ASUG News - Edição 97 - ano 25

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ASUG - Edição 97 - Agosto 2025

SUAEMPRESAESTÁ PRONTAPARAO NOVOSISTEMA TRIBUTÁRIO?

ASUG promove Fórum sobre Reforma Tributária, as novas obrigações e o fim do GRC

PRESENTE E ATUANTE

ASUG fortalece comunicação com comunidade SAP e associados

RELACIONAMENTO

ASUG Day promove conhecimento e troca de experiências em Fortaleza

DIRETORIA ASUG

PRESIDENTE

Cláudio Fontes

VICE-PRESIDENTE

Celso Bueno

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO

Humberto Shida

DIRETOR ASSOCIATIVO

Fabrício Simas Mielke

DIRETOR DE MARKETING

E RELACIONAMENTO

Domingos Bruno

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Kelly Teixeira

DIRETOR DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Nailson Rego

DIRETOR DE EDUCAÇÃO

Ana Paula Corazzini

DIRETOR DE OPERAÇÕES

Orlando Fogaça

CONSELHO ADMINISTRATIVO

Fernando Birman

Italo Flammia

Marcelo Hirata

PRODUÇÃO

RS Right Support www.rscorp.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Yasmim Taha - MTB Nº 62.264/SP

PROJETO GRÁFICO

JMB Design

DISTRIBUIÇÃO, COMERCIAL E MARKETING

RS Right Support www.rscorp.com.br

EXECUTIVOS DE CONTA

Orlando Fogaça orlando@rscorp.com.br

Rosilene Alvernaz rosi@rscorp.com.br

Mudar é inevitável. Evoluir é uma escolha

Mudanças raramente pedem licença. Elas chegam, muitas vezes, em ondas que nos tiram do porto seguro e nos convidam a navegar por mares ainda desconhecidos. Entre ventos fortes e novas correntes, a Reforma Tributária desponta como um marco que exigirá não apenas adequações técnicas, mas também um verdadeiro esforço coletivo de compreensão, planejamento e execução. É um desafio que vai muito além da legislação: envolve tecnologia, processos e, sobretudo, pessoas.

Ciente dessa necessidade, a ASUG promoveu recentemente um Fórum Especial sobre Reforma Tributária, reunindo especialistas, empresas e membros da comunidade SAP para debater impactos, trocar experiências e explorar caminhos possíveis para a adaptação. Foi um momento rico de aprendizado e de construção coletiva de soluções.

Nesse contexto, merece destaque o trabalho incansável do coordenador do SIG Localização, Mauro Ferraz, que tem sido uma bússola para a comunidade. Com dedicação e visão, ele lidera discussões e articula iniciativas que ajudarão empresas a se adaptarem de forma segura e eficiente às novas regras.

Mas 2025 não nos traz apenas mudanças tributárias. Este também é o ano que marca a contagem regressiva para o fim do suporte ao SAP ECC. Esse marco significa que milhares de empresas precisarão acelerar seus planos de migração para o SAP S/4HANA. Mais do que uma exigência técnica, essa transição representa a chance de repensar processos, explorar novas funcionalidades e abrir caminho para um ambiente mais ágil, integrado e preparado para o futuro digital.

E é justamente em tempos assim, de transição e incerteza, que a ASUG reafirma sua missão: estar ao lado de seus associados e da comunidade SAP, oferecendo apoio, conhecimento e conexão. Porque sabemos que, quando caminhamos juntos, os desafios se tornam mais leves e as oportunidades, mais visíveis.

Que esta edição inspire, informe e fortaleça. Porque mudar é inevitável, mas evoluir é uma escolha. E nós escolhemos evoluir.

CLÁUDIO FONTES Presidente ASUG

03. EVENTOS

ASUG Days Belo Horizonte e Fortaleza

04. CAPA

Sua empresa está pronta para o novo sistema tributário?

07. REFORMA TRIBUTÁRIA ASUG reúne especialistas sobre o tema

08. CASE DE SUCESSO

Evox - Mudanças no portfólio da SAP

09. FUTURO

ASUG na era da transformação: entrevista com o vice-presidente Celso Bueno

11. ENTREVISTA

Flávio Pereira, coordenador do SIG BTP da ASUG

12. COMUNICAÇÃO ASUG amplia conexões através das redes sociais

14. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Artigo: IA, ERP e Humanos

16. AGRO

Tecnologia como aliada da Agricultura

18. CASE DE SUCESSO Sicred - Adaptação ao novo COSIF

ASUG Days Belo Horizonte e Fortaleza discutem RISE com SAP, S/4HANA e os impactos da Reforma Tributária

As edições do ASUG Day 2025 realizadas em Belo Horizonte (6/5) e Fortaleza (3/6) reuniram líderes de tecnologia e especialistas do ecossistema SAP para debater os desafios e oportunidades que estão moldando o futuro das organizações no Brasil. “A ASUG tem buscado cada vez mais conectar conteúdo relevante à realidade das empresas. O ASUG Day é um momento único de troca e colaboração entre quem vive os desafios da transformação digital e necessita entregar soluções Nossa missão é gerar valor prático e apoiar decisões”, destacou Domingos Bruno, Diretor de Marketing e Relacionamento da ASUG.

Em Belo Horizonte, o evento teve como grande destaque a apresentação de Bruno Tertuliano, head de Tax Reform da Seidor, e Mauro Ferraz, coordenador SIG Localização da ASUG e executivo da Suzano S.A. A dupla conduziu a palestra “Reforma Tributária e os impactos para os sistemas SAP”, detalhando como as empresas devem se preparar para a nova estrutura fiscal, que prevê a extinção de tributos como ICMS, ISS, PIS e COFINS, e a adoção dos novos impostos IBS, CBS e IS. Foram abordadas também as SAP Notes já publicadas, o fim do GRC NFe em 2025 e os

caminhos para adequação técnica dentro dos prazos legais.

Outro destaque em BH foi a palestra de Simone da Silva, PreSales Architect do SNP Group, que apresentou a solução SNP Kyano, plataforma que visa simplificar a transição para o SAP S/4HANA, com foco em governança de dados, controle de escopo e agilidade Com o tema “Simplifique a transição para o SAP S/4HANA e organize seus dados históricos”, Simone demonstrou como acelerar o roadmap com segurança, especialmente diante da urgência provocada pela nova legislação tributária.

Jairo Pedroza, da SoftwareOne, apresentou a proposta “RISE with SAP Bundle 2025”. A sessão abordou como conectar a jornada para o S/4HANA com outros pilares essenciais como SAP BTP, SAP DRC e soluções em nuvem com hyperscalers.

