ALL EM REVISTA, Vol. 8, No. 4 - OUTUBRO A DEZEMBRO 2021

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PINHEIRO E O SEU CENTRO CULTURAL AYMORÉ ALVIM As repercussões positivas, no pós-guerra, dos frutos produzidos pelo Movimento Cultural Pinheirense, em 1920, começam a ressurgir, em março de 1959, com a fundação do Centro Cultural da Mocidade de Pinheiro. Transcorriam as férias do final do ano de 1958. Alguns dias após haver chegado a Pinheiro, recebi a visita do Tenente da Aeronáutica Oliveiros de Assunção Castro também conhecido por Olí de Castro que havia implantado, há alguns anos, o Centro Espírita Pinheirense. Discorreu ao longo da sua conversa sobre a importância para a juventude local da criação de uma instituição cultural que lhe propiciasse o aprimoramento intelectual, nas letras e nas artes, em todas as suas expressões sobretudo de caráter literário, moral, educacional, social, artístico e científico através de palestras, debates , conferências, etc. Falei a ele sobre a possibilidade de tal realização, mas eu queria aguardar outros colegas que estudavam em São Luís e que estavam chegando para as férias. Enquanto isso, comecei a conversar com Abraão do Carmo Cardoso, Aderaldo dos Santos Alves, Francisco Reis Castro, aos quais ia expondo a ideia do Tenente Oli de Castro e de todos recebi o incentivo e apoio para prosseguir na busca de mais adesões. A este grupo inicial se juntaram depois os estudantes Jurandy Leite, Edméa Machado Carvalho e Eldonor Peixoto Cunha. Após as primeiras reuniões, a ideia ficou consolidada e, assim, parti para convidar outras pessoas que viessem dar maior representatividade ao movimento. Procurei conversar com o próprio Oli de Castro, com o padre Luís Zecchinato, o poeta e professor Abílio da Silva Loureiro, com os Srs. Francisco José de Castro Gomes e Edésio Castro, funcionários públicos do IBGE, com a Professora Darly Dalva Durães e com a poetisa e professora Maria Carolina de Moraes. Em meado de fevereiro de 1959, houve uma reunião com todos os membros para as providencias finais. Foram encaminhadas várias propostas para nomear a nova instituição, ficando por fim aprovada a de Centro Cultural da Mocidade de Pinheiro apresentadas em conjunto por Jurandy Leite e Abraão Cardoso. Prosseguindo apresentei a proposta do Estatuto social que também foi aprovada e, assim, foi eleita uma Diretoria provisória, que deveria ficar até julho desse mesmo ano, assim constituída: Presidente-Aderaldo dos Santos Alves, VicePresidente – Almir da Silva Soares, 1ª Secretaria – Darly Dalva Durães, 2ª Secretaria – Abílio da Silva Loureiro, Tesoureiro - Eldonor Peixoto Cunha e Bibliotecário – Abraão do Carmo Cardoso. Por fim, ficou estabelecido que a sessão de fundação e posse da Diretoria ocorreriam, no dia 8 do mês seguinte, às 10:00h, na sala de reuniões da Biblioteca de Geografia e História de Pinheiro. Com a presença de autoridades civis e religiosas, ocorreu como havia sido aprovada, a sessão solene de fundação que foi presidida pelo Promotor Público, Dr. Francisco de Souza Coêlho tendo como Secretária “ad hoc” Edméa Machado Carvalho. Aberta a sessão e executado o Hino Nacional, ocorreu a solenidade de posse dos novos diretores da entidade. Logo a seguir, discursou enaltecendo a efeméride o poeta Abílio Loureiro que foi sequenciado pelo Tenente Oli de Castro e Padre Pedro Tidei que executaram belas canções ao acordeom. Coube a mim declamar do poeta português Guerra Junqueiro a poesia “A Caridade e a Justiça”.


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