Circulação Nacional
Uma visão popular do Brasil e do mundo
Ano 7 • Número 342
São Paulo, de 17 a 23 de setembro de 2009
R$ 2,50 www.brasildefato.com.br Jackson Anastácio
Ministro critica “arcaísmo” de setores contra reforma agrária
Após repressão, professores do do Rio obtêm conquista
Em entrevista, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, critica os setores “arcaicos” contrários à atualização dos índices de produtividade no campo, datados de 1975. “Qualquer cidadão com o mínimo de informação e bom senso sabe que, de 75 para cá, a agricultura mudou muito, a produção e a produtividade cresceram bastante”, disse. Pág. 3
Depois de uma série de manifestações que culminaram com uma marcha de 2 mil pessoas, professores cariocas obtiveram vitória. Com violência, a PM tentou conter os grevistas a chegarem à Assembleia Legislativa (Alerj), deixando 10 manifestantes feridos. Apesar da truculência, o protesto fez o governo de Sérgio Cabral (PMDB) recuar e a Alerj aprovar projeto favorável aos trabalhadores. A manifestação contou com forte apoio dos estudantes secundaristas da rede estadual de ensino. Pág. 8
Privatismo em SP, crimes no RS: modo tucano de governar Facetas tucanas. Enquanto o governador José Serra cria lei que favorece o crescimento das Organizações Sociais (OSs) e presenteia os planos de saúde, a Assembleia Legislativa gaúcha aceita o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius, que tem contra si, dentre outras denúncias, a de ter determinado a divisão da propina entre os beneficiários da fraude do Detran. Pág. 7
Polícia reprime manifestantes que se dirigiam ao Palácio Tiradendes, no Centro do Rio, onde está localizada a Alerj
Acordo militar Brasil-França contraria hegemonia dos EUA O acerto entre Brasil e França para a compra de aviões caça, submarinos e tecnologia bélica tende a abrandar a influência dos Estados Unidos na América Latina. Esta é a análise do sociólogo Emir Sader, que enxerga na medida a cristalização de uma ordem mundial multipolar. Para o jornalista John Donaghy/CC
Divulgação
Anticapitalistas, Moore e Stone brilham em Veneza
Em Honduras, golpistas não resistirão até novembro Letícia Salomón, economista e socióloga hondurenha, acredita que golpistas não ficarão no poder até as elei-
ções de novembro. Para ela, empresários perderam muito dinheiro em consequência dos protestos populares. Pág. 10 Reprodução
uruguaio Raúl Zibechi, essa aquisição brasileira pode significar o fim da Doutrina Monroe (“América para os americanos”). Já o economista Nildo Ouriques, porém, acredita que o país continua sendo subserviente e obediente e, portanto, a compra de armas não faria diferença nesse contexto. Pág. 5
Oliver Stone e Michael Moore, dois dos principais cineastas da atualidade, apresentaram seus documentários no 66º Festival de Cinema de Veneza, na Itália. Enquanto Stone se aproxima da América Latina – em especial do presidente da Venezuela, Hugo Chávez –, Michael Moore denuncia a desumanidade do capitalismo. Seu filme retrata o desespero das vítimas da recente crise financeira. Pág. 12
Lauriene Seraguza
Morosidade do governo federal resultou no despejo de 36 famílias Guarani Kaiowá no MS
Guarani são expulsos de suas terras Governo descumpre acordo judicial e provoca despejo No Mato Grosso do Sul, o povo Guarani Kaiowá sofre com total paralisia do governo federal em cumprir seu
direito constitucional à terra. Despejada de seu território, onde estava há 2 anos, a comunidade Laranjeira Nhan-
deru agora se encontra à beira de uma rodovia, passando fome e vendo sua aldeia incendiada. Pág. 8 JLQ/AB
Em La Paz, o presidente boliviano Evo Morales concede entrevista à rádio estatal Patria Nueva
MAS prepara nova etapa de mudanças
O adeus ao comandante Juan Almeida Bosque O cubano Juan Almeida Bosque, que faleceu no dia 11, foi o primeiro negro cubano que se colocou ao
lado de Fidel Castro quando este decidiu fazer a revolução. Ele foi enterrado dia 15 em Sierra Maestra. Pág. 10
Evo Morales tentará, em dezembro, reeleição na Bolívia ISSN 1978-5134
Favoritíssimo para reeleger Evo Morales presidente da Bolívia em dezembro, o seu partido, Movimento ao
Socialismo (MAS), se prepara para refundar o Estado, conferindo um caráter plurinacional e não mais neo-
liberal. “O verdadeiro processo de mudança começa a partir da próxima gestão”, sentencia porta-voz. Pág. 9