Revista Kéramica n.º 367 Novembro / Dezembro 2020

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Entrevista

À CONVERSA COM LUÍS CAETANO – PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SORGILA

Luís Caetano

Kéramica – Sendo a Sorgila uma empresa familiar, poderia contar-nos um pouco a história da empresa e como iniciou o relacionamento com o sector cerâmico? A Sorgila foi constituída sob a forma jurídica de sociedade por quotas a 26 de Fevereiro de 1969, com sede no concelho e distrito de Leiria, e teve num dos seus fundadores o meu pai Luís Padeiro Caetano, todo o empenho, dedicação e sabedoria, valores que transmitiu a mim e ao meu irmão, e que continuam a ser as principais regras basilares que a empresa mantém atualmente. Com o seu falecimento em 1989 e já sob a nossa orientação, a Sorgila passou a sociedade anónima em 1994.

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O relacionamento da Sorgila com o setor cerâmico é fruto do Know How dos seus fundadores, naquele tempo mais focado para fornecimento de argilas para faianças, refratários, pavimentos e revestimentos a uma escala de produção que nada tem a ver com os dias de hoje. Numa perspetiva de maior exigência do mercado cerâmico e do seu crescimento a médio/longo prazo tendo em vista o desenvolvimento de novos produtos, avançámos com a contratação de técnicos ligados ao setor de forma a garantir maior rigor nos métodos de extração e composição de produtos. Kéramica – Como está a ser vivido, na Sorgila, este período de pandemia que atravessamos? Quais as principais dificuldades sentidas e medidas tomadas? As medidas de apoio do governo têm sido adequadas? Perante esta situação que atravessamos atualmente, nunca antes vivida em termos económicos e sociais, a Sorgila teve neste exercício duas realidades distintas: no sector cerâmico registámos uma ligeira retração da nossa atividade, consequência da pandemia que vivemos, e nos agregados para a construção civil tivemos um crescimento motivado pela escassez destes produtos no mercado. As dificuldades que sentimos no exercício da nossa atividade não estão diretamente relacionadas com a pandemia que vivemos, mas sim com os processos morosos do sector público em dar resposta àquilo que são as nossas dinâmicas no que diz respeito à nossa atividade operacional. Relativamente aos métodos utilizados para colmatar as dificuldades vividas, entendemos que as moratórias e apoios financeiros e outros como lay-off, a quem teve de recorrer (felizmente não foi o nosso caso), foram adequados.

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