Guia apresenta empresas especializadas na prestação de serviços de movimentação interna, remoção e transporte de equipamentos industriais e também fornecedores de produtos usados nessas operações.
Processo
Estudo compara a estampabilidade de um aço microligado à de um aço carbono-manganês
Para atender à demanda por maior capacidade de conformação mantendo elevados níveis de resistência mecânica, foi realizado um estudo comparativo da composição química, microestrutura, das propriedades mecânicas e da estampabilidade de um aço carbono-manganês e de um aço de alta resistência e baixa liga (ARBL).
Guia II
Endireitadores de chapas
Uma relação de fornecedores de endireitadores de chapas, importantes para garantir a qualidade e a eficiência na fabricação de produtos metálicos.
Tudo sobre prensas
Lubrificação nas prensas mecânicas
Uma compilação de informações sobre como é feita a lubrificação manual e automática de peças e componentes de prensas, bem como os cálculos envolvidos nessas operações.
Livros e informativos
Produtos
As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Corte e Conformação de Metais , podendo mesmo ser contrárias a estas.
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Arte final: Vanessa C. Silva
Carta ao leitor
Estudos de soldagem que preserva a pintura de chapas, descarbonização e inovação
Inovações no processamento de chapas e tubos, e parcerias para o desenvolvimento de tecnologias de produção, estão se consolidando ao mesmo tempo em que pesquisas realizadas por instituições brasileiras indicam caminhos para a otimização de processos e oportunidades de negócios.
O resultado é o lançamento de sistemas para corte e dobramento, criação de novas marcas de equipamentos, aprimoramento da limpeza de peças metálicas e soldagem que preserva o revestimento de chapas, além de um relatório sobre a descarbonização do setor siderúrgico. Você confere isso e muito mais na seção “Notícias”, a partir da página 6.
Em um artigo técnico (página 14) você vai conhecer um estudo onde foi realizado um comparativo entre a estampabilidade de um aço carbono-manganês e a de um aço de alta resistência e baixa liga (ARBL) com limite de escoamento mínimo de 350 MPa. O objetivo do estudo é apresentar soluções para um problema recorrente na estampagem de chapas: inúmeras peças fabricadas com esse tipo de aço apresentam elevado índice de repuxo, inclusive com expansão de furo.
Também nesta edição, informações sobre a lubrificação manual e automática de peças e componentes de prensas mecânicas, assim como os cálculos envolvidos nessas operações, estão disponíveis na coluna Tudo sobre prensas (pág. 22).
Natal Pasqualetti Neto aborda os tipos de lubrificação, o princípio de funcionamento de sistemas utilizados na lubrificação de prensas e outros temas como, por exemplo, vazão e fatores relacionados ao ambiente fabril.
Boa leitura.
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Corte e Conformação de Metais, revista brasileira que aborda o projeto e a produção de peças a partir de chapas e tubos metálicos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.
ISSN 1808-351X
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Notícias
BLM apresenta inovações no processamento de chapas e tubos
A BLM (Itália), com filial brasileira em Guarulhos (SP), anunciou novas linhas de máquinas para corte, dobramento e soldagem de chapas e tubos no evento “Inova 2025”, realizado na sua sede em Levico Terme. A empresa apresentou desde células de trabalho totalmente integradas, criadas para otimizar processos produtivos, até os recentes avanços em corte e soldagem a laser de chapas, passando por sistemas avançados de troca de ferramentas para curvamento criados para simplificar e acelerar etapas operacionais.
O evento teve como tema central “Turn on the light” (acenda as luzes), uma mensagem simbólica que expressa a proposta de iluminar o futuro com soluções produtivas mais inteligentes e sustentáveis.
Alguns dos destaques do Innova 2025 LTX e LT6 - uma nova linha de máquinas da série Lasertube que alia alta tecnologia a preços mais acessíveis. Os modelos foram desenvolvidos para pequenos usuários, os quais contam com diversas funcionalidades pensadas para tornar o trabalho do operador mais ágil e eficiente. Disponíveis nas versões 2D (linha LTX) e 3D (linha LT6).
LT14 Fiber - nova máquina a laser de fibra da linha Lasertube para tubos e perfis de grande porte, com fonte
laser de fibra tripla, que distribui a potência entre o núcleo e os anéis externos (beamshaping), assegurando cortes de alta qualidade mesmo em materiais de elevada espessura, tanto em alumínio de alta refletividade quanto em aço estrutural.
E‐Turn63 - a mais recente curvadora da empresa, que amplia a capacidade de curvamento à direita e à esquerda, para tubos de grande diâmetro, espessura e materiais de alta resistência. A máquina conta com o software VGPNext, que oferece flexibilidade para garantir a primeira peça correta em cada troca de produção. Pode ser fornecida com sistema automático de carregamento e robô de carga/descarga.
LS9 - a linha de corte a laser para chapas da BLM se expandiu com a nova LS9, uma máquina de alto desempenho com motores lineares capazes de alcançar aceleração X/Y de até 3,5 g. Ela conta com o sistema de ajuste automático dos parâmetros de operação Active Tools, oferecendo melhores resultados em menor tempo, independentemente da experiência do operador. Opera com sistema automático de carregamento e descarregamento.
LT‐Free - sistema de corte a laser de cinco eixos para trabalhar peças tridimensionais a partir de chapas estampadas, além de tubos curvados e hidroformados. É configurável conforme as necessidades
BLM Group.
produtivas e conta com o novo software de programação ArGo, além dos recursos de automatização do Active Tools, marcação, geometria paramétrica e possibilidade de editar o programa da peça diretamente na máquina.
LW‐S - célula robotizada de soldagem a laser recentemente desenvolvida pelo Grupo, capaz de soldar com precisão e repetibilidade uma ampla gama de materiais, dispensando acabamento posterior. No evento, a máquina fez parte de um processo produtivo automatizado mais amplo, integrando diferentes tecnologias.
Plug & Bend
Uma opção de maquinário para curvamento de tubos que elimina ajustes durante a troca de ferramentas. As curvadoras equipadas com esse sistema possuem dispositivos de acoplamento rápido para ferramentas de raio fixo ou variável.
