Livro: Carmem Miranda - A cicerone luso-brasileira da América

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Carmen Miranda,

a cicerone luso-brasileira na américa

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Foi assim que conseguiu sucesso nas produções brasileiras e foi adaptando sua performance ao exotismo tropical que seguiu encenando durante sua carreira nos Estados Unidos. E os motivos para continuar fazendo Rositas e Chiquitas passionais e extravagantes eram maiores do que os motivos para reivindicar a representação mais próxima do real, do que seria uma brasileira comum daquela época. No auge da carreira, quando foi contratada pela Fox, em 1939, Carmen Miranda recebia do estúdio 1200 dólares por semana para decorar falas e tentar gravar as cenas em apenas um take. Apesar de não destacarmos esse longa na nossa análise, ele foi o “marco” não somente para a carreira de Carmen Miranda – uma vez que foi a partir dessa aparição que os primeiros contornos do que viria a seguir foram traçados – como também da produção com a técnica de filmagem em câmeras com filmes em três negativos com as cores azul, verde e vermelho. A primeira vez que o Brasil foi ciceroneado por Carmen Miranda, a imagem contava com o colorido graças ao tecnicolor. Foi o marco inicial da construção da representação da identidade reivindicada, “oficial”, divulgada por um cicerone aceito e habilitado: Carmen Miranda. Os filmes e suas histórias A partir de agora, aprofundaremos a investigação no que diz respeito à performance de Carmen Miranda

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