133
informação técnico‑comercial
nas profundezas do SAS O STATIONSCOUT TORNA OS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO DE SUBESTAÇÕES (SAS) TRANSPARENTES. CONEXÃO CIBERNÉTICA SEGURA O StationScout é composto por 2 componentes: o hardware MBX1 de alto desempenho e o software que é executado nele com todas as ferramentas necessárias. O MBX é controlado através de um PC com Windows. O firewall adicional integrado ao sistema separa a solução de teste (MBX1 e laptop) da rede da subestação, garantindo a segurança cibernética. Como a operação SAS é frequentemente organizada em várias redes ao mesmo tempo, o MBX1 vem com 4 interfaces Ethernet para conexão e análise.
APRESENTAÇÃO SIMPLES E ABRANGENTE
Qual é o foco principal do comissionamento de tecnologia secundária? Tradicionalmente, ele testa os dispositivos de proteção e a forma como todo o sistema funciona. O SAS está a começar a ser utilizado em instalações modernas. Quando se trata de dispositivos de proteção individual, não apenas monitorizam componentes e alimentadores importantes na transmissão de energia, mas comunicam também entre si. Essa comunicação é fundamental quando se trata do funcionamento do SAS de forma uniforme e previsível. Se comparar o esforço que é necessário para testar a funcionalidade do sistema de proteção com o que é necessário para testar o sistema de automação e controlo, há uma diferença significativa, com o SAS a perder por www.oelectricista.pt o electricista 75
muito tempo. Isso deve-se em grande parte à crescente complexidade da estrutura e dos sinais que estão a ser transmitidos. O sistema necessita desses sinais para funcionar corretamente e para se comunicar com o centro de controlo. No entanto, o processo de engenharia IEC 61850 e os dados disponíveis nos arquivos SCD (Substation Configuration Description ou Descrição da Configuração da Subestação) abrem a porta para novos métodos de teste que tornam o comissionamento e os testes de aceitação de fábrica mais rápidos e muito mais eficientes. Esses dados constituem a base de uma abordagem completamente nova que é incorporada pelo StationScout. O nome fala por si porque, como um olheiro (scout), vai às profundezas do SAS e explora todos os componentes e conexões. Ao analisar o arquivo SCD, o sistema identifica independentemente potenciais sinais para teste. Ele também deteta conexões de comunicação e serviços IEC 61850 que foram implementados. Posteriormente, os resultados podem ser usados pelo testador para criar planos de teste para testes de aceitação de fábrica e testes de comissionamento.
Um dos principais problemas que envolvem os componentes de teste e a comunicação no SAS são os termos complicados descritos na Norma IEC 61850. O StationScout deteta os nomes e finalidades dos respetivos elementos no modelo de dados. Em seguida, visualiza-os com nomes claros e as conexões correspondentes numa interface gráfica. Esses nomes podem também ser adaptados, por exemplo, para o respetivo idioma nacional. Esta visualização é realizada com todos os dados disponíveis no arquivo SCD. Isso inclui todos os dados importantes da subestação, como o nível de tensão e a secção do quadro. Para tal, existe também a opção de modelagem em diagramas unifilares, de acordo com a norma. Como a maioria dos arquivos SCD atuais não contêm as informações necessárias para tal, introduzimos a nova apresentação ZeroLine que reproduz o respetivo status em tempo real. A navegação num grande SAS pode ser realizada da mesma forma que num sistema cartográfico.
RASTREAMENTO DE SINAL INTUITIVO Dentro de um SAS, as mensagens GOOSE são transmitidas por multicast da sua origem para todos os destinatários. Se ocorrer um erro durante essa troca de comunicação, os testadores de proteção devem seguir o sinal na sua rota através do SAS, o que antes era difícil e demorado, mesmo com redes de cabos de cobre. Em sistemas com IEC 61850, o rastreamento manual do sinal não é mais possível.