BLM Groupwww.blmgroup.com/pt
Imagem:
Soldagem otimizada preserva o revestimento externo de chapas
Uma parceria entre o Grupo Laprosolda (Uberlândia, MG) e a Hexagon, com matriz na Suécia e escritório em São Paulo (SP), levou à realização de um estudo de soldagem que teve como objetivo a união de chapas de aço A131 sem danificar a pintura externa de uma caçamba submetida a ambiente portuário. O principal desafio consistiu no controle da temperatura das chapas durante a soldagem de maneira a não ultrapassar 130 ºC, preservando assim o revestimento externo da caçamba. Entre os parâmetros referentes ao estudo estão: corrente de 72 A, tensão de 21 V, espessura das chapas de 19 mm, fabricadas em aço ASTMA131, velocidade de soldagem de 15,6 cm/min e resistência térmica do revestimento externo da caçamba de 130 ºC.O projeto teve como
etapas iniciais a realização de simulações de soldagem, as quais foram conduzidas pelas instituições envolvidas a partir do uso de softwares da família Simufact Welding, que integra o portfólio da Hexagon. Júlia Pinatti, pesquisadora do Grupo Laprosolda, e Marcela Vieira, engenheira de aplicação da Hexagon, que forneceram informações à reportagem da Corte e Conformação de Metais, comentaram sobre os processos que permearam este estudo de caso. De acordo com as especialistas, foram realizadas simulações que envolveram a análise de soldagem multipasse, avaliação da propagação do calor decorrente da soldagem na superfície das chapas e o comportamento do cordão de solda.
Resultados obtidos
Pelas análises realizadas, conforme as informações fornecidas por Júlia e Marcela, foram selecionados 14 nós na superfície externa das chapas analisadas neste estudo, bem como foram constatadas as temperaturas de pico durante a soldagem. A partir daí também foi criado um mapa de cores, que mostrou as temperaturas máximas obtidas e o nó que apresentou a maior temperatura. As especialistas concluíram dizendo que o estudo de caso possibilitará a condução de outros projetos voltados para a otimização da soldagem de chapas submetidas às condições de ambientes portuários, além de outros tipos de aplicações.
A belga LVD, que tem subsidiária em Joinville (SC), anunciou o lançamento do Ricobb, um sistema de dobramento de chapas com um robô colaborativo (cobot) integrado, desenvolvido pela divisão de automação da empresa, a Robotic Solutions. Compacto, prático e intuitivo, o Ricobb é montado sobre uma plataforma móvel, podendo ser acoplado e programado em minutos. Projetado para executar dobras simples em peças menores, pode também ser rapidamente realocado para outras máquinas conforme as necessidades de produção. Ao ser acoplado, o sistema identifica automaticamente a prensa dobradeira, garantindo uma transição ágil entre máquinas. O cobot oferece desempenho contínuo e confiável e opera de forma independente 24 horas por dia, sete dias por semana, ampliando a taxa de utilização da dobradeira. Ele possui interface intuitiva, baseada em ícones e dispensa conhecimento avançado de programação.
O operador precisa apenas informar as posições de pega, dobra e reposicionamento, e
Imagens: Hexagon, Laprosolda/Divulgação.
Imagem: LVD.
Notícias
o cobot registra e reproduz os movimentos de forma automática, com precisão e repetibilidade. O sistema também aumenta a flexibilidade das linhas de produção por meio de garras customizáveis, que podem ser adaptadas para diferentes aplicações dentro do limite de carga útil do robô.
LVD - www.lvdgroup.com/pt-pt
Acordo dá origem a nova marca global de dobradeiras
A Salvagnini, grupo multinacional com sede na Itália, especializado em sistemas avançados para processamento de chapas metálicas, fechou um acordo com a Lanhao Intelligent Technology, fabricante chinesa de centros automáticos de dobra CNC. A parceria amplia a oferta de equipamentos automatizados para a fabricação de painéis metálicos pelo processo de dobramento com o lançamento da Metevo, uma nova marca de dobradeiras para chapas. Nos termos da parceria, a Salvagnini será distribuidora exclusiva – exceto na China – de uma nova linha de centros de dobra desenvolvida pela Lanhao especialmente para o grupo europeu. Os equipamentos serão comercializados sob a nova marca e, inicialmente, lançados nos mercados asiático, do Oriente Médio e da América do Sul. A ação representa um movimento estratégico para ampliar o acesso a tecnologias de automação, com base na rede internacional e na experiência da Salvagnini em serviços e suporte técnico local.A colaboração implica o uso das soluções
desenvolvidas pela Salvagnini em automação flexível para corte, puncionamento e dobramento, caracterizadas por integração digital, uso de software dedicado, IoT e suporte à indústria 4.0. Os centros de dobra resultam da combinação de interfaces homem-máquina intuitivas, processos automatizados e alta repetibilidade, fatores essenciais para aumentar a produtividade e facilitar a transição para ambientes industriais inteligentes. O acordo expande o alcance global de ambas as empresas: a Salvagnini está presente em 87 países com atuação em mais de 170 setores industriais, reforçando o seu portfólio em mercados estratégicos, enquanto a Lanhao consolida sua atuação mundial em soluções CNC e sistema de dobra automática.
Salvagniniwww.salvagninigroup.com/pt-BR
Lanhao - www.lanhao-tech.com
Lantek terá novo recurso para processamento de chanfros
A Lantek, desenvolvedora de software para fabricação a partir de chapas metálicas representada no Brasil pela SKA, introduziu um recurso para a importação automática de chanfros padrão de modelos 3D no módulo A2N (Assembly to Nesting). Ele foi projetado para otimizar os fluxos de trabalho para usuários que trabalham peças com bordas chanfradas, normalmente utilizadas na preparação para soldagem.
Até agora, os chanfros precisavam ser definidos manualmente após a importação de arquivos 3D para o Lantek Expert. Com a nova funcionalidade, o A2N pode detectar tipos de chanfros padrão diretamente da geometria 3D e atribuir automaticamente ao sistema durante o processo de importação, o que elimina a necessidade de edição manual e reduz significativamente o tempo de preparação.
O recurso de detecção de chanfros é integrado ao Lantek Expert e ao Lantek MES/Integra, permitindo que os usuários importem peças ou montagens 3D completas, mantendo todas as informações de fabricação necessárias.
Também foram feitas melhorias no gerenciamento de kits para
Imagens: Salvagnini/Lanhao.
Imagem: Lantek.
melhor organização de montagens complexas.
O Lantek A2N auxilia na integração dos fluxos de trabalho de CAD e CAM. Projetado para gerenciar peças e montagens em diversos formatos (incluindo chapas metálicas, tubos e vigas), ele permite a desmontagem rápida e o reconhecimento de peças, possibilitando orçamentos precisos e integração suave ao processo de produção. A Lantek apresentou os novos recursos dos seus sistemas na feira Schweissen & Schneiden 2025, realizada na Alemanha, e na Fabtech 2025, realizada nos Estados Unidos.