A ALL TAX também participou do ASUG Day em Belo Horizonte, apresentando a solução ALL TAX Timp, voltada à adaptação da arquitetura tributária frente à Reforma. A plataforma oferece integração completa com SAP TDF, ECC, S/4HANA, DRC e BTP, e permite a configuração simplificada de novos tributos como IBS, CBS e IS.

Já no ASUG Day Fortaleza, a pauta tributária também foi protagonista. Diogo Coimbra de Brito, Product Director da NTT DATA, trouxe a apresentação “Reforma Tributária 360°”, mostrando como a solução GUEPARDO pode apoiar empresas em toda a cadeia de adaptação, da análise de impacto à escrituração automatizada.

A empresa ALL TAX, repetiu em Fortaleza sua abordagem prática e integral para a Reforma Tributária, com foco na nova arquitetura SAP, mensageria NFe e integração com o governo.

Outro destaque foi a participação da Solar Coca-Cola, que compartilhou sua experiência na adoção do SAP S/4HANA. Amaro Barros, executivo responsável pelas Plataformas Corporativas da Solar, apresentou a estratégia de adoção do ERP com enfoque em clean core, modularização, automação e governança.

A V360 também apresentou a palestra “Quanto custa pagar um fornecedor?”, abordando os diversos custos ocultos da operação de contas a pagar e os desafios impostos por mudanças como a duplicata escritural, split payment e reforma tributária.

A empresa demonstrou como suas soluções automatizadas têm ajudado grandes organizações a eliminar tarefas manuais, evitar fraudes e aumentar a eficiência operacional.

Finalizando o evento, Mauro Ferraz apresentou um panorama técnico das SAP Notes, atualizações previstas e marcos importantes no cronograma de homologação, produção e obrigatoriedade dos novos tributos O especialista alertou para a necessidade de as empresas iniciarem os testes e ajustes ainda em 2025, evitando riscos operacionais no início da vigência dos novos impostos, em janeiro de 2026.

ASUGDay Fortaleza
ASUGDay BeloHorizonte
Cláudio Fontes, Presidente da ASUG
KellyTeixeira, DiretoradeRelações InternacionaisdaASUG

TI NO CENTRO DA REFORMA TRIBUTÁRIA:

COMO SE PREPARAR PARA 2026

A promulgação da Emenda Constitucional Nº 132/2023 marcou o início de uma das maiores transformações do sistema tributário brasileiro. Embora a reforma já seja uma realidade, sua regulamentação ainda está em andamento e será definida por leis complementares que devem ser aprovadas até o final de 2025. Essas mudanças impactam diretamente empresas de todos os setores, exigindo ajustes estratégicos, tecnológicos e operacionais e no universo SAP, as adaptações ganham um peso especial.

“O treinamento é fundamental para reduzir erros e acelerar o entendimento das novas regras.”

A ASUG está empenhada em apoiar seus associados e comunidade SAP nessa jornada. O tema é pauta recorrente em eventos, como os ASUG Days, promovidos em diversos estados. A entidade também promoveu um Fórum, para tratar exclusivamente sobre o tema.

Para Mauro Ferraz, coordenador do SIG de Localização da ASUG, a transição exigirá atenção redobrada “A Reforma Tributária é uma realidade e vai acontecer em 2026. Isso é fato. Mas não se trata de uma transição mágica; os efeitos positivos mais relevantes só devem aparecer no médio e longo prazo”, afirma.

Ele explica que, entre 2026 e 2032, empresas terão que conviver com dois modelos tributários simultaneamente, o que representa um grande desafio para as áreas de tecnologia. “Esse é o grande ponto de atenção para TI: manter dois regimes de cálculo, gerar relatórios paralelos e conciliar os modelos antigo e novo”, diz. Essa convivência obrigará as equipes a trabalharem lado a lado com fornecedores de ERP, que também aguardam definições legais, e a

lidarem com atualizações que podem ser parciais ou sofrer alterações constantes ao longo do período de adaptação.

No caso das empresas usuárias de SAP, a preparação passa por ajustes significativos nos módulos FI, MM, SD, TDF/TAXBRA e DRC Outbound e Inbound, especialmente para

Mas não se trata de uma transição mágica; os efeitos positivos mais relevantes só devem aparecer no médio e longo prazo.

suportar as mudanças nos processos de compras e vendas. Além disso, Ferraz lembra que há obrigações técnicas não relacionadas à reforma, mas igualmente urgentes, como novas notas fiscais eletrônicas previstas para 2025.

A adaptação, no entanto, não é responsabilidade apenas da área de TI. Ferraz destaca que a capacitação precisa envolver todas as áreas impactadas direta ou indiretamente, incluindo fiscal, contábil, compras, vendas, financeiro, logística, jurídico e alta gestão. “O treinamento é fundamental para reduzir erros e acelerar o entendimento das novas regras”, reforça.

Apesar dos desafios, o coordenador do SIG de Localização mantém uma visão otimista. “A unificação de cinco tributos em dois, a apuração centralizada e o fim da guerra fiscal são vantagens evidentes. Porém, até 2032, as empresas terão que lidar com dois sistemas ao mesmo tempo, o que pode aumentar a complexidade no curto prazo.” Ele lembra que, com a simplificação prevista, as atualizações tributárias no SAP tendem a diminuir após o período de transição.

O QUE MUDA PARA OS USUÁRIOS SAP?

¡ Novos tributos

a Unificação de PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS em dois impostos:

• CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços: federal);

• IBS (Imposto sobre Bens e Serviços: estadual/municipal);

a Criação do Imposto Seletivo sobre produtos específicos.

¡ Cronograma de implementação

a 2026

a 2027 – vigência da CBS; extinção de PIS, Cofins e IOF Seguros; início do Imposto Seletivo;

a 2029 a 2032 – transição gradual: redução do ICMS/ISS e aumento do IBS;

a 2033 – IBS definitivo e extinção total de ICMS e ISS.

¡ Impactos no SAP

a Atualizações em módulos fiscais, pricing e notas fiscais;

a Parametrizações para operar com dois modelos tributários em paralelo;

a Aplicação de SAP Notes específicas para a reforma;

a Realização de simulações em ambiente de teste (sandbox).

¡ Boas práticas recomendadas

a Manter o ERP atualizado, preferencialmente no S/4HANA;

a

a Investir em capacitação multidisciplinar;

a Criar uma governança tributária integrada.

ASUG reúne especialistas para orientar

empresas na transição fiscal até 2033

Com uma programação intensa e altamente técnica, o Fórum ASUG sobre Reforma Tributária, realizado em 22 de julho, reuniu grandes especialistas do ecossistema SAP para discutir os impactos da reforma tributária brasileira, suas implicações tecnológicas, operacionais e estratégicas. O evento reforça ocompromisso com a comunidade de usuários SAP ao proporcionar um espaço de compartilhamento de conhecimento e soluções concretas para um dos maiores desafios fiscais e regulatórios da década.

