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BOLETIM

Com mais 34 mortes, MS passa de 8,3 mil óbitos por Covid-19

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Mylena Rocha

Mato Grosso do Sul soma 338.645 casos de Covid-19, com 317 novos registros até esta segunda-feira (5). Foram registradas mais 34 mortes, conforme a Secretaria de Estado de Saúde.

O secretário de Saúde, Geraldo Resende, comemorou a redução da taxa de contágio, que chegou a 0,96. Além disso, comentou sobre a redução nas internações por coronavírus e na fila por leitos.

Apesar da melhora, a secretária adjunta, Christinne Maymone, citou que não é hora de descuidar das medidas. “Enquanto não tivermos de 70% a 80% da população imunizada, não teremos imunidade coletiva. Ou seja, o vírus estará se modificando e criando novas variantes”, disse.

O total de vítimas fatais chegou a 8.365 desde o início da pandemia. A média é de 34 óbitos diários. A Capital respondeu por 19 óbitos e 169 novos casos.

De 338.645 casos, 320.253 já se recuperaram. Há 715 pacientes internados, sendo 298 em leitos clínicos e 417 em UTIs.

A taxa de ocupação de leitos de UTI públicos global nas 4 macrorregiões é de 89% em Campo Grande.

RISCO DE TROMBOSE Anvisa quer proibir uso da Janssen em mulheres grávidas

MaRiane chianezi

Em documento publicado na sexta-feira (2), a Anvisa propôs suspender a aplicação das vacinas da Janssen em grávidas, assim como a AstraZeneca/Oxford. A recomendação é que as gestantes recebam a Coronavac ou o imunizante da Pfizer.

No Estado, apenas 4 gestantes receberam dose do imunizante: três em Campo Grande e uma em Fátima do Sul.

A A suspensão foi feita para evitar casos de trombose e formação de coágulos sanguíneos, efeitos considerados muito raros após a vacinação com fórmulas de vetor adenoviral (como a da AstraZeneca).

ESTUDO POLÊMICO Pressionado, Governo do Estado libera 20 mil doses da Janssen para municípios

Mylena Rocha huMbeRto MaRques

Após pressão vinda de prefeitos, insatisfeitos com a destinação de vacinas da Janssen, contra o novo coronavírus, para apenas 13 municípios da região de fronteira, o Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (5) a liberação de 20 mil das 49 mil doses que permaneciam estocadas para os demais municípios. Somente Campo Grande recebeu 7.450 doses.

Campo Grande começou a segunda-feira sem doses para a primeira imunização. Com a redistribuição, a vacinação para o público a partir de 40 anos será realizada hoje (6).

Na semana passada, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) recorreu ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul contra a

Leonardo de França

Vacinação em Campo Grande hoje inclui pessoas com 40 anos ou mais distribuição das doses, de olho, pelo menos na reserva de doses feita pelo Governo do Estado. A Capital estava sem vacinas para continuar a aplicação da 1ª dose, enquanto o Estado reservava cerca de 49 mil do estudo, onde toda a população adulta será imunizada.

Em entrevista ao Jornal Midiamax no domingo (4), o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, disse não ser coerente que o Governo do Estado deixasse doses guardadas enquanto a Capital não tinha vacinas para prosseguir com a campanha. Depois das queixas, a situação mudou. A Secretaria de Estado de Saúde distribuiu 20 mil doses remanescentes da Janssen, de aplicação única, aos 66 municípios fora do estudo. Daí vieram as 7.450 doses da Capital.

Estratégia definida

José Mauro comentou que, como a estratégia para vacinação nesta segunda-feira já havia sido definida, a aplicação da 1ª dose retornaria somente hoje.

“São poucas [doses], vamos utilizar em unidades de saúde e, no máximo, um ou dois drive-thrus. Se abrir os quatro drive-thrus, a população da periferia fica sem vacina”, explicou.

A vacinação por faixa etária será retomada com o público a partir dos 40 anos. Na tarde de ontem, a Sesau ainda abriu a aplicação da 2ª dose da Pfizer para quem se imunizou com esta vacina até 5 de maio.