SKA - www.ska.com.br
Lantek - www.lantek.com/us
MicroStep investe em inovação e tecnologia para máquinas de corte
A MicroStep, fabricante europeia de máquinas CNC para corte a plasma, laser, oxicorte, jato d’água e routers, representada no Brasil pela Oxipira (Piracicaba, SP), anunciou a sua adesão ao projeto Spice (Smart Data Pipelines for the Cognitive Compute Continuum, algo como “Fluxos inteligentes de dados para a computação cognitiva”).
Trata-se de uma iniciativa europeia que reúne importantes parceiros de tecnologia para promover o processamento inteligente de dados em infraestruturas de nuvem e internet das coisas aplicada à indústria (iIoT). O Spice tem foco no processamento
de dados em larga escala para aplicações industriais. Coordenado pela companhia eslovaca InterWay, tem como missão abrir caminho para soluções industriais orientadas por dados e preparadas para o futuro.
Como parte do projeto-piloto Unified Cloud da iniciativa, a MicroStep está desenvolvendo uma plataforma de manutenção preditiva e otimização de processos sob medida para centros avançados de corte a laser.
Parceria entre Trumpf e Siemens vai acelerar o desenvolvimento de tecnologias de produção
As alemãs Trumpf (Barueri, SP) e Siemens anunciaram uma parceria estratégica voltada para a produção industrial apoiada em tecnologia digital. O acordo alia o portfólio Xcelerator da Siemens à reconhecida experiência da Trumpf na construção de máquinas para o trabalho com chapas e tubos metálicos e software, com o objetivo de superar um dos principais obstáculos da produção moderna: a falta de integração eficiente entre os sistemas de tecnologia da informação (TI) e tecnologia operacional (TO).
A iniciativa prevê o desenvolvimento de um conjunto de interfaces de TI abertas e interoperáveis, voltadas para favorecer redes integradas no ambiente fabril. O foco está em aprimorar as aplicações de inteligência artificial (IA) externas ao controle de movimento e automação. Segundo o CEO da Siemens Digital Industries, Cedrik Neike, a transformação real em fábricas passa pela plena conexão digital entre máquinas, acelerando o fluxo de dados e decisões e tornando a produção capaz de responder rapidamente às mudanças do perfil de demanda.
Benefícios técnicos e ganhos operacionais
O diferencial da colaboração é a integração robusta de hardware, software e ferramentas digitais de ambos os fornecedores, com arquitetura de sistemas modulares e interfaces
padronizadas. Isso permitirá que os fabricantes obtenham maior eficiência operacional, com dados fluindo em tempo real entre chão de fábrica e sistemas empresariais, redução de custos de engenharia e escalabilidade garantida por soluções abertas e modulares. Com a plataforma preparada para IA pode-se ter mais flexibilidade produtiva, melhor ritmo de lançamento ao mercado e operações alinhadas a critérios industriais contemporâneos.
A alemã Plasmatreat, especializada em processos de limpeza de superfícies metálicas por plasma, desenvolveu o processo HydroPlasma, que combina ar comprimido, eletricidade e água na remoção de resíduos de óleo e graxa de componentes após o seu processamento.
A nova tecnologia é baseada na já consolidada OpenairPlasma, que utiliza gás de processo ionizado para remover contaminantes como poeira e resíduos orgânicos, promovendo também a ativação da superfície e a melhor adesão de tintas e revestimentos. O HydroPlasma combina os efeitos do OpenairPlasma com a reatividade química das moléculas de água, aumentando a capacidade de remoção de sujeiras e contaminantes mais persistentes. A água introduzida no processo de plasma é ionizada, o que cria moléculas que proporcionam um efeito de limpeza semelhante ao do detergente, mas sem a necessidade de aditivos químicos
Imagem: Plasmatreat.
que podem possuir compostos orgânicos voláteis (VOC’s).
A ação de limpeza é executada na superfície metálica por meio de um bico que remove tanto resíduos orgânicos como óleos e graxas, quanto contaminantes inorgânicos, caso dos sais. Os contaminantes são transformados em componentes solúveis ou gasosos, garantindo a limpeza completa. Para aplicações mais exigentes, o efeito de limpeza pode ser aprimorado com aditivos específicos.
As estações de tratamento são adaptáveis a linhas de produção e a tecnologia é indicada para o trabalho com superfícies metálicas como aço, alumínio e cobre, realizando a limpeza microfina, remoção de contaminantes orgânicos e modificação da superfície para melhorar a aderência em processos subsequentes como pintura e revestimento, uma necessidade típica da indústria automobilística, por exemplo.
Plasmatreatwww.plasmatreat.com/en
Descarbonização do setor siderúrgico
brasileiro é tema de novo relatório
Foi lançado pelo Instituto Brasileiro de Economia Circular (Ibec) o relatório “Economia
circular como alavanca para a descarbonização do setor siderúrgico brasileiro”, que contou com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS). A economia circular na cadeia produtiva de aços, a consolidação de processos produtivos amigáveis ao meio ambiente e a criação de modelos de negócios no setor estão entre os temas abordados no estudo. O objetivo é indicar oportunidades de negócios e sugerir o aprimoramento de boas práticas para a circularidade que já estão em curso nesta área como, por exemplo, a transformação de sucata em produtos e o aproveitamento de resíduos provenientes das operações industriais.
De acordo com o relatório, o setor siderúrgico é responsável por 8% a 10% das emissões
Gráficos: Ibec/Divulgação.
globais de CO 2. Este assunto faz parte dos tópicos que tratam das metas de descarbonização, bem como da combinação do desenvolvimento de tecnologias e das regulamentações. No levantamento também foi mencionada a importância da criação de demanda por produtos fabricados a partir do reaproveitamento de resíduos. O trabalho realizado pelo Ibec consistiu na elaboração de uma
matriz de descarbonização e maturidade circular, a qual pode ser utilizada para classificar a maturidade das ações do setor siderúrgico. Foram realizadas entrevistas com seis siderúrgicas, além de outras empresas, que somaram 11 organizações.
Ibec - www.ibec-circular.org
Movimentação de máquinas
A movimentação adequada de máquinas pesadas é essencial por razões técnicas, operacionais e de segurança. Este guia apresenta empresas especializadas na prestação de serviços de movimentação interna, remoção e transporte de equipamentos industriais. Traz também informações sobre fabricantes de produtos empregados nessas operações, tais como macacos hidráulicos, tartarugas, colchões de ar, rebocadores elétricos a bateria e sistemas de alinhamento a laser. São soluções que permitem mudanças eficientes, seguras e com total preservação dos equipamentos envolvidos.
