O racismo estrutural e institucional é um marcador das relações sociais, refletindo no trato das
questões relacionadas à infância e juventude no Brasil e na sua interlocução com o Sistema de Justiça.
A ausência de registro do quesito raça/cor nos documentos institucionais produzidos em espaços
sociocupacionais dessa área, assim como da área da saúde, impacta no desvendamento do perfil das
mulheres atendidas e nas informações fornecidas nos encaminhamentos realizados. Observa-se no
cotidiano profissional que em sua maioria são pretas/os e pardas/os as mães, os pais e/ou outros
familiares que têm sua(s) criança(s) e/ou adolescente(s) acolhidas/os, que solicitam defesa em processos de acolhimento institucional ou de destituição do poder familiar e que têm filhos sob medida
socioeducativa.