indicadores energéticos: Portugal versus União Europeia

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indicadores energéticos: Portugal versus União Europeia ADENE – Agência para a Energia

É reconhecida a melhoria do desempenho energético de Portugal ao longo dos últimos anos. O estabelecimento de políticas públicas específicas para o setor da energia, bem como as provenientes da União Europeia (UE-281) através das diretivas, têm contribuído para uma melhoria significativa da eficiência energética do nosso país – as medidas de eficiência energética aplicadas aos diversos setores de atividade, bem como a forte aposta nas energias renováveis têm contribuído não só para a descarbonização da economia, mas também para a redução da dependência energética. Figura 2. Dependência energética dos países da UE-28, 2019.

Sendo fundamental conhecer os indicadores energéticos do país, não menos importante é comparar o desempenho energético de Portugal no contexto europeu. O presente artigo tem por objetivo comparar a trajetória dos valores de alguns indicadores energéticos de Portugal com os valores médios da UE-28, verificando a sua convergência/divergência, e ainda dar a conhecer através dos dados mais recentes, o posicionamento de Portugal em relação aos restantes estados-membros.

DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA Um dos principais objetivos da política energética nacional é a redução da dependência energética do exterior. Ao longo dos últimos 15 anos, Portugal tem vindo a diminuir a sua dependência energética, sendo evidenciada a convergência com a média europeia, conforme se pode observar na Figura 1. É importante referir que as oscilações que ocorrem na trajetória de Portugal se devem à maior ou menor produção de hidroeletricidade, tornando Portugal mais dependente energeticamente nos anos de seca.

No ranking europeu, em 2019, Portugal foi o 8.º país com a maior dependência energética, cerca de 16 p.p. acima da média da União Europeia, mas abaixo de países como a Espanha, Itália ou Bélgica. O Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), aponta como um dos objetivos principais a redução da dependência energética no horizonte 2030, para o valor de 65%.

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO CONSUMO FINAL BRUTO DE ENERGIA Este indicador refere-se ao rácio entre o consumo de energia proveniente de fontes de energias renováveis (FER) e o consumo final bruto de energia. À semelhança da trajetória de crescimento dos valores médios da UE, também Portugal exibe a mesma tendência mas com valores bem acima da média europeia, conforme a Figura 3. O melhor aproveitamento dos recursos endógenos, bem como o aumento contínuo da produção da eletricidade renovável, têm contribuído para o aumento gradual da percentagem de fontes de energias renováveis no consumo final bruto de energia.

Figura 3. % FER Portugal versus % FER média UE-28. Figura 1. Dependência energética de Portugal versus média UE-28.

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Estes indicadores remetem a 2019, data em que a União Europeia era composta

por 28 estados-membros. www.oelectricista.pt o electricista 76

Ao nível europeu, em 2019, Portugal foi o 7.º país com a percentagem mais elevada de fontes de energias renováveis, perto de 12 p.p. acima da média da União Europeia. O PNEC 2030 aponta uma meta 47% de FER para o horizonte 2030.


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