Executa o transporte
Empresa
Telefone
E-mail
Presta serviço de remoção/ movimentação interna
Ari Transportes (11) 99281-9006 alex@aritransportes.com.br
Ema Engineering (11) 97797-0839 comercial@ematransporte.com.br
Fabrica os produtos
Estados Nacional Garrafa (cilíndrico vertical) Tipo jacaré Patola (ou de unha) Baixo perfil ( low profile) Traseira Dianteira Eletro hidráulica Giratória Robôs
Rebocador elétrico a bateria Talhas elétricas de cabo Talhas elétricas de corrente Talhas manuais Talhas pneumáticas Guincho de alavanca (tirfor)
Colchão de ar Sistemas hidráulicos de deslizamento ( Skidding systems) Placas deslizantes com baixa fricção
Guindaste de pórtico móvel
Dispositivos de alinhamento a laser para nivelamento Empilhadeiras de alta capacidade (acima de 5 toneladas)
Macacos hidráulicos
Tartaruga
Empresa Telefone E-mail
Executa o transporte
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Estados Nacional
Fabrica os produtos Macacos hidráulicos Tartaruga
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Dianteira
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Eletro
Giratória
Robôs
Rebocador elétrico a bateria
Talhas elétricas de cabo
Talhas elétricas de corrente
Talhas manuais
Talhas pneumáticas
Guincho de alavanca (tirfor)
Colchão de ar
Sistemas hidráulicos de deslizamento ( Skidding systems)
Placas deslizantes com baixa fricção
Guindaste de pórtico móvel
Dispositivos de alinhamento a laser para nivelamento
Empilhadeiras de alta capacidade (acima de 5 toneladas)
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 168 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, outubro/novembro de 2025.
Estudo compara a estampabilidade de um aço microligado à de um aço carbono-manganês
Visando atender à demanda por maior capacidade de conformação mantendo elevados níveis de resistência mecânica, foi realizado um estudo comparativo entre a composição química, microestrutura, as propriedades mecânicas e a estampabilidade de um aço carbono-manganês e um aço de alta resistência e baixa liga (ARBL) com limite de escoamento mínimo de 350 MPa, uma vez que inúmeras peças fabricadas com esse tipo de aço apresentam elevado índice de repuxo, inclusive com expansão de furo, como é o caso da peça objeto deste estudo.
Com uma demanda cada vez maior por aços planos de elevada propriedade mecânica e boa estampabilidade, além de uma maior estabilidade dimensional da peça estampada, são necessários estudos e desenvolvimento dos aços estruturais aliando esforços, tanto no que se refere ao processo siderúrgico quanto ao processo metalúrgico. Estudos se fazem necessários para atender aos requisitos de conformabilidade da peça com mínima variação possível na espessura e nas propriedades
mecânicas destes aços, e possibilitando, em muitos casos, a redução da espessura e do peso das peças submetidas a esforços durante seu uso sem comprometer a segurança da aplicação final, além de redução de custo devido à redução de peso da peça
Daniel Augusto Ferro (daniel.ferro@waelzholz.com) é engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), mestre em engenharia metalúrgica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e engenheiro de assistência técnica e desenvolvimento de produto da Waelzholz Brasmetal (Diadema, SP). Fernando Generoso (fernando.generoso@arcelormittal.com.br) é engenheiro metalurgista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), mestre em engenharia metalúrgica pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e especialista em desenvolvimento de produtos da ArcelorMittal (Tubarão, ES). Este artigo foi apresentado na 25 a Conferência Nacional de Conformação de Chapas, no 44 o SENAFOR, realizado de 4 a 6 de outubro de 2023 em Porto Alegre (RS). Reprodução autorizada.
estampada. Uma forte motivação para a redução do peso das peças automotivas é a inerente redução do consumo de combustível com a diminuição do peso do carro como um todo. Outra demanda do setor metal mecânico é a homogeneidade de propriedades mecânicas e da espessura das bobinas de
D. A. Ferro e F. Generoso
Fig. 1 – (a e b) peça objeto do estudo com destaque para as trincas presentes na região de expansão de furo.
Tab. 1 – Composição química para diferentes grades de material microligado conforme norma NBR 6656:2016. Material objeto de estudo foi classificado com grau LNE355 com propriedades mecânicas diferenciadas.
aço, uma vez que este requisito permite uma melhor estabilidade do processo de conformação e do dimensional das peças com o mínimo de ajustes no ferramental usado na estampagem. Além das características técnicas necessárias, um custo competitivo no processo de produção do aço, bem como na fabricação de peças com o mínimo de variação dimensional possível, é primordial, dada a elevada exigência por qualidade e custo do mercado a que se destina as peças estampadas. Este trabalho aborda o processo
de desenvolvimento de um aço plano microligado com valores especificados de limite de resistência de 450 a 570 MPa, limite de escoamento de 350 a 450 MPa, alongamento na base 5 de 25% mínimo e dimensões de 2,5 mm de espessura por 245 mm de largura aplicado em uma peça usada no sistema de travamento da porta de veículos automotores. O aço foi classificado como LNE355 conforme a norma NBR 6656:2016, porém, com propriedades mecânicas ligeiramente diferenciadas se
comparado com a norma pública, pois a produção era originalmente feita com aço carbono-manganês. O projeto foi desenvolvido pelos grupos ArcelorMittal e Waelzholz Brasmetal, responsáveis pela produção e a transformação do aço microligado sendo fornecido em bobinas laminadas a quente com processo de ajuste de espessura via laminação a frio, para posterior transformação em peças por estampagem, e com posterior revestimento de zinco com cromato como passivador. Participaram do projeto outros dois players
3 – Foto da microestrutura da liga 2
C1F conforme a classificação da norma ASTM(3)
da cadeia automotiva, um deles responsável pela conformação e o revestimento da peça e outro pela montagem da mesma no sistema de travamento da porta.
Peça objeto do estudo
Para exemplificar o produto e as condições de acabamento em trechos de expansão de furo, e sobretudo mantendo a confidencialidade das cotas de desenho referentes a este desenvolvimento, a peça que é usada no sistema de travamento da porta do veículo automotivo é mostrada na figura 1. Atenção especial deve ser dada à condição de acabamento na região de expansão de furo.
O principal problema que ocorre durante a estampagem da peça é a presença de trincas na região
com aumento de 100 vezes, sem ataque, representando o nível de inclusões D1F conforme a classificação da ASTM(3)
de expansão de furo, inclusive comprometendo a fixação do parafuso usado durante a montagem da peça no sistema de travamento da porta. Tal anomalia também reduz a vida útil da broca usada para a usinagem da rosca, uma vez que a broca é integrada ao ferramental de estampagem onde a condição do repuxo influencia diretamente nos esforços da broca, gerando quebra e desgaste prematuro com consequentes paradas da prensa para a troca da broca.
