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Reportagem: Miriam Névola Fotos: Estúdio 2por2/Aquidauana
Tarsila Bonneli: A arte de emocionar com a dança É só observar o andar e o sentar de uma bailarina, que você percebe que se trata de uma artista. Assim é Tarsila Bonelli (34), os movimentos de qualquer parte do corpo transpiram arte. Nascida em Dourados, pode-se dizer que é a artista local de sua geração com maior representatividade na 150 região. Afinal, dança desde os dois anos e meio. Começou no ballet tão novinha, por recomendação médica, pois tinha os pés tortos. Desde então, não parou mais.
de fazer ballet e começou a dar aulas também. Lecionava em Dourados, Maracaju, Rio Brilhante e Nova Alvorada.
Quem a vê cheia de confiança e ousadia não imagina que a jovem viveu conflitos para definir que seria bailarina profissional. Não enxergava a dança como profissão.
Porém, ao mesmo tempo, Tarsila não conseguia se definir como bailarina, era uma luta dentro de si mesma. “Eu achava que depois que fizesse faculdade iria apagar um pouco a dança, como aconteceu com várias amigas; mas comigo foi o contrário. Cada vez me apaixonava mais pela dança. Até que meu marido me falou: ‘Você precisa se definir, será advogada ou vai trabalhar com dança? ’ Aí foi igual a sair do armário. Porque eu sempre quis trabalhar com arte, mas não assumia. Aí defini, o que me fez muito mais feliz”.
Quando terminou o Ensino Médio, fez três anos de cursinho porque queria fazer Medicina, mas o pai faleceu e ela disse que “perdeu o rumo”, ficou um período perdida. Depois, decidiu mudar de ramo, cursou Direito e estagiou com a mãe, que é advogada. Durante todos esses cursos, nunca parou
“Eu sempre fiz ballet, mas a sociedade, a família, não enxergavam isso como profissão. Só que sempre consegui meu dinheiro dando aulas. Foi aí que comecei a perceber que tinha mais possibilidades do que sempre me disseram. Dava sim para viver da dança”.