“inovação é juntar processos” uma alternativa que lhes seja favorável. Fazemos uma primeira analise de como um produto é feito e posteriormente tentamos perceber se podemos acrescentar algum valor, sugerindo outras operações que tornem o produto mais competitivo, melhorando a função e, assim, fidelizar o cliente. O nosso conceito como empresa é propor alternativas e, como temos o domínio de processos, fazemos a melhor aposta, e desta forma, marcamos a diferença.
por André Manuel Mendes
rr: Como se divide o volume de negócios da Quantal? PP: Neste momento temos a nossa faturação dividida 50/50 entre o setor automóvel e o setor não automóvel. A parte não automóvel focaliza-se em componentes para os mais diversos equipamentos, quer em produto quer em clientes, como indústrias têxteis, packaging, CNC, entre outros. Mercado com a Suíça e a Alemanha apreciam bastante o detalhe e o trabalho de engenharia por detrás de um projeto. Claro que todos estes processos, detalhados e arrojados, tem um valor mais elevado, contudo estes mercados valorizam o valor acrescentado aos seus produtos. O mercado europeu é muito grande e estar a pensar além disso é despender energia desnecessariamente. Temos por exemplo as nossas soluções no México, isto através de uma multinacional que opera no mercado europeu.
robótica
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entrevista
Paulo Pereira é formado em Engenharia Mecânica e desde cedo se apaixonou pelo empreendedorismo e inovação. Foi num programa Erasmus em França, Lyon, que descobriu as aplicações recorrendo a novas tecnologias, nomeadamente a tecnologia laser. Na indústria desde logo começou a procurar processos inovadores e interessantes para a fabricação de produtos no mundo do metal.
O nosso conceito como empresa é propor alternativas e, como temos o domínio de processos, fazemos a melhor aposta, e desta forma, marcamos a diferença. Paulo Pereira
Mais tarde procurou criar uma gama de produtos/serviço no qual, a utilização da tecnologia laser fosse uma vantagem competitiva, pensando no desenvolvimento de componentes de elevada exigência técnica, com necessidades de grande flexibilidade, o cenário ideal para o uso da tecnologia laser. Em 1995 decide alavancar um projeto de prototipagem para a indústria automóvel. “Hoje somos uma empresa reconhecida pelo mercado como especialista em engenharia e transformação de peças metálicas. Desde logo, corte e soldadura por laser, quinagem, maquinação 3 e 5 eixos, torneamento horizontal e vertical, estampagem hidráulica e progressiva, somos uma empresa dedicada a processos. Em conversa com a revista “robótica”, Paulo Pereira, CEO da Quantal, falou sobre a história e percurso da empresa no mercado, bem como da relação de longa data existente entre a Quantal e a TRUMPF. Revista “robótica” (rr): Que empresa é a Quantal e quais os serviços disponibilizados aos clientes? Paulo Pereira (PP): Como temos um perfil de desenvolvimento de produto, procuramos levar o cliente sempre para
rr: A pandemia de Covid-19 veio afetar o vosso volume de negócios? PP: Sim, mas mais do que o volume de negócios, a configuração do negócio. A partir do momento que não há componentes