Correlação entre
expansão de furos, microestrutura e composição química.
As propriedades mecânicas desejadas são determinadas pela combinação da microestrutura
4 – Foto da microestrutura da liga 1 (C-Mn) com aumento de 500 vezes e ataque nital 3% (estrutura composta por ferrita + perlita fina). Tamanho de grão 9 conforme a norma ASTM(4)
dos aços (1). O endurecimento por precipitação é amplamente usado para diversos tipos de aço de alta resistência, sendo introduzidos precipitados finos que podem elevar a resistência mecânica dos aços em 200 a 300 MPa, além de contribuir para a expansão de furo, uma vez que, durante o reaquecimento da placa antes da laminação a quente, os elementos microligantes são facilmente dissolvidos na matriz austenítica. Os principais elementos de liga usados no endurecimento dos aços por precipitação são Nb, Ti, Mo e V. Ainda de acordo com a literatura (1), diversos fatores influenciam na capacidade de expansão de furos em chapas de aço, entre eles a diferença de dureza entre as fases, número de fases duras, conteúdo de C, inclusões alongadas, textura cristalina, valor
Fig. 2 – Foto da microestrutura da liga 1 (C-Mn) com aumento de 100 vezes, sem ataque, representando o nível de inclusões
Fig. 5 – Foto da microestrutura da liga 2 (Microligado) com aumento de 500 vezes e ataque nital 3% (estrutura composta por ferrita + carbonetos esferoidizados). Tamanho de grão 5 conforme a norma ASTM(4)
Fig.
(Microligado)
Fig.
Fig. 6 – Fluxo do processo de laminação a frio utilizado para o material em estudo.
de índice de Lankford “Rmédio” e de expoente de encruamento “n”. Quanto maior a uniformidade da microestrutura, maior serão as propriedades de expansibilidade de furos no material. É importante a redução de inclusões alongadas ao mínimo. Também é necessária a redução de segregações e impurezas, uma vez que estas características interferem na expansibilidade de furos por estarem relacionados com pontos de nucleação de trincas durante a conformação.
Características da liga LNE355 conforme a Norma NBR 6656:2016(2)
As composições químicas especificadas em norma para as diferentes grades de material microligado são dadas pela tabela 1, com destaque para a grade de aço que é objeto deste estudo. As propriedades mecânicas especificadas em norma para as diferentes grades de material microligado são dadas pela tabela 2, com destaque para a grade de aço objeto deste estudo. As faixas de especificação de limites
de resistência/escoamento e alongamento são ligeiramente diferentes da norma por se tratar de uma adequação à especificação, uma vez que o aço originalmente especificado é o aço carbonomanganês com propriedades mecânicas já mencionadas.
Materiais
Para o estudo foram usados dois materiais distintos, um deles um aço carbono-manganês (liga 1) e o outro um aço microligado com processo para estampabilidade melhorada (liga 2). A composição
2 – Propriedades mecânicas no sentido transversal ao sentido de laminação para diferentes grades de material microligado conforme norma NBR 6656:2016. Material objeto de estudo foi classificado com o grau LNE355 com propriedades mecânicas diferenciadas.
Tab.
química, as propriedades mecânicas, níveis de inclusões e microestrutura de ambas as ligas são mostradas na tabela 3.
Processo siderúrgico
A elevação das propriedades mecânicas da liga 1 (C-Mn) se dá principalmente pela adição dos elementos químicos carbono e manganês, sendo o carbono um agente formador da cementita (fase dura presente na perlita), além do endurecimento provocado por solução sólida juntamente com o manganês e refino de grão. O processo siderúrgico aplicado à liga 2 (microligado) visou ao aumento das propriedades mecânicas tanto por solução sólida, principalmente pela adição dos elementos químicos nióbio, carbono e manganês, quanto por precipitação de carbonetos pelo controle via processo termomecânico, de maneira a minimizar e distribuir uniformemente os precipitados que atuam como barreiras para a
movimentação dos contornos de grão e discordâncias, maximizando a estampabilidade da liga.
Processo de relaminação
O material em estudo referente à liga 2 (microligado) foi adquirido pelo grupo Waelzholz Brasmetal no estado laminado à quente e com espessura de 2,60 +/-0,2 mm, visando à obtenção da faixa de espessura de 2,5 +/- 0,12 mm. Foi realizada laminação a frio para a redução da variação de espessura na bobina sem elevar significativamente as propriedades mecânicas do material laminado. Este processo foi realizado para minimizar a variação de rebarbas no furo que seria conformado posteriormente, uma vez que o nível de rebarbas está diretamente relacionado com a espessura, as propriedades mecânicas, microestrutura e a folga entre matriz/punção na etapa de corte. A figura 7 mostra a variação de espessura do material ao longo da laminação a frio. Excluindo os
Tab. 3 – Composição química das ligas: 1) aço-carbono-manganês e 2) aço microligado (LNE355 com propriedades diferenciadas).
1
2 (Microligado) 0,060
trechos de ponta de rolo sujeitos à maior variação de espessura, é possível observar uma variação total entre 2,45 e 2,49 mm.
Processo de estampagem
O processo de estampagem consistiu no uso de uma prensa progressiva, além de usinagem da rosca integrada à ferramenta de estampagem. Visando proteger o know-how da empresa que transforma o aço em peça, não serão fornecidas informações sobre a conformação e o desenho da peça.
Método
Composição química
A composição química foi analisada em espectrofotômetro de emissão óptica (figura 8).
Propriedades mecânicas
As propriedades mecânicas foram obtidas conforme a norma NBR 6673:1981(5). Foi retirado um corpo de prova de tração perpendicular ao sentido de laminação para cada amostra analisada. Os ensaios foram feitos em uma máquina de tração Zwick modelo Z250 equipada com garras hidráulicas e extensômetro (fig. 9).
Microscopia óptica (MO)
Fig. 7 – Gráfico de espessura criado após o processo de laminação a frio.
Fig. 8 – Espectrômetro de emissão óptica Spectrolab.
Liga LR (MPa) LE (MPa) Al L05 (%) Expoente de encruamento “n”
1 (C-Mn) 508 398 32 0,12
2 (Microligado) 472 404 35 0,16
Especificado 450 a 570 350 a 450 25 mín.
A análise de microestrutura foi realizada em uma amostra de cada liga. As amostras foram devidamente polidas e atacadas com reagente nital 3% para visualização da microestrutura (fig. 10). A verificação da microestrutura foi feita por microscópio da Leica (fig. 11).
