Pódio - 6 de janeiro de 2014

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DIVULGAÇÃO

Caderno D

Testemunha gravou hora do acidente Pódio 4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2014

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Morre o ‘Pantera Negra’ FOTOS: DIVULGAÇÃO

Maior jogador da história do futebol português, Eusébio morreu na madrugada de ontem, aos 71 anos. Colecionador de títulos nacionais, ele foi o carrasco de Pelé na Copa do Mundo de 1966, levando Portugal ao terceiro lugar

O futebol perdeu uma lenda. Mas o lugar de Eusébio entre os melhores jamais será tirado. Ele fará muita falta. Descanse em paz, ‘Pantera Negra’

Tem significado especial que não podemos deixar de trazer para as gerações de agora: a imortalidade de um homem que foi tudo para Portugal José Mourinho, técnico do Chelsea

Joseph Blatter, presidente da Fifa

Mesmo aposentado, lusitano fazia questão de acompanhar o futebol de perto

M

Eusébio era considerado um dos melhores jogadores do mundo, inclusive, pelo “rival” Pelé

Antes de completar 20 anos, o Pantera Negra já se destacava em campo

orreu, na madrugada de ontem, em Lisboa, Eusébio, considerado o maior jogador da história de Portugal. Aos 71 anos, o “Pantera Negra” não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Seu corpo será velado no Estádio da Luz, casa do Benfica, time do qual foi ídolo nas décadas de 1960 e 70. O presidente lusitano, Aníbal Cavasco Silva, decretou pesar oficial de três dias. Nascido em 25 de janeiro de 1942, Eusébio da Silva Ferreira começou a carreira no Sporting Lourenço Marques, na metade final da década de 1950. O moçambicano foi contratado pelo Benfica no final de 1960 e se tornou o maior artilheiro da história do clube, marcando 727 gols em 715 partidas durante as 15 temporadas que atuou na equipe lisboeta. Com a camisa das Águias, ele conquistou 11 Campeonatos Portugueses, cinco Taças de Portugal (196162, 1963-64, 1968-69, 1969-70 e 1971-72) e uma Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões), em 1961-62, sobre o Real Madrid de Ferenc Puskás, além de ter sido três vezes vice-campeão europeu (19621963, 1964-65 e 1967-68). O Pantera Negra recebeu homenagem do ex-clube, que divulgou nota em seu site oficial. “A vida de Eusébio é patrimônio de todos aqueles que amam o futebol. O Sport Lisboa e Benfica foi o seu porto de abrigo, mas o Benfica teve em Eusébio um profissional incansável, alguém que sempre fez do Benfica muito mais do que o seu clube”, exaltou.

‘Carrasco’ O ídolo português chegou ao auge na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Ao marcar nove gols em seis jogos, Eusébio levou Portugal ao terceiro lugar e foi considerado o melhor jogador do torneio. Na ocasião, a equipe lusa sofreu apenas uma derrota, justamente para a Inglaterra, na semifinal. A anfitriã que se tornaria campeã sobre a Alemanha Ocidental. Naquela Copa, Eusébio foi o grande carrasco da seleção brasileira. Em jogo na cidade de Liverpool, marcou dois gols da vitória portuguesa sobre a equipe canarinho por 3 a 1. A derrota dos comandados de Vicente Feola resultou na eliminação do torneio ainda na primeira fase, frustrando os torcedores da seleção bicampeã mundial. Na semifinal, o voltou a marcar, mas Portugal foi eliminado pela Inglaterra de Bobby Charlton por 2 a 1. A anfitriã seria campeã mundial na sequência, ao bater a Alemanha Ocidental. Enquanto isso, Eusébio, sempre ele, marcou na disputa pelo terceiro lugar e os “heróis do mar” triunfaram sobre a União Soviética, alcançando a melhor colocação da história do país em Copas.

Monumento situado à porta do Estádio da Luz foi visitado por fãs ontem

Imortalizado na calçada da fama

No convívio conosco na seleção portuguesa ele sempre tinha uma palavra de incentivo e de ensinamento. É uma grande perda para todos nós Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira

Maior jogador da história do futebol português, Eusébio faleceu ontem, em Lisboa, vítima de uma parada cardiorrespiratória, aos 71 anos. Porém, as marcas de seus pés foram imortalizadas no Maracanã. O Pantera Negra, carrasco brasileiro na Copa do Mundo de 1966, foi o primeiro estrangeiro a ter as pegadas eternizadas na calçada da fama do estádio brasileiro. A cerimônia aconteceu em 2004, um dos muitos anos em que Eusébio visitou o Brasil.

Antes dele, somente jogadores brasileiros haviam sido homenageados no lugar. Para que um jogador seja imortalizado na calça da fama do Maracanã, é necessário, além do sucesso futebolístico, ter alguma história relacionada ao estádio carioca. E Eusébio teve algumas. A principal aconteceu em 1962, com o Benfica, quando tinha 19 anos. O Pantera Negra enfrentou o Santos de Pelé na final das Taças Intercontinentais.

É uma grande perda para o futebol mundial e para Portugal. Fiz uma amizade e tinha muito carinho por ele. Sinto muito pelo falecimento Português foi primeiro estrangeiro no hall da fama do Maraca Deco, ex-jogador


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