CORPO SEM ÓRGÃOS AFECTIVO-INTENSIVO: A VIDA NÃO É UM PRIVILÉGIO DO ORGÂNICO Clayton Moura1
resumo O objetivo deste artigo é explicitar o corpo sem órgãos, conceito desenvolvido na filosofia de Gilles Deleuze, e, em suas obras com Félix Guattari, a partir da aliança entre afeto e intensidade, como movimento decorrente de variações agenciadas nos encontros dos corpos. Na perspectiva de um corpo sem órgãos, ocorre uma mudança e uma transformação radical da noção que temos de corpo. Há uma ruptura com as ideias de corpo orgânico, organizado, previsível e determinado por funções, além de um corpo subjugado, definido, controlado e utilitário, a serviço do imperativo dominante. A compreensão de um corpo sem órgãos, referese a uma prática que lança os corpos na experimentação e no continuum da vida. Um corpo que se abre para a criação de modos outros de estar no mundo em contínua transmutação, onde inorgânico e anorgânico intensificam a vida nos corpos. PALAVRAS-CHAVE: Corpo sem órgãos. Afeto. Intensidade. Experimentação. Vida.
abstract The aim of this article is to explain the body without organs, a concept developed in the philosophy of Gilles Deleuze, and in his works with Félix Guattari, based on the alliance
1 Licenciado em Química pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Graduado em Psicologia pela Unifanor/Wyden e Mestre em Artes pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: claytonpsique@hotmail.com revista lampejo issn 2238-5274 | vol. 10, n. 1
08/2021
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