Resultados dos testes de conformação
Nas figuras 12a e 12b observa-se um comparativo entre os testes de conformação das ligas 1 (CMn) e 2 (microligado) para as mesmas configurações de prensa e ferramenta de estampagem.
Discussão
Propriedades mecânicas
Comparando os resultados das propriedades mecânicas nas ligas 1 (C-Mn) e 2 (microligado), foi possível notar uma melhor condição para a conformação na liga 2, apesar dos valores de limite de escoamento ligeiramente maiores em comparação com a liga 1,404 MPa e 398 MPa, respectivamente. A melhor conformabilidade da liga 2 se explica principalmente com base nos seus valores de alongamento e expoente de encruamento (35% e 0,16, respectivamente), sensivelmente melhores em relação à liga 1 (32% e 0,12, respectivamente).
Tais resultados explicam a melhor conformabilidade da liga 2 (microligado) comparativamente à liga 1 (C-Mn).
Microestrutura
A liga 2 (microligado) apresenta nível de inclusões D1F (inclusão de óxido globular nível 1 série fina conforme quadro comparativo da norma ASTM(3) e microestrutura composta por ferrita + carbonetos esferoidizados uniformemente distribuídos na matriz ferrítica com tamanho de grão 5 conforme norma ASTM(4)). Já a liga 1 apresenta nível de inclusões C1F (inclusão de silicato alongada nível 1 série fina conforme quadro comparativo da norma ASTM(3) e microestrutura composta por ferrita + perlita fina uniformemente distribuída com tamanho de grão 9 conforme norma ASTM(4)).
Realizando um comparativo tanto do nível de inclusões quanto da microestrutura das ligas, é possível confirmar a melhor conformabilidade da liga 2 (microligado), uma vez que as
inclusões globulizadas e a estrutura com precipitados esferoidizados distribuídos uniformemente na matriz geram uma menor área de interface entre precipitados de elevada dureza (carbonetos e inclusões) e a matriz ferrítica de maior ductilidade, auxiliando a conformação e evitando a nucleação e consequente propagação de trincas. Ao passo que, na liga 1 (C-Mn), a presença de perlita e inclusões alongadas geram uma maior área de interface entre os precipitados duros e frágeis (placas de cementita presentes na perlita e inclusões alongadas) e a matriz
Tab. 4 – Propriedades mecânicas das ligas: 1) aço-carbono-manganês e 2) aço microligado (LNE355 com propriedades diferenciadas).
Fig. 9 – Máquina de tração Zwick Z250.
Fig. 10 – Ilustração da amostragem para avaliação da microestrutura.
com carbonetos esferoidizados e tamanho de grão 5), em comparação com a liga 1 (inclusões alongadas com presença de perlita e tamanho de grão 9).
ferrítica nucleando e propagando prematuramente as trincas durante o processo de expansão de furo.
Processo de estampagem
Para a estampagem das ligas 1 (CMn) e 2 (microligado) foi usada a mesma ferramenta com os mesmos ajustes de folgas entre matriz/ punção, velocidade de conformação, sistema de lubrificação, pressão do martelo e prensa-chapa, sendo as diferenças encontradas nos testes de conformação das ligas 1 (C-Mn) e 2 (microligado) exclusivamente relacionadas às características de estampabilidade de cada liga conformada.
Conclusão
Pelos testes foi possível concluir que a liga 2 (microligado) apresentou maior estampabilidade se comparada à liga 1 (C-Mn). Isso ocorre principalmente devido a um maior valor do expoente de encruamento “n” da liga 2 se comparada com a liga 1 (0,16 e 0,12, respectivamente), além de uma microestrutura mais favorável para conformação presente na liga 2 (inclusões globulares
O processo de laminação a frio aplicado diminuiu a variação de espessura do material laminado a quente, contribuindo para um melhor controle do nível de rebarbas nos furos expandidos ao longo da estampagem das peças, fator de extrema relevância para o sucesso do projeto, uma vez que o nível de rebarbas nos furos que posteriormente serão conformados tem influência significativa no avanço das trincas durante a expansão do furo.
A melhora na conformação das peças com o uso da liga 2 é nítida quando comparadas as fotos
das peças estampadas com o material C-Mn e microligado (fig. 12). Foram usados os mesmos parâmetros de conformação conforme mencionado em “Processo de estampagem”.
Agradecimentos
Os autores agradecem às empresas ArcelorMittal e Waelzholz Brasmetal por terem concedido o uso dos equipamentos e a mão de obra, que tornaram possíveis o desenvolvimento e a conclusão do projeto. Agradecimento especial aos Srs. Thomas Frank e Maurício Bomfim por incentivarem ao desenvolvimento e à difusão do trabalho desenvolvido.
Referências
1) Takahashi, M. Sheet steel technology for the last 100 years: progress in sheet steels in hand with the automotive industry. v. 55, n. 1, p. 79–88, 2015.
2) NBR 6656:2016 - Bobinas e chapas laminadas a quente de aço acalmado com características especiais de propriedades mecânicas, conformabilidade e soldabilidade – Requisitos. p. 2-3.
3) ASTM E-45:2018 – Standard test methods for determining the inclusion content of steel, p. 7-8
4) ASTM E-112:2010 – Standard test methods for determining average grain size, p. 1-27.
5) NBR 6673:1981 – Produtos planos de aço – determinação das propriedades mecânicas à tração, p. 1-22.
Fig. 12 – Condição do repuxo da liga 1 (C-Mn), à esquerda, e liga 2 (Microligado), à direita.
Fig. 11 – Microscópio Leica modelo DM2700M.
Guia II
Endireitadores de chapas
O tema deste guia setorial são os endireitadores de chapas, importantes para garantir a qualidade e a eficiência na fabricação de produtos metálicos, pois corrigem deformações e irregularidades antes do processo de conformação. Assim, melhoram a qualidade final do produto, ajudam a reduzir o desperdício de material e facilitam processos subsequentes como corte, dobra e soldagem.
Espessura para chapas com limite de escoamento de
Empresa Telefone E-mail Fabricante País
Abmaq (19) 99661-2626 aline@abmaq.com.br
Arcel (11) 9 94817821 vendas@arcel.com.br
Faccin (51) 98109-9277 marcelo.ledesma@ficep.it
P/A Brasil (11) 99937-3849 contato@pabrasil.ind.br
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, num total de 31 empresas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, outubro/novembro de 2025.
