nota técnica
a energia e a sustentabilidade Josué Morais, Diretor Técnico
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nota técnica a energia e a sustentabilidade
entrevista 117 Jordi García, Schneider Electric: “sem software é impossível levar a cabo a transformação digital do setor” 119
reportagem Rittal, EPLAN e German Edge Cloud presentes na “Hannover Messe Digital Edition 2021”
case study 121 M&M Engenharia Industrial: ECAD a partir da nuvem 123 Rittal Portugal: engenharia e produção inteligente: eficiência na construção de quadros elétricos 125 RUTRONIK: o melhor da wi-fi e LPWAN 127 Threeline: grande projeto de domótica informação técnico‑comercial 129 Hager: nova interface KNX para centrais de medida 131 nVent HOFFMAN: a construir quadros elétricos? Estamos focados em aumentar a sua produtividade 133 OMICRON: nas profundezas do SAS 135 a TEV2 é a representante da Palazzoli em Portugal: o parceiro para aplicações industriais 137 responsabilidade social da WEG 139 Weidmüller: Fontes de alimentação monofásicas de elevada eficiência INSTA POWER
Desde a conferência de Brundtland em 1987, a sustentabilidade foi definida como “a capacidade de satisfazer as necessidades das gerações atuais sem comprometer as possibilidades das gerações futuras”. É conhecida a gritante desigualdade no acesso aos mais básicos meios de subsistência no planeta, onde uns poucos usam quase tudo e os restantes muitos usam quase nada. Na atual sociedade de consumo, cerca de 20% da população mundial consome 80% da totalidade dos recursos. Referimo-nos a recursos como a alimentação, a água, a energia, o abrigo, a saúde, a educação, o transporte, entre outros meios básicos de vida. Importa também referir que durante as últimas cinco décadas principalmente, os efeitos da pegada ecológica levaram o planeta a um estádio complexo em que a vida na Terra poderia começar a ser colocada em risco. O planeta por si só vai-se regenerando ao seu ritmo natural, mas seriam necessários três planetas para sustentar o nosso atual consumismo. Daqui resulta que o planeta vai sendo depauperado, correndo o risco de colapso. A partir da primeira revolução industrial a humanidade entrou numa escalada de evolução ao nível dos transportes, indústria, concentração da população em centros urbanos de dimensões desmesuradas e com enorme consumismo e elevado desperdício. Muitos recursos foram necessários para o crescimento social e económico em algumas geografias que se desenvolveram a um ritmo acelerado. Com exploração massiva de petróleo para fazer face à demanda de energia necessária ao crescimento industrial, gerou o início da escalada das emissões de CO2, a par de outros gases com efeito de estufa desenvolvidos na indústria, que em conjunto provocaram o aumento da temperatura no planeta. O degelo dos glaciares é uma preocupação atual face à subida do nível do mar que poderá voltar a ocupar zonas costeiras e ilhas que já estiveram submersas. Em paralelo, para resolver de forma rápida a procura de energia elétrica, foram construídas centrais nucleares, hoje consideradas uma ameaça pelos riscos inerentes à saúde humana. Temos hoje cidades com dezenas de milhões de habitantes, que contribuem para os elevados consumos de todo o tipo de recursos incluindo a energia cada vez mais um problema que se tenta resolver face às elevadas emissões de gases de efeitos de estufa que lhe estão associadas na sua produção. O grito de alarme dado em Brundtland, acordou a humanidade para a necessidade de mudança no seu modo de vida no planeta. Desde então muitas ações têm sido tomadas incluindo medidas de mitigação, mas ainda estamos longe de atingir um estádio de equilíbrio principalmente ao nível do suprimento da energia. As energias renováveis têm sido o recurso mais utilizado para mitigar a necessidade energética, e continuarão a sê-lo até termos a sustentabilidade energética e a energia limpa. O esforço é enorme, mas com arte e o engenho, o ser humano ainda poderá tornar este planeta num habitat sustentável. O futuro é elétrico!
formação 141 fontes de energia e o futuro do planeta
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