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A força da mulher no campo
Reportagem: Ana Paula Amaral Trabalhar no campo deixou de ser ‘coisa de homem’ - cada vez mais, as mulheres têm ocupado espaço no meio rural. Seja nos postos de trabalho, na atuação profissional ou diretamente à frente dos negócios, é fato que o campo não é mais um ambiente dominado pelo público masculino. Hoje, dos 69 sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul, sete são comandados por mulheres. “As mulheres, pela sua característica, são mais delicadas, intelectuais e estratégicas ao tocar um negócio. Nesse aspecto, com certeza, elas levam vantagem”, comenta o presidente do Sindicato Rural 96 de Dourados, Lucio Damalia. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia oito de março, a Celebrar entrevistou duas mulheres que estão à frente do agronegócio no Estado. hoje não me vejo fazendo outra coisa”, garante. Uma delas é Edy Biondo Tarrasel, de 39 anos, produtora e presidente do Sindicato Rural de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul. Além de comandar o sindicato desde 2014, Edy administra uma propriedade rural no município de Ivinhema, onde vive com a família e atua na agricultura e pecuária, com produção de mandioca e recria de novilhas. “Conto com todo o apoio da família e do meu marido, mas quem cuida de tudo sou eu. Eu compro, vendo, gerencio funcionários e administro a propriedade. Faço tudo isso com muito orgulho e
Edy herdou a propriedade do pai, há 19 anos, e precisou administrar o negócio da família com apenas 20 anos de idade e sem nenhuma experiência. Ela concluiu a faculdade de Ciências Contábeis, mudouse para a fazenda da família e correu atrás de capacitação. “Nunca sofri preconceito, mas sempre senti uma resistência e fui constantemente testada. Hoje, conquistei respeito e credibilidade porque fui conhecendo e crescendo na minha atividade.” Em 2002, foi convidada para participar da diretoria