Entre os principais temas abordados estiveram a atualização dos ERPs, soluções de inteligência artificial, automação fiscal e estratégias de contingência para o cenário de 2026. A pluralidade dos especialistas e das empresas participantes evidenciou o quanto a reforma tributária exigirá planejamento, tecnologia e colaboração entre áreas.

O evento foi promovido pelo SIG Localização (grupo de estudos da ASUG) e seu coordenador, Mauro Ferraz, contextualizou os marcos legais da reforma (EC 132/2023 e LC 214/2025), reforçando seu caráter estruturante: simplificar e modernizar a tributação sobre o consumo Apontou as diferenças entre o IBS (estadual/municipal) e o CBS (federal), e destacou o impacto dessas mudanças na operação empresarial, sobretudo no que tange à cobrança no destino e à não cumulatividade. “O caminho até 2033 é longo, mas estaremos juntos”, concluiu.

Renan Guedes, da Exed Consulting, apresentou os riscos da descontinuidade do GRC-NFe até o final de 2025 e a importância de adotar o SAP Document and Reporting Compliance (DRC). A Exed propõe uma jornada que envolve diagnóstico tributário, assessment sistêmico e execução técnica para garantir conformidade, rastreabilidade e aderência ao novo regime Casos como Mercedes-Benz e Eldorado Brasil demonstraram os ganhos da integração entre ERP e SAP DRC durante a migração ao S/4HANA.

Priscila Hemannas, da V360, chamou a atenção para o custo real de pagar um fornecedor, que pode chegar a R$35 por nota, alertando para a complexidade que a reforma trará no fluxo de recebimento. A empresa destacou a importância de automatizar validações fiscais, adaptar workflows e integrar novos layouts XML, NF-e, NFS-e e CT-e. A convivência com dois regimes simultâneos exigirá mudanças profundas em cadastros, contratos e regras de negócio.

A IA Estratégica foi abordada pelos represen-

tantes da Assurance IT, Hildo Rocha e Janessa Brender. Eles apresentaram a “Sinapses IA”, uma plataforma inteligente de apoio à reforma tributária. A solução promete auxiliar na jornada até 2033 com planejamento de entregas, cronogramas, canvas e diagnósticos. Destacou-se que a IA atua fora do SAP, podendo interpretar dados de forma contextual e fornecer recomendações em linguagem natural, o que alivia a carga operacional sobre equipes fiscais e de TI.

Fim da J1BTAX?

Renato Vieira e Wellington Franco, da Vertex, apresentaram esclarecimentos importantes sobre as atualizações no SAP para suportar CBS e IBS. Embora muito se fale no “fim” da J1BTAX, os especialistas alertaram que ela segue ativa por ora. O foco agora está na parametrização dos novos impostos via VK11 e FV11, com tratamento estatístico dos tributos O painel também destacou as principais SAP Notes já publicadas e os caminhos técnicos recomendados para clientes que usam SAP ECC e S/4HANA.

As compras e comércio exterior também foram pauta de discussões Alliance Consultoria abordou os impactos da reforma sobre importações, regimes especiais, contratos com fornecedores e crédito tributário. O ponto central foi a necessidade

O caminho até 2033 é longo, mas estaremos juntos

de revisão constante dos processos, já que a legislação está sendo publicada de forma fracionada. A consultoria propôs uma atuação contínua, desvinculada de datas de golive, com ênfase na integração de sistemas locais e o ECAC.

Com foco prático, Alexandre Zacheo e José Araújo, da TNV, apresentaram soluções de contingência para empresas que não conseguirão atualizar seus ERPs até o início da obrigatoriedade do novo DF-e em 2026. Foi detalhada uma arquitetura técnica para gerar XMLs no novo modelo, inclusive para empresas globais com ambientes SAP em migração. A proposta visa garantir conformidade mínima sem interromper operações.

Roberto de Lázari, da ALL TAX, destacou como a plataforma ALL TAX TIMP está preparada para lidar com os novos impostos (CBS, IBS, IS) e seus reflexos nos sistemas fiscais. Com versões específicas para SAP ECC, S/4HANA, DRC e BTP, a solução cobre desde a deter-minação de impostos até a mensageria e escrituração. A empresa lançará em breve a versão 4.0 da solução, com foco em performance, integração e governança fiscal.

O Fórum ASUG Reforma Tributária demonstrou que a transição fiscal brasileira será complexa, gradual e inevitável Também evidenciou o quanto a ASUG é um conector entre a comunidade SAP, especialistas de mercado e soluções tecnológicas. O ano de 2025 será decisivo para mapear riscos, atualizar sistemas, treinar equipes e garantir que, em 2026, as empresas estejam preparadas para operar com segurança dentro do novo modelo tributário nacional.

Mauro Ferraz, Coordenador do SIG Localização da ASUG

CASE DE SUCESSO

Mudanças no portfólio da SAP: mais do que desafios, são oportunidades para inovar (e impulsionar) a gestão empresarial

A partir de 2025, a SAP iniciará uma série de mudanças significativas em seu portfólio: fim do suporte às soluções SAP Government, Risk & Compliance (GRC) NF-e e SAP ERP Central Component (ECC), além de alterações no direito de uso do “Compatibility Scope”. Tal cenário cria desafios urgentes para as empresas em processo de transformação digital, forçando-as a redefinir a reavaliar o uso de tecnologia.

Mudanças no SAP GRC NF-e levam a atualização para SAP DRC com aumento da conformidade

Fim do SAP ECC demanda transição para o S/4HANA com aumento da segurança

Expiração do “Compatibility Scope”

Como as empresas podem (e devem) agir mediante tantas mudanças?

Tecnologia “moldando o futuro”

Porém, não devemos tratar a situação como problema, mas sim como uma oportunidade única para tirar proveito das inovações tecnológicas disponíveis no mercado ao definir novas estratégias que garantam continuidade estrutural e competitividade, sem o risco de interrupção operacional.

O fim do suporte ao SAP GRC NF-e, amplamente utilizado pelas empresas como forma de gerenciar processos fiscais, está previsto para 31 de dezembro de 2025. Neste caso, a melhor alternativa é a atualização do sistema tecnológico para o uso da SAP Document and Reporting Compliance (DRC), que garante a consistência nos envios de documentos fiscais em tempo real (principalmente atividades de emissão, recepção, controle e monitoramento da Nota Fiscal Eletrônica). Assim, evitam problemas de conformidade com a legislação fiscal.

