383, 408, 463n
Thuillier, Pierre, 424, 428
Thule, 34
Tia-NDella (uólofe), 146
Tibete, 230, 232
tiédos, 178, 201, 209, 215
Tiéron, Alphonse, 139
Timeu (Platão), 106, 365, 367, 379, 388-97, 401-7, 410, 413
Timeu de Lócrida, 392
Tirinto, 247
Tiro, 110, 114, 117
Titãs, 181, 387
Tito Lívio, 249
Todo, o, 391
Tomás, são, 19
Tombuctu, 365, 374-5
toum, 379
Toumenev, 233
Tounip, 110
Toussaint-Louverture, 454n
Toynbee, Arnold, 157 Trácia/trácios, 119, 387, 409 trivium, 374
Troia, 92, 118, 181, 183, 331
Trois-Fréres, caverna de, 28 Trótski, 273
Tsegaye, G. M., 388 Tucídides, 37, 195-6 tuculor, 144, 218, 220 Tunísia, 50, 92 tusona, 367-8
Tut Bura, 146
Tut Laka, 146 Tutancâmon, 96
Tutemés i, 113, 115, 117, 128
Tutemés iii, 88, 95-6, 100, 102, 105-9, 111-3, 1157, 119, 125, 156, 161-2, 247, 383, 458n tútsis, 152, 160, 203 Ty, 100
Uagadu, 209, 217
Ugarite, 102, 125 Ulisses, 166, 262 Um/Uno, 406, 409 úmbrios, 152
Unas, 128, 131, 199, 220-2, 371 Unesco, 19, 45, 82, 89, 127, 208, 257, 336
União Soviética, 69, 170, 176, 235; ver também Rússia/russos
Union Internationale des Sciences Préhistoriques et Protohistoriques (uispp), 440n
Universidade Carolina de Praga, 423 Universidade de Atenas, 97 Universidade de Chicago, 126-7
Universidade de Hull, 81
Universidade de Sorbonne, 11-2, 154-5, 374
Universidade de Tombuctu, 374
Universidade de Viena, 367-8
Universidade Harvard, 58
Universidade Yale, 57
Université de Chicago, 126-7
uólofe, 129, 131, 144, 146, 202, 207, 218, 260, 267, 325-7, 373, 414-6, 438
Urano, 401
Usmã dã Fodio, 178
Vacher de Lapouge, Georges, 154
Valentin, 379-80
Valhala, 86
Vallois, Henri Victor, 30, 37, 41-5, 47-8, 50-1, 55, 57-8, 60-1, 65, 67-8, 70, 72, 442n
Valoch, Karel, 63
Vandermeersch, Bernard, 43-7, 49-50, 62, 442n, 444n
Vaticano, 387
Vaufrey, 27
Veja, 433
Ventris, Michael, 94
Vênus, deusa, 38, 64, 66-7
Vênus, planeta, 365
Ver Eecke, Paul, 277, 282, 286, 288, 292, 369, 392, 460n
Verbo, o, 357, 380, 408
Vercingétorix, 158
Vercoutter, Jean, 100, 328, 335
Vermelho, mar, 92 “vermelhos”, os, 154-5
Vernant, Jean-Pierre, 200, 245-6
Verneaux, René, 41, 70
Vértesszöllös, 82-3
Vêtes, 249
Viena, 66, 367 Vietnã, 230, 232 vikings, 34
Villeneuve, De, 65 Vinita, 35
Vint, F. W., 86
Virgem Maria, 358 visigodos, 153
Vitória, lago, 26 Vogel, 314
Vogelherd, 63
Volney, C. F., 15
Vorster, Balthazar, 31, 149
Wace, Alan, 95 Wallon, 170 Walo, 219 wanande, 206 wanax, 248 Waterbolk, 58 wawanga, 453n
Weidenreich, Franz, 55, 72 Weiner, J. S., 43 welsch [galeses], 84 werden, 379, 461n Westermann, D., 204 Willendorf, 63, 66 Williams, Bruce, 126-7 Witt, Jean de, 236 Wittfogel, 230, 236 Woodward, Smith, 442n Wotan, 34 woyo, 361, 367 Würm/würmiano, 29, 31, 38, 41, 44, 46-7, 54, 59
Xabaka, 182, 381 Xangô, 417 Xangô-Jakuta, 417 xeesal ver kheesal Xenócrates, 405 Xunzi, 236
Yang-Shaw, 72 Yangtzé, 83 Yen-Zi-Yi, 238 yobou-Koï, 207 Yokoyame (Yuji) Yoyotte, Jean, 408, 463n yurugu, 367
zadruga, 147 Zaire, 146, 361, 367-8 Zambeze, 440n Zâmbia, 367 Zed, 358 Zenão de Cítia, 173 Zenão de Eleia, 409-10 Zermelo, 422 Zeus, 103, 387 Zhoukoudian, 72, 7 Zimbábue, homem de, 47 Ziyang, homem de, 72 Zuckerkandl, E., 52, 89 zulu, 31, 149, 453n
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
Administração Regional no Estado de São Paulo
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Cet ouvrage a béné cié du soutien des Programmes d’aides à la publication de l’Institut Français. Este livro contou com o apoio à publicação do Institut Français.

Gra a atualizada segundo o Acordo Ortográ co da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.
Título original
Civilisation ou Barbarie: Anthropologie sans complaisance
Capa
Estúdio Daó
Mapas Sonia Vaz
Preparação
Angela Ramalho Vianna
Índice remissivo
Gabriella Russano
Revisão
Nestor Turano Jr.
Adriana Bairrada
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip ) (Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Diop, Cheikh Anta, 1923-1986
Civilização ou barbárie : Antropologia sem complacência / Cheikh Anta Diop ; tradução César Sobrinho. — 1 a ed. — Rio de Janeiro : Zahar; São Paulo : Edições Sesc São Paulo, 2025. — (Biblioteca Africana)
Título original: Civilisation ou barbarie : Anthropologie sans complaisance.
Bibliogra a.
isbn 978-65-5979-218-4 (Zahar) isbn 978-85-9493-341-6 (Edições Sesc São Paulo)
1. África – Civilização 2. África – Civilização – In uências egípcias i. Título. ii. Série.
25-264099 cdd -960
Índice para catálogo sistemático:
1. África : Civilização : História 960
Cibele Maria Dias – Bibliotecária – crb-8/9427
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* Título em português a de nir.
esta obra foi composta por mari taboada em dante pro e impressa em ofsete pela gráfica paym sobre papel pólen natural da suzano s.a. para a editora schwarcz em maio de 2025
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