Suspensão das exportações de carne após caso de vaca louca no Pará trará prejuízos a MS, diz Acrissul

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Clayton neves

Após a confirmação de um caso de vaca louca no interior do Pará, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) prevê cenário desfavorável para o setor, inclusive em nível estadual.

Para a entidade, a tendência é de prejuízos para produtores devido ao aumento da oferta da carne no mercado interno e consequente queda no preço da arroba do boi.

“O problema está no impacto econômico que isso gera aos produtores, já que a tendência é mudança no preço da carne”, comenta o presidente da Associação, Guilherme Bumlai. De acordo com ele, ainda é cedo para mensurar porcentagem de variação de preços, no entanto, as mudanças são quase certas.

“É preciso aguardar para se ter uma ideia de como o mercado vai reagir em termos de valo- res e se vamos conseguir alocar essa exportação em outros países. O mercado é grande, mas é importante que as autoridades trabalhem rapidamente para se estabelecer o comércio com a China”, avalia.

Caso em Marabá

Na quarta-feira (22), o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, também chamado de Mal da Vaca Louca, em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade de Marabá (PA). Com a situação, o Brasil seguiu acordos sanitários oficiais e suspendeu temporariamente as exportações para a China a partir desta quinta (23). Em 2021, quando o último caso foi identificado, a suspensão das exportações durou 3 meses.

“O caso no Pará é isolado, atípico, mas acaba afetando negativamente todo o mercado nacional. Por isso, é importante que as autoridades competentes revejam e adotem um novo protocolo para que fatos isolados não atrapalhem a economia do Brasil como um todo. No máximo, que se limite apenas ao Estado onde a doença foi identificada”, considera o presidente da Acrisul.

Guilherme Bumlai ainda afasta possibilidade de que a doença da Vaca Louca tenha confirmações em Mato Grosso do Sul. (CN)