Historicamente, a população negra brasileira sofre processos de criminalização que se
arrastam desde o período escravocrata até os dias atuais, seja pela sua religião, música, dança,
origem ou condição socioeconômica. Mas as maiores atrocidades no Brasil desde colônia, se deram
no âmbito penal (Batista, 2004). Um extenso e histórico processo de exclusão, sofreram e
continuam sofrendo os descendentes de negros africanos escravizados nas Américas. Mas esta
população sempre resistiu e resiste às estratégias de opressão e dominação engendradas pelo
Estado capitalista burguês, quer seja para sua exclusão, quer para sua posterior eliminação.