Após ‘segurar’ 49 mil doses, Reinaldo reclama de prefeitos

Mylena Rocha GabRiel neves

Depois de reservar mais de 49 mil doses de vacina contra o coronavírus enquanto Campo Grande não tinha doses para ampliar a campanha, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou sobre as doses da vacina Janssen nesta segunda-feira (5). Cidades reclamaram das doses reservadas para a população da fronteira, enquanto em outros municípios falta vacina.

Porém, o governador reclamou da “briga” entre os prefeitos e ainda culpou o Ministério da Saúde pela distribuição de doses entre municípios. Ele disse que a discussão entre prefeitos sobre as doses da Janssen é “inócua”. Azambuja completou dizendo que o Ministério da Saúde é responsável pela distribuição das doses.

“Quem regula a distribuição é o Ministério, que disponibilizou mais de 165 mil doses por conta do estudo na fronteira com as vacinas da Janssen. Não é o Estado que decide isso. Acho uma discussão inócua, [as doses] são um ganho para Mato Grosso do Sul. Quando ganhamos cota extra, sobram mais doses para os outros 66 municípios”, disse.

Decisão da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) definiu

Marcos Ermínio

Reinaldo criticou prefeitos e Ministério

a reserva de 30% das vacinas a serem utilizadas no estudo na fronteira. Ou seja, 49.650 doses da Janssen ficaram “guardadas” por decisão do Estado, enquanto Campo Grande não tinha vacinas para a 1ª dose.

Reportagem do Jornal Midiamax mostrou que cidades de fronteira com a Bolívia têm enfrentado resistência da população para vacinar. Há prefeituras fazendo busca casa por casa para ver quem não se vacinou. Quem recusar, terá de assinar termo de responsabilidade.

Mesmo assim, Reinaldo atribuiu a vacinação a uma decisão pessoal. O governador disse que não pode obrigar a população a ser imunizada. Por outro lado, falou da eficácia das vacinas.

“Acho uma bobagem quem não se vacina. Se for ver as internações, quem toma a vacina tem chance de ficar em estado grave ou ir a óbito muito menor. Mas não temos como obrigar a população a se vacinar”.

Reserva de 30% em estudo previa grupos imunizados, diz pesquisador

Do lote de 165,5 mil doses de vacina da Janssen contra a Covid-19 encaminhada a 13 municípios da fronteira, 30% foram reservadas, gerando reclamações de prefeitos. Porém, o infectologista que lidera o estudo explica que a reserva foi feita porque o trabalho previa sobra de doses, que serão redistribuídas. Foram 49.650 doses da Janssen “guardadas”. O infectologista da Fiocruz, Julio Croda, que encabeça o estudo, explica que essas doses foram reservadas para o caso de faltar vacina em municípios que não foram contemplados pela pesquisa.

“Como o pedido de doses foi baseado na população segundo IBGE, pode ser que parte da população, como trabalhadores da Saúde e pessoas com comorbidades, tenha sido vacinada nesses grupos e não por idade”, explicou.

Croda ressalta que os municípios estão recalculando a quantidade de doses necessárias para imunizar a população. O quantitativo necessário diminui porque parte da população já foi vacinada por grupos de risco contemplados pelo PNI (Plano Nacional de Imunização). Procurada pelo Jornal Midiamax, a SES explicou que 20 mil doses do estudo já foram redistribuídas na manhã desta segunda-feira (5) entre os 66 municípios. Campo Grande recebeu 7,4 mil doses da Janssen. A SES ressalta que os 13 municípios de fronteira que participam do estudo irão enviar relatório de aplicação até quinta-feira (8). “Será feito levantamento e caso os municípios já tiverem vacinado toda população adulta, será feito o remanejamento das doses entre os municípios”.

Os pesquisadores vão monitorar o impacto da vacina em relação à imunidade coletiva e comparar os dados com outros 13 municípios similares. Também serão monitoradas a incidência da doença em crianças e adolescentes, que ainda não podem receber vacina. (MR)

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