Surfistas, andarilhos e filósofos: - eles buscam a filosofia da manhã, pp. 315-323
SURFISTAS, ANDARILHOS E FILÓSOFOS: - ELES BUSCAM A FILOSOFIA DA MANHÃ Danielle Fonseca1
Quem alcançou em alguma medida a liberdade da razão, não pode se sentir mais que um andarilho sobre a Terra - e não um viajante que se dirige a uma meta final: pois esta não existe. 2
O ano era 1975. Assim, como nasce o dia. Assim, como nasce o dia, o surfista e estudante de filosofia autodidata, Gibus de Soultrait, arruma as malas na velha vitrola, em sua casa, localizada em Biarritz, França, ouve Heldon e Richard Pinhas, acompanhados da voz de Gilles Deleuze recitando Le Voyager de Frederich Nietzsche e inicia, através de um barco, sua andança, sua dança-andarilha pelo mundo. Eu fui tripulante em um barco e cruzei o Pacífico em 1975. A música de Pihnas-Heldon com Deleuze me fez sonhar adiante. Em 1977, eu estava indo para a universidade fazer o curso de Deleuze e ele fez o curso sobre os nômades [...] Nós nos conhecemos e nos encontramos mais tarde, em 1988, em torno do tema do surf. 3 1
Artista visual e escritora NIETZSCHE, F. Humano demasiado humano: um libro para espíritos livres. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 3 “[…] j’étais équipier sur un bateau et on traversait le Pacifique en 1975. La chanson de Pihnas-Heldon avec Deleuze m’avait fait rêver avant. Au retour en 1977, j’allais au cours de Deleuze à la fac et il faisait cours sur les nómades […] On 2
Revista Lampejo – vol. 6 nº 2
315