ASSINANTE - 1ª EDIÇÃO
Sul Fluminense, Sábado, 24 de Maio de 2014
Presidente: Aurélio José Fernandes de Paiva
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Ano 21 • Edição nº 7.313
RECONSTITUIÇÃO DE ACIDENTE
EDITORIAL
A questão da Guarda Municipal e o tipo de cidade que queremos É preciso definir o que quer a comunidade e cabe aos vereadores mudar as leis de acordo com o que consideram como o anseio da população A questão das guardas qualquer via pública. Pomunicipais, em especial dem até decidir que as nas maiores cidades da áreas comerciais se transregião (Volta Redonda, Re- formem em mercados persende e Barra Mansa), ga- sas. Cabe a eles alterar a nhou aspectos políticos legislação. Se assim considelicados. E o caso mais deram que é o pensamento emblemático é o de Volta da sociedade, que assim seja. Redonda, onde a maioria dos O que não vereadores depode é dar ao Fiscalizar é fazer guarda da escidiu trancar a obria pauta de vocumprir as leis quina tações em progação (ou mestesto contra as mo o direito) em vigor, ações da Guarde fazer vista mantendo os da Municipal grossa a toda e exigir o afase qualquer siprincípios da tamento do cotuação, decimandante, derazoabilidade e dindo ele própois da apreprio quando, do bom senso onde e em ensão de um carrinho que quem aplicar vendia mandiocas em a lei. uma das calçadas da AveVereadores, lideranças nida Amaral Peixoto. comunitárias e a sociedade Fiscalizar é tarefa des- como um todo devem decigastante. E fiscalizar é, dir se alguém que para o hoje, a principal função carro em cima da calçada dos profissionais que com- em frente à casa de um põem as guardas munici- morador tem ou não este pais. Fiscalizar é fazer direito. Quem para o carro cumprir as leis em vigor, na calçada muitas vezes se mantendo os princípios revolta ao ser multado. da razoabilidade e do bom Mas o morador que vê um motorista impunemente pasenso. No caso do carrinho de rar o carro na calçada em mandioca, a questão, colo- frente à sua casa se revolta cada pela Guarda, é que se houver impunidade. Que tipo de lei quere(por bom senso) não é inibida a venda de mandio- mos? Que tipo de contrato cas em carrinhos em que social estamos dispostos a o vendedor circule ou que fazer? Se a mandioca pode estacionar na não obstrua calçada por as calçadas que a abóbora em locais com Cabe à não teria o grande fluxo de pedestres, sociedade decidir mesmo direito? Aliás, todos os como é o caso produtos reidas calçadas que tipo de vindicariam da Avenida Amaral Pei- convivência social para a si a permissão - a não xoto. E esta se quer para ser que a lei obstrução teprivilegiasse a ria causado o a cidade mandioca, ainproblema. O “Caso Mandioca” é da que sob pena de inconsapenas um exemplo de vá- titucionalidade por discririas situações em que minação vegetal. Se um guarda municiações da Guarda Municipal são colocadas em xe- pal pecar por exageros é que quando ela atua para necessária a devida punidar cumprimento às leis ção. Mas não dá para masmunicipais. Os vereado- sacrar uma corporação res, que representam ins- por cumprir o seu papel. titucionalmente a comuni- Foi atuando nesta linha dade, parecem insatisfei- rígida que a Guarda Mutos com a rigidez no cum- nicipal evitou que a máfia primento das leis. Só que, das vans clandestinas se neste caso, as leis é que instalasse na cidade, asseriam rígidas e, se os sim como inibiu as milíciparlamentares assim as as de distribuição de gás consideram, cabe a eles e água mineral que, na alterá-las. periferia, usavam motos Carrinho de mandioca sem placas. Como foi dito, cabe à pode ficar parado nas calçadas dos grandes centros sociedade - especialmente urbanos da cidade? A lei através de seus represenproíbe. Mas os vereadores tantes - decidir que tipo de podem mudar a lei para convivência social se quer permitir que carrinhos de para a cidade. Este tipo de mandioca, barracas de contrato, nas democracias, abóbora, caminhões de é estabelecido por leis. O abacaxi, tendas com que não se pode é editar DVDs, tudo possa ser ven- leis e, depois, pedir que dido em qualquer local de não sejam aplicadas.
Caminhoneiro nega ter fechado motociclista Vítima caiu do Viaduto João Ravache e também participou de reconstituição; laudo da perícia deve sair dentro de um mês
No local do acidente: Hiago foi colocado numa cadeira de rodas para mostrar o local certo onde teria ocorrido a fechada de outro carro O caminhoneiro Haroldo José da Cunha, de 42 anos, negou ontem ter fechado com o seu Cross Fox a moto conduzida pelo metalúrgico Hiago Tompson da Silva Cruz, de 21 anos. O ato teria provocado a queda do motociclista, de
cima do Viaduto João Ravache, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, no último dia 10. Haroldo fez a declaração durante a reconstituição do caso, feita ontem. A vítima, que também participou da reprodução simulada, caiu de
uma altura de 12,5 metros e chegou a ficar internada no Hospital Vita, com várias lesões pelo corpo. O viaduto ficou interditado durante duas horas. Por ainda estar com dificuldades para andar, Hiago foi colocado numa cadeira de ro-
das para mostrar o local certo onde teria ocorrido a “fechada”. Haroldo foi preso na época e responde por homicídio duplamente qualificado em liberdade. O laudo da perícia deve sair dentro de um mês.
POLÍCIA | Página 6
Volta Redonda
Amistoso da Itália será evento teste para segurança na Copa Filipe Carneiro
14 anos de cultura e arte Gigante: Modelo da Brazuka está instalado no chafariz da Vila Santa Cecília, em Volta Redonda O amistoso internacional entre a seleção italiana e o Fluminense, em Volta Redonda, no dia 8 de junho, será o teste final do
esquema montado pelas forças de segurança para os jogos da Copa do Mundo que acontecerão no Rio de Janeiro. As ações utilizadas
durante a partida serão as mesmas aplicadas durante o Mundial, que começa no próximo dia 12. Além disso, Volta Redonda vai tam-
bém receber ornamentação especial para a população entrar no clima da competição.
CIDADES | Página 5
EM DISCUSSÃO Centro Cultural Theophilo Massad, em Angra dos Reis, celebra aniversário com música, teatro, oficinas e exposições
Lazer &Cia
Capa
Igreja Católica discute questões sociais em fórum O I Fórum Social realizado pela Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda vai discutir e definir ações da Igreja Católica em ques-
tões como moradia, violência, transporte, saúde, educação, cultura, entre outros. O fórum acontece hoje, no Centro Social San-
ta Cecília, em Volta Redonda. Cerca de 400 pessoas de 12 municípios das quatro regiões pastorais, Barra Mansa, Volta Redon-
da, Resende e Barra do Piraí, estão sendo esperadas para participarem do encontro.
CIDADES | Página 4