A inteligência da colheita e a logística do transporte florestal - OpCP69

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editorial de abertura

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um artigo passado, falei sobre Covid-19, pandemia, trabalho remoto e seus impactos. Mas não podemos deixar de reconhecer que, sem dúvida, vivemos o maior divisor de águas do século. Recentemente, li em um post de LinkedIn de um executivo que comentava sobre alguns mitos: 1º) “Não estamos preparados para os desafios que vem (sic) pela frente”. Ninguém está, pelo menos não 100%. Eles são novos, e cada evento se desdobra em caminhos antes não pensados. O ponto não é estar preparado, mas sim ter, na caixa de ferramentas do gestor, opções suficientes para buscar alternativas e agir com rapidez; 2º) “O mundo está mudando muito rápido”. Outro mito. Sempre mudou. Imaginem o impacto de grandes invenções do passado. Talvez fique mais fácil olhar do hoje e compreender os efeitos de tais ações, em tempos passados. Mas, certamente, durante aqueles tempos, era igualmente difícil prever os acontecimentos. A colheita florestal, em suas diversas nuanças e diferentes operações, sempre foi, e parece que permanecerá sendo por muito tempo, casada com a logística.

O que tem mudado é a forma como nos preparamos para isso. Lembro-me de que um dos meus primeiros trabalhos, quando iniciei na engenharia florestal, foi fazer o bom e velho estudo de tempos e movimentos, para descobrir a distribuição de tempo de cada uma das atividades daquela colheita. Por curiosidade, a localidade era nas florestas de Santa Catarina. Florestas de pínus, em áreas declivosas, que eram derrubadas e desgalhadas por motosserras, arrastadas para a beira da estrada por tratores com guinchos e traçadas e separadas em seus sortimentos (de acordo com o que se havia vendido ao pool de consumidores da região) por motosserras novamente. O desafio? Encontrar oportunidades para melhoria do processo. Nesse cenário, iniciou-se meu contato com a primeira máquina florestal, resolvemos mecanizar o processamento. Na época, há mais de uma década, éramos uma operação iniciante e relativamente inexperiente na mecanização. Nas primeiras vezes, uma mangueira que se rompia era levada de carro até a cidade mais próxima para que fosse usada de gabarito para montar-se a próxima. Eu mesmo levava.

mundo novo, velho mundo...

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