18/03/2016
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Conjunto designado como ”Bairro Azul”
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Classificado Conjunto designado como ”Bairro Azul” 1940 Fialho de Almeida, N.os 1 e 2 até 15 e 30 inclusive; Av. Ressano Garcia, N.os 1 e 2 até N.os 37 e 30 inclusive; Rua Ramalho Ortigão, N.os 1 e 2 até N.os 37 e 18 inclusive; Rua Marquês de Fronteira N.os 8, 10 e 12 inclusive; Avenida António Augusto Aguiar
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Autores: AAVV Estando embora em presença de uma Arquitectura civil, o Bairro Azul constitui um conjunto arquitectónico que se reveste de uma homogeneidade ímpar, datado da década de 30 do Século XX com prédios dotados de esquerdo direito ao gosto Art Deco e burguês, destinado a servir uma classe média que culminaria a sua ascensão no período salazarista, e que se procurava rodear de algum luxo e dignidade. O ângulo estranho do plano do bairro resultava do desenho de Cristino da Silva para uma vasta urbanização inicial que, cerca de 1930, deveria ter sido o remate do prolongamento da Avenida da Liberdade. Devia apresentarse com arruamentos em simetria, nos dois lados do Parque Eduardo VII. Contudo, o bairro ficou isolado, pois o restante projecto não se realizou, repetindose a vocação lisboeta para os tecidos incompletos e para a justaposição de bairros de origens diversas, característicos do início do Séc. XX. Tratase, ainda assim, de um projecto e de uma ideia subjacente de Cidade. Apresentase com uma hierarquia estabelecida e está dotado de aparatosos pórticos de entrada no Bairro. O seu isolamento apenas lhe veio confirmar a sua integridade e a sua autenticidade, patente no grande enriquecimento formal de fachadas e átrios de entrada, ganhando simplicidade formal ou opulência consoante a categoria social dos espaços o ditava. Baixosrelevos em estuque ou cimento, painéis policromados de mosaico cerâmico, ornatos salientes, pilastras e frisos, balaustradas, frontões e alpendres são motivos que aparecem com abundância neste vocabulário decorativo, de leitura complexa. Tratandose de um conjunto particularmente notável quanto à sua Arquitectura e aos motivos decorativos nela integrados, faz sentido classificar o conjunto com estas características estilísticas, pois manteve uma relação de sentido com os seus moradores, uma relação de autenticidade e integridade, o que se veio a verificar até à actualidade. É de realçar a autenticidade que o conjunto manteve ao longo dos tempos, pois é o conjunto, patente nas suas íntimas relações estilísticas que se mantiveram intactas e podem ser observadas. Carlos Cabaço e João Reis
Acessos: Carris Autocarros 718, 742, 746 Metro – Linha Azul S. Sebastião da Pedreira
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