Com o encerramento do suporte ao SAP ECC, previsto para 31 de dezembro de 2027, é essencial a migração para o uso da solução SAP S/4HANA, que oferece recursos mais avançados com análise de dados em tempo real (o que torna o ambiente de negócios mais dinâmico e responsivo), com o benefício principal de aperfeiçoar a segurança dos dados transacionados.

Outro ponto de atenção é a expiração dos direitos de uso para o “Compatibility Scope”, em 31 de dezembro de 2025, o que evidencia a importância de um planejamento cuidadoso para a busca de soluções alternativas aos módulos que não serão mais suportados. Porém, a prioridade deve ser uma transição de forma estruturada e que não afete o funcionamento das soluções atuais.

Mesmo que as mudanças comecem em, no mínimo, 12 meses, é obrigatório que a preparação comece a acontecer desde já, para que não sejam surpreendidas com demandas inesperadas (e difíceis de serem atendidas) se as atitudes forem tomadas “de última hora”.

As melhores formas de agir com proatividade no planejamento e reformulação da transformação digital incluem:

• Reconhecimento de cenário – Avaliar os sistemas atuais, por meio de auditorias, para saber pontos críticos no momento da transição e, consequentemente, documentar todos os indicadores-chave para monitorar a evolução da empresa.

• Medidas preventivas – Criação e execução de ações para evitar interrupções durante a transição, garantindo a disponibilidade de recursos financeiros, tecnológicos e, principalmente, profissionais.

• Plano de conformidade – Analisar cada etapa da migração com foco em atender todas as regulamentações da legislação brasileiras para os mais variados processos corporativos.

Inovar a forma de gerenciar a empresa por meio de preparação antecipada e planejamento voltado para novas tecnologias é, sem dúvida, sinônimo de torná-la preparada para se diferenciar em uma economia cada vez mais competitiva. Portanto, antecipar-se aos desafios, ao invés de aguardar que eles se tornem evidentes, é a mensagem-chave para vencê-los, comprovando o sucesso de uma estratégia bem definida e, principalmente, no prazo correto.

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ASUG na era da

transformação: vice-presidente fala sobre desafios, tendências e o futuro da comunidade SAP

A rápida evolução tecnológica e as mudanças regulatórias no Brasil têm impactado diretamente a comunidade de usuários SAP. Para entender como a ASUG tem se posicionado nesse cenário, conversamos com Celso Bueno, vice-presidente da associação, que compartilhou os principais desafios, iniciativas e perspectivas para

Asug News: Quais têm sido os principais desafios enfrentados pela ASUG nos últimos anos, especialmente em um cenário de constantes transformações tecnológicas?

Celso Bueno: Nos últimos anos, a ASUG tem enfrentado desafios significativos ligados à transformação tecnológica e regulatória. O maior deles foi apoiar as empresas na transição do SAP ECC para o S/4HANA, esclarecendo dúvidas e compartilhando experiências sobre custos, prazos e melhores práticas. A reforma fiscal no Brasil também trouxe mudanças frequentes nas regras tributárias, exigindo adaptações rápidas nos sistemas, desafio intensificado pela descontinuidade do SAP GRC, usado por muitas empresas. Mais recentemente, com a chegada da inteligência artificial, nosso papel tem sido auxiliar as empresas a adotarem essa tecnologia de forma responsável e eficiente, promovendo capacitação e troca de experiências.

AN: Quais iniciativas você destacaria como as mais relevantes da atual gestão da ASUG?

CB: A gestão atual tem priorizado a oferta de conteúdos relevantes na plataforma, como talks e entrevistas, e a realização de eventos como os ASUG Days e conferências em várias regiões do Brasil. Trabalhamos junto à SAP e parceiros para trazer insights e soluções que impulsionem a transformação. Essas iniciativas fortalecem a comunidade e criam oportunidades valiosas de networking.

AN: Quais tendências devem impactar os usuários SAP nos próximos anos e como a ASUG se prepara?

CB: Entre as tendências mais relevantes, destaco:

o futuro. Com mais de 30 anos de experiência em liderança e transformação digital, em setores como indústria, bens de consumo, consultoria, varejo/e-commerce, automotivo e startups, Celso tem sido uma voz ativa na conexão entre empresas, profissionais e parceiros do ecossistema SAP.

• Aceleração da adoção de inteligência artificial e automação;

• Avanço da nuvem como padrão para sistemas empresariais;

• Necessidade de adaptação constante às mudanças fiscais e regulatórias;

• Integração de ambientes SAP a outras tecnologias via SAP BTP.

A ASUG se prepara por meio da geração contínua de conhecimento, eventos presenciais e digitais e grupos de trabalho especializados. Mantemos proximidade com SAP, parceiros e órgãos reguladores para garantir informações e soluções atualizadas.

AN: Como a ASUG apoia os associados na migração para o SAP S/4HANA?

CB: Temos atuado de forma próxima, oferecendo talks, entrevistas, fóruns online e eventos presenciais como os ASUG Days. Também criamos grupos específicos para

discutir desafios técnicos e regulatórios, conectando quem já passou pelo processo com quem está começando.

AN: O que tem sido feito para fortalecer o vínculo com os associados?

CB: Ampliamos conteúdos exclusivos, realizamos pesquisas frequentes para entender as demandas e promovemos eventos regionais e nacionais que aproximam a comunidade. Também incentivamos networking, parcerias e co-criação de soluções entre os membros.

AN: Quais são suas perspectivas para o futuro da ASUG?

CB: O futuro é promissor. Queremos ampliar o alcance dos conteúdos, investir em novos formatos e aprofundar parcerias com a SAP e empresas de tecnologia. Nosso objetivo é ser o elo entre profissionais e empresas do ecossistema, promovendo capacitação contínua e mantendo a ASUG como referência em conexão, conhecimento e transformação

Desbravando o SAP BTP: novo SIG vai apoiar empresas na evolução tecnológica

Flávio Pereira, coordenador do grupo de estudos, apresenta propostas para incentivar usuários na busca por inovação e integração

A adoção da SAP Business Technology Platform (SAP BTP) tem ganhado protagonismo entre as organizações que desejam acelerar sua transformação digital No entanto, o caminho rumo à inovação ainda é marcado por desafios técnicos, culturais e operacionais. Para apoiar os associados da ASUG nessa jornada, nasce o novo Special Interest Group (SIG) BTP, com a missão de fomentar conhecimento, colaboração e troca de experiências sobre essa plataforma estratégica da SAP.

Flavio Pereira, coordenador do SIG e profissional com mais de 18 anos de experiência em tecnologia e atuação como Tech Leader SAP SD S/4HANA Sales na Acelen Energia, aborda nesta entrevista os desafios, a estrutura do SIG e os objetivos para o primeiro ano de atividades.

ASUG News: Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas brasileiras na adoção e uso da SAP Business Technology Platform (BTP)?