Tudo sobre prensas
Lubrificação nas prensas mecânicas
Uma compilação de informações sobre como é feita a lubrificação manual e automática de peças e componentes de prensas, bem como os cálculos envolvidos nessas operações.
As prensas mecânicas de grande porte possuem centenas de peças e componentes a serem lubrificados, tais como engrenagens, buchas, guias do martelo etc. Dessa forma, a lubrificação é quase toda automática.
Lubrificação manual e automática nas prensas mecânicas de grande porte
Lubrificação manual: é aquela que requer uma pessoa para a sua execução. Como exemplos, a lubrificação de rolamentos de motores elétricos, a troca de óleo dos reservatórios etc;
Lubrificação automática: como o próprio nome diz, é feita automaticamente por uma bomba hidráulica, que é acionada ao ligar a prensa.
Um problema comum em dias frios, quando a máquina fica parada por um certo tempo, é a dificuldade de colocar a prensa para funcionar. O óleo frio engrossa e tem dificuldade para passar pela tubulação, não atinge a vazão mínima de lubrificação e causa falha no sistema. Com isso, o operador tem que ter paciência para deixar a máquina “pronta para funcionar”.
Hoje em dia, é comum fornecer tanques de óleo de lubrificação que contam com aquecedores. Se a temperatura estiver abaixo do mínimo requerido, o aquecedor liga e aquece o óleo até que ele obtenha a temperatura de trabalho. No momento em que é obtida a temperatura de trabalho, o aquecedor desliga automaticamente.
Natal Pasqualetti Neto*
A lubrificação automática se divide em dois tipos
Lubrificação contínua: o lubrificante é enviado, o tempo todo, para o ponto a ser lubrificado;
Lubrificação intermitente: o lubrificante é enviado em períodos pré-definidos. Como exemplo, o compensador de peso do martelo é lubrificado com uma pequena dosagem de lubrificante a cada certo número de golpes da prensa. A unidade hidráulica de lubrificação, normalmente, fica no piso ou no porão.
Devido ao fato de as prensas trabalharem 24 horas por dia, é comum o uso de filtro duplo, a fim de permitir a manutenção do filtro sem que a máquina pare de operar. Ao contrário do que muitos pensam, lubrificar as peças e componentes de uma prensa não é somente enviar óleo para essas partes. Para cada ponto é calculada a vazão necessária de lubrificante. Por exemplo, se vamos lubrificar uma bucha, é preciso calcular a vazão necessária de lubrificante devido às dimensões da bucha, à folga entre o eixo e a bucha, velocidade de rotação do eixo etc. Para lubrificar as peças e componentes com a dosagem correta, normalmente são utilizados os distribuidores progressivos.
Os distribuidores progressivos são montados em blocos, e para o bloco funcionar são necessárias, no mínimo, três fatias –duas fatias para o fechamento inferior e superior, e uma fatia intermediária. O aumento do número de pontos a receberem lubrificação é feito pelo aumento de fatias intermediárias. O bloco funciona pela pressão do lubrificante, que é exercida pela bomba, e cada fatia acionada libera o acionamento de outra fatia. Se qualquer fatia travar, todo o bloco é travado.
Princípio de funcionamento de um bloco com três fatias e seis pontos
Para monitorar o funcionamento do distribuidor, uma das fatias possui uma haste no pistão, a qual avança para fora da carcaça e atua um sensor. A dosagem é monitorada pelo número de ciclos por minuto de funcionamento do distribuidor.
Nas máquinas antigas a lubrificação é feita por um distribuidormestre. Neste caso, quando ocorria uma falha, o pessoal da manutenção tinha que procurar por todo o sistema.
Nas máquinas atuais os blocos de distribuidores são individuais e contam com um controlador de fluxo na entrada, e cada linha possui um sensor. No caso de falha, é indicado na tela do painel IHM (Interface Humano Máquina) qual é o bloco que apresenta falha.
Em se tratando de lubrificação automática intermitente, algumas máquinas antigas possuem duas unidades hidráulicas, sendo uma unidade para a lubrificação automática contínua e outra para a lubrificação automática intermitente, e esta última alimenta um sistema de distribuição de linha simples. Hoje em dia, se utiliza uma única unidade hidráulica e a lubrificação intermitente também é feita com distribuidor progressivo, mas, usando uma válvula NF (Normalmente Fechada) antes do distribuidor. Ao ligar a máquina a válvula é aberta por alguns segundos e, posteriormente, é sempre aberta por alguns segundos após um determinado número de golpes.
*Natal Pasqualetti Neto é engenheiro mecânico pós-graduado em Automação Industrial pelo Centro Universitário FEI (São Bernardo do Campo, SP). Sócio Proprietário da NATAL Treinamento e Consultoria – www.natal.eng.br.
Saiba mais sobre prensas na coluna “Tudo sobre prensas”, no site da Corte e Conformação de Metais: https://www.arandanet.com.br/revista/ccm/noticias/58
Livros e informativos
Estampagem de metais
O e-book “Estampagem de metal: prensas e equipamentos – Volume 01”, de Natal Pasqualetti Neto, é uma publicação que vai auxiliar profissionais do setor metal mecânico em suas rotinas de trabalho, oferecendo conteúdo técnico sobre prensas e equipamentos utilizados na estampagem de metais. A obra acaba de ser lançada em duas versões (português e inglês) e sistematiza conhecimentos que antes estavam dispersos, facilitando o acesso a informações para engenheiros, técnicos, estudantes e gestores industriais.
O autor, engenheiro com vasta experiência em automação industrial e processos metalúrgicos, compilou técnicas específicas sobre diversos tipos de prensas, componentes, limitações estruturais e mecanismos de segurança – temas fundamentais para a tomada de decisões no chão de fábrica e no desenvolvimento de projetos. Os tópicos incluem os componentes de uma prensa mecânica, funcionamento de motores, engrenagens, sistemas de alimentação, dispositivos de lubrificação, sincronismo de freios e embreagens,
além de comparativos entre servo prensas e mecanismos articulados.
A obra aborda conceitos complexos de maneira didática, recorrendo a ilustrações e linguagem acessíveis, o que aproxima tanto especialistas quanto iniciantes das melhores práticas e normas de segurança no uso de prensas e periféricos. Destacam-se tópicos como corte puro em prensas para estampagem, controle de força, regulagens, sistemas transfer, endireitadores de chapas e aspectos de segurança em prensas, essenciais para garantir produtividade, precisão e segurança nas operações industriais. O e-book está sendo comercializado na plataforma hotmart, com preço sugerido de R$ 57,00 à vista, uma oferta de lançamento por tempo limitado. Acesse https://ebooks.metalstamping.com.br.
