Circulação Nacional
Uma visão popular do Brasil e do mundo
Ano 7 • Número 358
São Paulo, de 7 a 13 de janeiro de 2010
R$ 2,80 www.brasildefato.com.br Reprodução
Ano de crise: erros e acertos de um país sem crescimento
Há 60 anos, povo chinês realizava sua revolução socialista A Revolução Chinesa é certamente um dos eventos mais importantes e definidores do século 20. Há 60 anos, o povo chinês, organizado no Exército Popular de Libertação e comandado pelo Partido Comunista, dava basta a séculos de opressão. A revolução conseguiu suprir demandas sociais históricas da população do país, como a reforma agrária, resolvendo assim o problema crônico da fome. Passadas tantas décadas – sendo que nas três últimas o país assistiu a uma série de reformas capitalistas –, a China vive hoje em contradições e sob a promessa de se tornar a maior economia do mundo. Págs. 10 e 11
Rua do centro de Xangai, maior cidade da República Popular da China
Sem acompanhar o crescimento de países igualmente emergentes, como China e Índia, a economia brasileira teve um desempenho, em 2009, considerado tímido por economistas. Nesse ano de crise mundial, o crescimento do país deve ter oscilado entre 0% e 1%. Medidas como o aumento do salário mínimo, com ganho real de 12%, e a ampliação, ainda que modesta, do Bolsa Família foram considerados eficientes no combate à recessão. Para 2010, o otimismo em torno das expectativas da retomada de investimentos coloca um panorama mais positivo para a economia, ainda que sem distribuir renda. Pág. 3
Thiago Carrapatoso
Brasil, um dos atores da nova ordem multipolar Na ocasião da ampliação do G-7 para G-20, o Brasil foi considerado um dos principais atores da constituição desse novo bloco, que vislumbra uma ordem mundial multipolarizada. Ao lado de China, Índia e Rússia, o país age como um ator importante no diálogo entre nações. Exemplo recente disso é a atuação da delegação brasileira
na COP-15, quando Lula foi convocado para mediar o diálogo entre China e EUA. Contudo, apesar dessa aparência democrática do G-20, alguns analistas apontam que os EUA podem ter permitido essa abertura aos países considerados emergentes para evitar a formação de um eventual bloco de países não-alinhados. Pág. 12 Ricardo Stuckert/PR
Milton Hatoum, a universal literatura de Manaus
Págs. 6 e 7 ABI
Presidente Lula e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, durante encontro em Copenhague
Os dilemas de um policial: ser trabalhador, servir o patrão
Os novos desafios da Bolívia Após a reeleição de Evo Morales na Bolívia, em dezembro, os movimentos que dão suporte à nova fase do país começam a traçar os desafios para construir um Estado plurinacional e descolonizado, baseado na coexistência entre diversos tipos de propriedade. Pág. 9
O sargento Amauri Soares, deputado estadual pelo PDT de Santa Catarina, foi eleito a partir da defesa das reivindicações da categoria dos trabalhadores da segurança pública, que em muitos pontos são iguais às de qualquer outra. Em entrevista, ele aponta as contradições de sua classe e a necessidade de os movimentos sociais se envolverem com as soluções relativas à segurança pública. Pág. 8
A carimbadora de licenças de transgênicos Dos atuais conselheiros da CTNBio, vários tiveram ou têm alguma relação com as empresas de biotecnologia
ou com entidades financiadas por transnacionais. Mesmo com pesquisadores, produtores e consumidores
se opondo ao plantio do arroz geneticamente modificado, o órgão pretende aprová-lo. Págs. 4 e 5 Rogério Tomaz Jr./ABr
ISSN 1978-5134
Audiência pública da CTNBio para liberação do uso de sementes transgênicas