Flávio Pereira: A jornada para adoção do SAP BTP envolve uma série de desafios técnicos e organizacionais Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades com a complexidade da plataforma, especialmente por se tratar de um ambiente abrangente, com múltiplos serviços e soluções que exigem entendimento profundo para uso efetivo. Há obstáculos como a falta de mão de obra qualificada, a integração com sistemas legados, os custos envolvidos na implementação e manutenção e, principalmente, a transformação cultural necessária para que as áreas de negócio se adaptem à nova lógica digital. Tudo isso torna o início dessa jornada um processo exigente e, por vezes, intimidador para quem está começando a explorar o potencial do SAP BTP.

AN: Como o novo SIG BTP pretende apoiar os associados da ASUG na superação desses desafios?

FP: O SIG BTP nasce com o propósito de apoiar os profissionais e empresas na construção de um entendimento mais claro sobre o papel estratégico da plataforma. A proposta é abordar não apenas a parte técnica, mas também a transformação cultural que acompanha essa mudança A atuação do grupo incluirá debates sobre integração de sistemas legados, direcionamento de custos com infraestrutura,

licenciamento, serviços e capacitação de profissionais O SIG será um espaço para fomentar conhecimento, colaborar na resolução de desafios práticos e ajudar as empresas a aproveitarem plenamente os recursos oferecidos pelo SAP BTP.

AN: Quais serão os temas prioritários discutidos nos primeiros encontros do SIG?

FP: Nos primeiros encontros, o SIG vai explorar os fundamentos do SAP BTP e sua filosofia. A ideia é proporcionar uma visão ampla da plataforma como um habilitador de inovação e integração Os participantes vão discutir funcionalidades como desenvolvimento low code, automação, análise de dados e integração de sistemas, além da aplicação de tecnologias emergentes como inteligência artificial e machine learning O foco será mostrar como a plataforma permite unir diferentes áreas da empresa, promovendo eficiência e sinergia.

AN: O SIG também vai promover troca de experiências entre os membros? Como será estruturada essa colaboração entre os participantes?

FP: Sim, a troca de experiências será um dos pilares do SIG A proposta é estruturar essa colaboração por meio de grupos de discussão, eventos de networking, programas de mentoria e outras iniciativas colaborativas. A ideia é criar um

O foco será mostrar como a plataforma permite unir diferentes áreas da empresa, promovendo eficiência e sinergia.

ambiente no qual os participantes possam compartilhar desafios, soluções e boas práticas relacionadas ao SAP BTP. Essa dinâmica fortalece o aprendizado coletivo e impulsiona a inovação dentro das organizações associadas.

AN: Quais perfis profissionais devem participar do SIG BTP? Há espaço tanto para iniciantes quanto para especialistas?

FP: O SIG BTP está aberto a todos os perfis profissionais que atuam com a plataforma ou desejam iniciar nessa jornada Consultores, desenvolvedores, arquitetos, administradores SAP, gerentes e diretores de TI, além de profissionais de tecnologia em geral, são bemvindos O grupo será um espaço inclusivo, que valoriza tanto a expertise dos profissionais mais experientes quanto a curiosidade e o engajamento de quem está começando O objetivo é construir um ambiente de aprendizado contínuo e desenvolvimento conjunto.

AN: Quais resultados concretos a coordenação espera alcançar com o SIG ao longo do primeiro ano?

FP: A expectativa é fortalecer a compreensão sobre o SAP BTP como um dos principais motores da inovação no universo SAP. O grupo pretende contribuir para que os associados reconheçam o valor estratégico da plataforma, entendam suas possibilidades e consigam aplicá-la de forma eficiente em seus contextos de negócio. O SIG buscará impulsionar o uso da BTP como ferramenta de transformação, otimizando processos, acelerando a adoção de novas tecnologias e promovendo o crescimento sustentável das empresas participantes.

Flávio Pereira, Coordenador do SIG BTP da ASUG

Engajando e transformando: ASUG amplia conexão com comunidade SAP através das redes sociais

Como uma associação sem fins lucrativos consegue não apenas crescer, mas também liderar a comunicação em seu segmento?

A resposta está na dedicação à comunidade e em estratégias de comunicação inteligentes. Humberto Shida, Diretor de Comunicação da ASUG, compartilha nesta edição da ASUG News os pilares que sustentam a força da ASUG no ambiente digital.

Ele revela os segredos por trás do notável aumento no engajamento em redes sociais, a importância de parcerias com influenciadores para humanizar o conteúdo e como uma comunicação 360° integrada garante que temas cruciais como S/4HANA, reforma tributária e inteligência artificial cheguem de forma eficaz aos associados.

ASUG News: Quais foram os principais avanços da ASUG nas mídias sociais nos últimos anos?

Humberto Shida: Nos últimos anos, a ASUG deu passos importantes para fortalecer sua presença digital, com uma atuação baseada em conteúdo relevante, diálogo constante com a comunidade e crescimento orgânico, sempre com o propósito de conectar pessoas, empresas e conhecimento no ecossistema SAP.

Entre 2021 e julho de 2025, tivemos um crescimento expressivo e consistente em nossas mídias sociais, impulsionado pela confiança da comunidade e pela qualidade dos conteúdos:

• LinkedIn: passamos de 2 089 para 9.867 seguidores, um aumento de aproximadamente 372% Essa evolução rea-

firma o LinkedIn como nosso principal canal de conexão com o ecossistema SAP.

• Instagram: alcançamos 2.042 seguidores, partindo de 449 em 2021, o que representa um crescimento de cerca de 354%. Aqui destaco que a ASUG é, hoje, o grupo de usuários SAP com maior número de seguidores e publicações no Instagram, entre os grupos que mantêm presença ativa na plataforma.

• YouTube: ultrapassamos 980 inscritos, saindo de 148 em 2021, com um crescimento superior a 564%, resultado da consolidação do ASUG Talk como referência para a comunidade SAP.

Todo esse progresso foi alcançado de forma orgânica, sem investimento em

mídia patrocinada. Como associação sem fins lucrativos, nossa força vem da colaboração genuína dos associados, do engajamento autêntico da comunidade e da curadoria de temas que realmente fazem a diferença no dia a dia de quem trabalha com SAP.

Em resumo, nossa presença nas mídias sociais reflete o que somos: uma comunidade colaborativa, movida pelo conhecimento, pelo engajamento e pela troca de experiências, e não uma entidade comercial. É nesse ambiente que construímos valor para todos que participam, compartilham e aprendem juntos.

AN: Como a comunicação da ASUG contribui para aproximar a comunidade SAP e os associados?

