Edição 319 - de 9 a 15 de abril de 2009

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Circulação Nacional

Uma visão popular do Brasil e do mundo

Ano 7 • Número 319

São Paulo, de 9 a 15 de abril de 2009

R$ 2,50 www.brasildefato.com.br

Adriano Dias

UN Office on Drugs and Crime

Em relação a outros países, Brasil tem um Estado “mínimo” O Ipea realizou um levantamento sobre o “tamanho” do Estado brasileiro, comparando-o com o de outras nações. E, ao contrário do que rezam os analistas mais conservadores, o Brasil figura entre os países com a menor proporção de funcionários públicos, 6% em relação ao conjunto da população. Mesmo países como os EUA, defensores do Estado “mínimo”, possuem mais servidores. Pág. 3

Delegados de vários países participam de sessão da Comissão de Narcóticos da ONU, em Viena, na Áustria

ONU mantém uma política antidrogas reacionária e inócua

O sistema financeiro deveria ser público A crise econômica e a subsequente ajuda de governos para grandes bancos despertaram o debate acerca do caráter do sistema financeiro. Em seminário em São Paulo, o professor Paul Singer defendeu a estatização de tais instituições. Para ele, só assim elas poderiam assumir a sua verdadeira missão, que é redistributiva, financiando a maioria da população. Pág. 4

Baixada Fluminense mantém tradição de

assassinatos

Fortemente influenciada pelos interesses dos EUA, a ONU manteve, em reunião com 130 países realizada em março, sua postura obtusa em relação às drogas, centrada sobretudo na repressão. Números mostram que a estratégia é falha: só a produção de cocaína praticamente triplicou em dez anos. Especialistas apontam que não há real interesse em combater o tráfico, um dos negócios mais lucrativos do mundo, chegando a movimentar 320 bi de dólares ao ano. De quebra, os Estados Unidos ainda usam o combate às drogas como justificativa para intervenções militares, sobretudo na América Latina. Págs. 10 e 11

Pág. 6 Jim Garamone

G-20 propõe velhas receitas para a crise As resoluções do G-20 revelam a distância entre a profundidade da crise e a inconsistência das soluções adotadas pelos governantes, analisa Fátima Mello, ativista da Fase. As medidas mantêm as bases da globalização neoliberal, recolocam o FMI no centro da administração monetária e financeira da crise e anunciam a importância da retomada das negociações da Rodada de Doha da OMC. Pág. 2

Asociación Madres de Plaza de Mayo

Na África, Guantánamo faz escola: prisão ilegal e tortura Quênia e Etiópia seguiram o exemplo (ou orientação) dos EUA e prenderam, em 2007, 150 supostos terroristas sem acusação

formal. Os detidos foram torturados, mantidos incomunicáveis e interrogados por agentes estadunidenses e israelenses. Pág. 12

Em Curitiba, moradores do Caximba contra o lixão falia, problemas renais e respiratórios são casos comuns entre os moradores do Caximba, bairro de Curitiba onde está o maior lixão do Estado. Pág. 7

Plano Decenal de “Exportação” da Energia Pág. 5

Barragem de Sobradinho (BA), no médio São Francisco

Argentina: duas mães, uma ditadura João Zinclar

ISSN 1978-5134

Seres humanos buscam restos de comida no aterro que concentra o lixo da capital e de mais 16 cidades do Paraná. Urubus, mosquitos, fedor. Aborto por anence-

Grupo de Mães da Praça de Maio realizam protesto diante da Casa Rosada

Depois de 32 anos, as duas entidades que reúnem as Mães da Praça de Maio ainda fazem voltas na praça toda quinta-feira, de-

nunciando e perguntando: “Onde estão os nossos filhos?”. Em entrevistas, Nora Cortiñas e Hebe de Bonafini explicam a natureza

do regime ditatorial em seu país e o envolvimento de setores civis e da Igreja Católica na repressão aos opositores. Pág. 9


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