Consumíveis para soldagem
O e-book “Consumíveis de soldagem: tudo sobre características, aplicações práticas e normas técnicas” foi desenvolvido por Eliel de Freitas Castro. Na obra, o autor aborda desde os fundamentos da soldagem até tópicos avançados como, por exemplo, a escolha adequada de consumíveis para diferentes materiais, soluções para problemas comuns e as mais recentes inovações tecnológicas no setor. Nos capítulos o leitor vai encontrar informações sobre normas técnicas e certificações (AWS, ISO, ABNT), manuseio correto de consumíveis, assim como explicações detalhadas sobre os tipos de consumíveis, entre eles os
eletrodos revestidos, arames sólidos e tubulares, as varetas de solda e fluxos, entre outros tipos.
Também são abordados no livro os critérios técnicos para a seleção de consumíveis, abrangendo orientações sobre como escolher o material certo para cada aplicação. Há seções nas quais são abordadas soluções práticas para problemas comuns como o surgimento de porosidade em cordões de solda, trincas, respingos e falta de fusão.
Outros tópicos abordados pelo autor são: inovações e sustentabilidade, consumíveis de alta eficiência, baixa emissão de fumos de soldagem e soluções ecológicas. Estudos de caso reais também compõem o conteúdo apresentado na obra, que são exemplos práticos de aplicações bem-sucedidas na indústria.
O livro, em português e com 116 páginas, é recomendado para profissionais de soldagem, engenheiros, técnicos e estudantes. Ele está disponível para comercialização pelo site da Amazon (www.amazon.com.br) pelo preço sugerido de R$ 19,90.
Produtos
Máquina de corte a laser de fibra
A Thimer Brasil (São José dos Pinhais, PR) integrou ao seu portfólio a máquina de corte a laser de fibra TR 3015 MT, que pode ser utilizada em processos integrados de corte a laser de chapas e tubos metálicos. O novo equipamento conta com fonte de laser Raycus e o cabeçote de corte BM110, que é dotado de sistema automático de foco, módulo de proteção para a calibração e lente com montagem do tipo gaveta. Ele conta com o sistema de controle Cypcut, que possui recursos para a edição de arquivos usados em processos de corte, assim como sistemas para controle remoto das operações e alarme em tempo real.
A TR 3015 MT possui curso de 1.500 mm no eixo X, 3.000 mm no eixo Y e 300 mm no eixo Z. A precisão de posicionamento do cabeçote de corte nos eixos X e Y é de 0,03 mm, ao passo que a precisão de reposicionamento nestes mesmos eixos é de 0,02 mm. A velocidade máxima de deslocamento nos eixos X e Y é de 80 m/min.
Tel. (41) 9.9864-8415
Soldagem de pinos
A Spin Indústria (São Bernardo do Campo, SP) comercializa máquinas para soldagem de pinos e parafusos em chapas e/ou tubos metálicos, por exemplo, pelo processo conhecido como “stud welding”. O portfólio da empresa conta com os equipamentos para soldagem capacitiva C-8
e C-10, sendo o primeiro modelo voltado para a soldagem de pinos e parafusos M3 a M8 (1/8” a 5/16”), ao passo que o segundo o faz com pinos e parafusos M3 a M10 (1/8” a 3/8”). A versão C-8 apresenta outras características como, por exemplo, tensão de entrada de 220 V (monofásico), corrente de entrada de 10 A e corrente de saída de 200 V. No que se refere à capacidade produtiva deste equipamento, podem ser soldados de 15 a 30 pinos M3 por minuto e cinco pinos M8 por minuto. O modelo C-10 apresenta as mesmas características do C-8 e, inclusive, pode soldar cinco pinos M10 por minuto.
Tel. (11) 9.4537-8914
Prensa dobradeira
A Valentin (Cocal do Sul, SC) comercializa prensas dobradeiras para conformação de chapas metálicas. Entre os equipamentos do seu portfólio está a prensa dobradeira CN. A máquina conta com sistema de controle eletrônico que executa o gerenciamento dos eixos Y e X, permitindo a realização do controle preciso dos movi-
mentos de descida, subida e avanço do encosto traseiro. Sua estrutura é composta por um conjunto de peças soldadas e submetidas a tratamento térmico de recozimento para alívio de tensões internas, bem como suporte frontal fabricado com trilho de deslizamento. Também é equipada com guia linear da Hiwin. A empresa também fornece modelos de prensas dobradeiras com força de dobra de 300 Kn a 3.000 Kn, com capacidade para realizar dobras com comprimento de 1.600 mm até 3.200 mm. O curso apresentado pelas máquinas varia de 80 mm a 250 mm e a profundidade da garganta é de 200 mm até 400 mm.
Tel. (48) 9.999-0371
Sensores angulares e lineares
A Cardella Automation (Valinhos, SP) distribui no Brasil os sensores angulares e lineares da alemã Novotechnik, desenvolvedora da tecnologia de posicionamento aplicável à movimentação de máquinas de corte de metais como guilhotinas, prensas e serras. A empresa da Alemanha desenvolveu uma linha de sensores para adaptação às máquinas de corte de metais. O TH1 é um sensor de posição linear sem contato, projetado para instalação direta em cilindros hidráulicos. Sua construção proporciona resistência a choques e vibrações, comuns em prensas e guilhotinas. Já o TM1 é especialmente indicado para fabricantes que precisam
de versões compactas para cilindros de dimensões reduzidas, enquanto o TX2 é um transdutor de posição com tecnologia potenciométrica de alta confiabilidade. Há ainda a régua potenciométrica LWG, de longa vida útil e alta precisão. As linhas de produtos são adaptáveis a diferentes condições e necessidades industriais, incluindo aplicações severas e expostas a ambientes agressivos. www.cardella.com.br
Equipamento para soldagem
A Denver (Montes Claros, MG), com filial em Sumaré (SP), comercializa equipamentos para soldagem manual. Entre os produtos que compõem o seu portfólio está a máquina para soldagem Ottima 2000 DC, que tem dimensões de 40 x 24 x 32 cm e peso de 7 kg. O equipamento opera com tensão de 220 V, apresenta potência de 200 A e pode ser utilizado em processos de soldagem com eletrodos que possuem revestimento duro. De acordo com as recomendações da empresa, o modelo pode operar com eletrodos com diâmetro de 2,0, 2,5, 3,25 e 4 mm na soldagem de aço inox e ferro fundido, por exemplo. Também são comercializados acessórios como escudo, escova para limpeza de cordões de solda, cabo positivo com porta eletrodo e cabo negativo com garra terra. Tel. (11) 9.7312-6462