HS: A comunicação é um dos pilares

fundamentais da ASUG e exerce um papel estratégiconaconstruçãoefortalecimento de uma comunidade SAP unida, ativa e engajada. Somos o elo que conecta profissionais, empresas e conhecimento, promovendo um ambiente colaborativo e de aprendizadoconstante.

Para garantir que nossos conteúdos tenham impacto real, buscamos sempre equilibrar a necessidade de informação com o momento ideal para oferecê-la. Isso é possível graças a pesquisas contínuas paraentenderasdemandasedesafiosatuaisdasempresasassociadas.

Nossa aborda temas estratégicos e atuais, como a jornada de migração para o SAP S/4HANA RISE, além de assuntos cruciais para o ecossistema, como a reforma tributária, que impacta diretamente os negócios. Dessa forma, garantimos que nossos associados estejam sempre à frente das inovaçõesdaSAP.

AN: Quais canais de comunicação têm se mostrado mais eficazes na estratégia atualdaASUG?

HS: A ideia de estabelecer parcerias com influenciadores digitais surgiu da nossa convicção de que a comunicação precisa acompanharaevoluçãodoshábitosdeconsumo de informação da comunidade. Atualmente, a forma como as pessoas se conectamcomconteúdoémuitomaisdinâmica, e os influenciadores desempenham um papel essencial na humanização das mensagens e na amplificação de vozes com credibilidade dentro do ecossistema SAP.

Oimpactodessasparceriastemsidoextremamente positivo Observamos um aumento significativo no alcance orgânico, maiorengajamentocompúblicosdiversificados e um fortalecimento da percepção da ASUG como uma associação atual, conectadaeabertaaodiálogo.

AN:DequeformaaASUGimplementauma estratégia de comunicação 360 graus, em diversosmeiosecanais?

HS: A comunicação 360° da ASUG é uma estratégia integrada que assegura presença em todos os pontos de contato com acomunidade.Atuamosemcanaisdigitais, presenciais e institucionais, sempre focados em entregar valor e engajar nossos associados.

Utilizamos redes sociais, além de newsletters segmentadas, nossa plataforma digital, site institucional, vídeos, podcasts e participação ativa em eventos e reuniõesdosGruposdeEstudos(SIGs).Cada canaltemumpapelespecífico,mastodos seguem uma linha editorial única, baseada em escuta ativa, curadoria de temas estratégicos e conexão com os desafios reaisdasempresasassociadas.

Essaabordagemnospermiteadaptarformatos e linguagens conforme o público e o momento, criando uma jornada contínua de relacionamento, do primeiro contato até o engajamento profundo emfórunsdedebateecolaboração.

A comunicação

da ASUG tem o compromisso de construir confiança.

AN:Quaissãoospróximospassosouplanos da área de comunicação para fortalecer ainda mais a presença e relevância da ASUG? e os temas de maior relevância?

HS: A comunicação da ASUG evolui continuamente para acompanhar o mercado e atender às necessidades da comunidade SAP. Nosso foco para os próximos passos é fortalecer ainda mais nossa presença digital e diversificar os formatos de conteúdo,comvídeos,colaboraçõescom especialistas e ações com influenciadores, para tornar a experiência de quem nos acompanha mais rica, acessível e participativa.

Também estamos dedicados à melhoria contínua da nossa plataforma digital, garantindo que todos os profissionais, sejam técnicos ou executivos, encontrem informações úteis, confiáveis e aplicáveisàsuarealidade.

A ASUG seguirá conectando pessoas, traduzindo complexidades e promovendo o compartilhamento de experiências Nosso compromisso é continuar sendo um ponto de apoio confiável e colaborativoparaacomunidadeSAP.

IA, ERP, HUMANOS...

Quando penso sobre as possibilidades da inteligência artificial (IA)

Generativa para a transformação dos negócios e organizações, lembro do artigo que Bill Gates postou em seu blog em março de 2023: “A era da IA começou”.

Nesse artigo ele narra que duas vezes, em sua carreira, viu duas demonstrações de tecnologia que julgou revolucionárias: a primeira foi a interface gráfica, nos anos 80; e a segunda, em 2022, quando viu o GPT 3 acertar 59 questões de 60 em um exame avançado de biologia.

Qual a semelhança entre as duas tecnologias: o mouse e os LLMs (Large Language Models), ou, grandes modelos de linguagem? Elas transformam a maneira pela qual as pessoas interagem com os computadores e sistemas. No caso da interface gráfica, ela permitiu a expansão do uso dos microcomputadores pelo público em geral e consequentemente a criação de novas e diversas aplicações. Isso por conta de uma maneira mais intuitiva e humana de interação: apontar, clicar e lidar com objetos, ao invés de memorizar dezenas de comandos de texto. No caso dos LLMs, acontece o mesmo, mas de uma maneira mais radical ainda, permitindo que se interaja com os computadores, sistemas de informação e repositórios de conhecimentos da maneira mais natural

possível para um ser humano: pela linguagem natural, ou seja, conversando Estamos ainda experimentando as primeiras ideias e possibilidades que serão trazidas por essa tecnologia, mas, já estamos vislumbrando mudanças importantes em diversas áreas.

Refletindo sobre as possibilidades dos LLMs para os sistemas de informação utilizados em empresas, mais especificamente os sistemas ERP, vejo um cenário semelhante. Implementei sistemas ERP enquanto atuava como gerente em empresas de médio e grande porte brasileiras, nos anos 90 Naquela época, ainda, a interface de alguns desses sistemas eram baseadas em texto (a “tela verde”) e operá-los era uma tarefa que exigia esforço cognitivo e a memorização de muitos menus, caminhos e comandos. O bom “operador” de ERP era a pessoa que melhor realizava essas operações com presteza, não necessariamente quem possuísse mais capacidade crítica de análise das informações e das operações sendo realizadas.

Logo depois, a maioria dos sistemas evoluiu para o uso de interfaces gráficas, que permitiram maior facilidade e interatividade, embora muito dependente da maneira como fossem construídas: começava a surgir aí o conceito de usabilidade Posteriormente, com o avanço da internet, da web, dos smartphones e seus aplicativos, passou-se a exigir cada vez mais dos ERPs o mesmo nível de usabilidade e qualidade de interface, não só para a entrada de dados e operação do sistema, mas também para a visualização e análise de dados gerenciais e gráficos. A evolução da facilidade de uso foi tremenda, elevando a qualidade e finalmente entregando a promessa da interatividade por meio das interfaces gráficas Isso muda muito a relação do usuário com o sistema e com a informação fornecida, tirando em muito o esforço cognitivo de operação existente no passado.

Mas, ainda, é uma experiência solitária, ou seja, o operador ou usuário precisa dominar bastante o conhecimento sobre a ferramenta ERPs para obter as respostas ou tomar as ações desejadas, principalmente em situações menos comuns ou de exceção. É necessário ter acesso a informações e conhecimentos disponíveis em bases de dados ou manuais, sobre os quais precisa ter pelo menos algum domínio. Isso é, claro, não considerando a possibilidade da ajuda do colega ao lado (ou ao alcance do whatsapp) ou do pessoal do suporte. Até agora.

Entram em cena os LLMs, por exemplo, como parte do Joule da SAP, um copiloto inteligente para o ERP que auxilia o uso do sistema de diversas maneiras, mas são três as principais: a primeira delas, na forma um manual inteligente e flexível, que auxilia o usuário com os comandos necessários para realizar a operação solicitada, considerando o contexto (perfil do usuário, comandos anteriores, entre outros) e usando informação semiestruturada (documentação do sistema, procedimentos, documentos da empresa, entre outros); a segunda, utilizando RAG (Retrieval Augmented Generation) e combinando os “dois mundos” da informação, estruturada e semi ou não estruturada, permite extrair dados e informações e sua apresentação nos formatos desejados pelo usuário (listas ou relatórios analíticos).

Dessa maneira, uma parte considerável da tarefa cognitiva de saber quais botões clicar e em que ordem e o que digitar/inserir nas caixinhas dos formulários é passada para o co-piloto. A interação com o sistema passa a ser uma conversa em linguagem natural, que não exige, em princípio, conhecimento prévio sobre a estrutura de comandos ou dos dados desejados. Essa é a ideia da co-inteligência, discutida por Ethan Mollick no seu livro “CoIntelligence”: usar os LLMs como parceiros inteligentes nos processos de tomada de decisão e execução das tarefas, liberando tempo e esforço do usuário para o que realmente importa: entender o problema e agir de maneira crítica e com discernimento. Ao copiloto, a parte mecânica e repetitiva do processo; ao humano a parte gerencial e criativa.

E, finalmente, a terceira delas se relaciona ao uso da IA baseada em agentes (Agentic AI), já em andamento, que não apenas auxiliará na navegação e interpretação do sistema, mas também será capaz de executar ações de maneira autônoma: criar e aprovar documentos, realizar tarefas CRUD (criação, leitura, atualização e exclusão), iniciar processos internos, interagir com os workflows existentes e até integrar subsistemas automaticamente. Além disso, será possível configurar e treinar esses agentes com facilidade, por meio de ferramentas como por exemplo o Skill Builder do Joule Studio. Isso representa um salto em direção a uma nova maneira de utilização dos ERPs, mais proativa e mais centrada no usuário.

Embora não abordado aqui, outro elemento possivelmente revolucionário dos LLMs e copilotos no cenário dos ERPs é a sua utilização para geração de programas de customização e aplicações de interface de usuário, com potencial para auxiliar muito nessa outra importante dificuldade sempre presente nesses sistemas.

E O PRÓXIMO PASSO?

Penso no próximo passo como o momento em que o uso do LLM acontecerá totalmente fora do contexto do uso de uma tela, por exemplo por meio de uma conversa pura de viva voz (ou por celular) com o LLM (no caso do SAP o Joule), ou seja, um assistente por voz completo. Imagine a situação em que um agente de vendas na rua, ou em qualquer lugar, liga para o ERP e faz suas solicitações de informações, pede para lançar os pedidos, mudar datas de entrega, conversando naturalmente como se estivesse falando com um colega de empresa. E será isso, mesmo, o ERP vai ser (finalmente?) apenas mais um colaborador da empresa. Um funcionário especializado em clicar botões, mas, claro, os botões certos em cada situação. Claro, é um “multi colega” na verdade. E disponível 24 x 7. E que libertará os humanos do esforço cognitivo envolvido em aprender a operar o sistema, em conhecer os milhares de caminhos de cliques necessários, deixando-os apenas com a função de decidir e realizar as melhores ações em cada situação. É uma volta a um relacionamento direto e natural com a informação gerencial.

Isso libertará o potencial da organização em maneiras ainda não vislumbradas para transformação digital, para repensar a estrutura organizacional, entre outros. Como foi apontado por Weiser em 1990, ao discutir o conceito das tecnologias da informação ubíquas, as tecnologias que trazem mais impacto e transformação no nosso dia a dia

E será isso, mesmo, o ERP vai ser (finalmente?) apenas mais um colaborador da empresa.
Um funcionário especializado em clicar botões, mas, claro, os botões certos em cada situação.

são justamente aquelas que se tornam invisíveis no contexto do seu uso, ou seja, são de tal maneira incorporadas ao processo ou atividade que não percebemos sua existência, embora, claro, ela esteja lá presente e gerando todos os seus benefícios e valor (pense por exemplo na iluminação elétrica, onipresente).

Claro, para que isso seja possível, toda a infraestrutura precisa estar instalada e adequadamente configurada (assim como no caso da iluminação, que para começar exige uma usina geradora em algum lugar, redes de distribuição e arquitetos e engenheiros hábeis, capazes de criar ambientes iluminados a partir da energia elétrica disponível) Não estou simplificando essa dificuldade ou o valor do esforço técnico e investimentos necessários para fazer isso acontecer. Esses continuarão lá.

Mas, do ponto de vista do usuário e do negócio, a ideia é essa: esforço cognitivo zero para a utilização do sistema, mantendo todos os benefícios associados. E, com a IA Generativa, isso finalmente está próximo de acontecer com os sistemas ERP, que sempre tiveram muita dificuldade para não serem notados.

Assim, o ERP, com o uso da IA Generativa, tornará os nossos negócios e empresas muito mais humanos.

Cesar Alexandre de Souza é professor doutor da Universidade de São Paulo desde 2007. Tem experiência docente e em pesquisa atuando nos seguintes temas: gestão e governança de tecnologia de informação, transformação digital, inteligência artificial e novos modelos de negócios digitais. Possui mais de 150 publicações, entre artigos em periódicos, capítulos de livros e artigos em conferências. É coordenador do grupo de pesquisa NETS/FEA/USP (Núcleo de Estudos em Tecnologias, Modelagem e Sistemas em Administração). Possui experiência profissional em empresas privadas e públicas tendo atuado como CIO e consultor de TI em implantações de sistemas ERP e em avaliação de projetos de investimentos em TI.

Tecnologia como aliada da Agricultura

Desvendando o potencial das inovações SAP by Vistex para uma Agricultura

Inteligente e Resiliente

Reconhecida como um dos principais setores da economia nacional, a agricultura enfrenta o desafio de inovar além da produtividade, adotando soluções que garantam inteligência, rastreabilidade, conectividade e respostas rápidas às demandas do mercado.

Nesse contexto, o SAP Farm Management by Vistex otimiza a gestão agrícola multicultura ao integrar todas as etapas da cadeia operacional, do planejamento à gestão de viveiros, preparo do solo, plantio, tratos culturais e colheita. Com monitoramento em tempo real e fácil integração com dispositivos IoT no campo, a solução garante gestão precisa dos recursos.

O módulo oferece visibilidade completa dos custos por atividade, cultura e área, permitindo comparar orçamento e execução e identificar desvios, aumentando a rentabilidade e reduzindo erros. Com acesso em dispositivos móveis online e offline, a equipe registra dados diretamente no campo, garantindo agilidade nas operações dentro da porteira.

A rastreabilidade é total, com dashboards por cultura, área e atividade, que integram dados históricos e em tempo real. Além disso, é possível controlar o consumo de água, energia, combustível e insumos, promovendo uma gestão ambiental eficiente e em conformidade com as exigências regulatórias.

Na gestão da relação entre produtores e compradores, o SAP Grower Management for Perishables by Vistex atua como um centralizador de contratos, serviços, pagamentos, recebimento de matériaprima e rastreabilidade, tudo em conformidade com as características de cada cultura e com os requisitos do setor.

Com contratos flexíveis e detalhados, é possível registrar condições de compra, parâmetros de qualidade, cultura, adiantamentos, descontos e pagamentos diretos por serviços logísticos, com liquidações automáticas, auditáveis e nativamente conectadas aos principais módulos do ERP SAP no fluxo do processo.

A gestão integrada dos contratos melhora a previsibilidade do rendimento e da qualidade, fortalece o relacionamento com os fornecedores e parceiros, otimiza o fluxo de caixa e reduz riscos jurídicos e operacionais com uma visão consolidada

de dados, demonstrativos e regras de pagamento.

Com mais de 25 anos de atuação no mercado global e presença entre os principais players da indústria, a Vistex desenvolve extensões nativas ao ecossistema SAP, com desempenho otimizado e suporte unificado, eliminando integrações paralelas e estruturas defasadas. Habilitadas à era da Inteligência Artificial e alinhadas ao conceito de Clean Core, suas soluções mantêm o sistema SAP enxuto e sustentável, reduzindo a complexidade técnica e viabilizando uma jornada contínua de inovação.

Ao transformar dados em decisões, processos em eficiência e desafios em valor, a Vistex impulsiona o agro brasileiro com o que há de mais avançado em tecnologia de gestão, potencializando o agro que move o Brasil.

A rastreabilidade

é total, com dashboards por cultura, área e atividade, que integram dados históricos e em tempo real.

frente a mudanças regulatórias complexas.

O desafio: conformidade em meio à incerteza

A mudança no Cosif trouxe um cenário desafiador: como manter o cumprimento de quase 5 mil obrigações acessórias mensais, em um curto tempo, diante da incerteza sobre a adequação dos municípios e da exigência de entregas retroativas? O impacto era especialmente sensível em obrigações como o modelo Abrasf-Desif (Associação Brasileira de Secretarias de Finanças das Capitais / Declaração Eletrônica das Instituições Financeiras), que dependem diretamente do plano de contas vigente.

Além disso, não bastava apenas implementar o novo plano de contas. Era necessário manter a operação do modelo anterior para atender às exigências retroativas de prefeituras, muitas das quais sequer estavam cientes da nova norma. O risco de descumprimento de obrigações fiscais e a complexidade operacional exigiam uma resposta coordenada e robusta.

A resposta: multidisciplinaridade e alianças estratégicas

Diante desse cenário, o Sicredi formou um grupo de trabalho multidisciplinar para liderar a adaptação. A estratégia envolveu articulação nacional através de entidades como Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Associação Brasileira de Secretarias de Finanças (Abrasf), Frente Nacional

Adaptação ao novo COSIF: como o Sicredi superou um desafio nacional com inovação e colaboração

anunciadas pelo Banco Central do Brasil em 2023, com vigência desde janeiro de 2025.

de Prefeitos (FNP) e Confederação Nacional de Municípios (CNM), com o objetivo de alinhar as prefeituras sobre a nova regulamentação.

Em paralelo, foi realizado um benchmarking com outras instituições financeiras para identificar boas práticas e soluções A parceria com a ALL TAX, empresa especializada em soluções fiscais, foi fundamental para acelerar a implementação técnica. A plataforma fiscal TIMP, já utilizada pelo Sicredi, foi adaptada com facilidade para operar com os dois planos de contas: o antigo e o novo, de forma simultânea.

A plataforma TIMP, desenvolvida pela ALL TAX, opera sobre arquitetura low-code e permite a criação de regras tributárias específicas de forma simples e auditável. Além disso, os recursos nativos de versionamento e rastreabilidade garantem total conformidade em ambientes regulatórios altamente fiscalizados como o bancário.

Essa flexibilidade permitiu que o sistema atribuísse automaticamente o plano de

A SOLUÇÃO FOI DESENHADA

PARA SER ESCALÁVEL, SEGURA E RESILIENTE

contas vigente a cada obrigação, gerando os arquivos com qualidade e dentro dos prazos estabelecidos. A solução foi desenhada para ser escalável, segura e resiliente, garantindo a continuidade operacional mesmo em cenários de alta complexidade regulatória.

O resultado: entregas no prazo e sistema preparado para o futuro

O sucesso da estratégia foi evidente: todas as 5 mil declarações municipais foram entregues no prazo, e o sistema permanece apto a atender às exigências retroativas das prefeituras Mais do que cumprir uma obrigação, o Sicredi demonstrou sua capacidade de antecipação, articulação e excelência operacional.

Esse projeto reforça o compromisso da instituição com a conformidade fiscal, a inovação tecnológica e a responsabilidade com seus associados, com o sistema financeiro nacional e com os órgãos fiscalizadores. A experiência também serviu como referência para outras instituições do setor, consolidando o Sicredi como protagonista em temas regulatórios e fiscais.

Do lado da ALL TAX, o projeto também representou uma importante validação de sua plataforma fiscal TIMP como a solução ideal para instituições financeiras que buscam adaptabilidade, governança e velocidade de resposta frente às mudanças legais.

Este case de implementação do Sicredi mostrou como a tecnologia certa, aliada a uma abordagem colaborativa e estratégica, pode transformar desafios regulatórios em vantagens competitivas sustentáveis.

E, mais do que atender uma nova norma, o projeto consolidou uma base sólida para futuras transformações, como as que virão com a Reforma Tributária.

O Sicredi está ainda mais preparado para enfrentar regimes híbridos, transições fiscais e a evolução constante das obrigações digitais, mantendo-se fiel ao seu propósito de construir uma sociedade mais próspera.

Por Rafael Lima, Diretor Tributário do Sicredi; e Roberto Lázari, Diretor da ALL TAX

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