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PROCESSO | Tecnologia
Com os avanços em questões como sustentabilidade e o uso de retornáveis, indústrias de bebidas ampliam projetos de lavagem de garrafas visando redução do consumo de recursos e eficiência no processo
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Carlos Donizete Parra e Paulo Villas
m tempos de ESG (Governança Social e Ambiental), as embala gens retornáveis ganham cadaE vez mais espaço no portfólio de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Mas, além da sustentabilidade das embalagens também é esperado uma manufatura cada vez mais otimizada que demande menos recursos e gere menos resíduos.
Temos observado iniciativas de expansão do uso de embalagens retornáveis na indústria de refrigerantes, com destaque para o projeto da nova família de garrafas retornáveis da Coca-Cola, cuja expansão no Brasil e na América Latina é um case premiado e que tem inspirado demais geografias e concorrentes.
Rotulagem nutricional
A Rotulagem Nutricional também é potencializada por esta iniciativa uma vez que permite a rotulagem renovável para toda família de garrafas retornáveis, tal qual as garrafas descartáveis, de acordo com o programa de Rotulagem Nutricional preconizado pela Norma da Anvisa (RDC Nº 429, de 8 DE Outubro de 2020).
Além de atender aos requisitos regulatórios, as embalagens retornáveis tornam-se mais versáteis permitindo um portfólio expandido e comunicação com consumidores em diversos eventos e campanhas.
O projeto das embalagens retornáveis rotuladas da Coca-Cola Brasil é um case de sucesso dentro do contexto da Economia Circular. Em 2020, a Organização Mundial de Embalagens homenageou a Coca-Cola Brasil com o Prêmio World Starpackaging 2020 por sua nova garrafa RefPET reutilizável.
A lista completa dos vencedores pode ser conferida em http://www.worldstar.org/worldstarwinners-2020.

Projeto da nova família de garrafas retornáveis da CocaCola, cuja expansão no Brasil e na América Latina é um case premiado, inspira demais geografias e concorrentes
Novas lavadoras de garrafas

ESG ganha impulso nas organizações e passa a ser determinante na tomada de decisões
Tendo em vista este cenário na indústria de bebidas, os fornecedores de lavadoras de garrafas tomaram como desafio 0 desenvolvimento de uma nova geração de Lavadoras com objetivo de alcançar:
• Eficiência hídrica superior • Extração de rótulos de papel e BOPP
• Operação com garrafas de Vidro e RefPET de diferentes tamanhos.
Equipamento robusto, as lavadoras são fabricadas de acordo com design e especificações que possam suportar as intempéries e alto grau de

“O resultado final do desenvolvimento da nossa linha de lavadoras possibilita a redução em até 35% do consumo de água, 30% do consumo de energia e 25% do consumo de vapor”, Bernardo Sanmartin
insalubridade por muitos anos de operação. O design modular facilita a operabilidade e a eficiência do processo de lavagem e enxágue das garrafas, além de possibilitar a obediência dos mais rígidos critérios ergonômicos e de segurança dos operadores.
Sabemos que a solução clássica de construção de lavadoras permaneceu com poucas mudanças por várias décadas, uma vez que atendia aos requisitos da indústria. A evolução que observamos agora é uma revolução na forma de se construir lavadoras e que esses equipamentos entregam uma performance muito superior.
A Sanmartin, um dos principais fabricantes de equipamentos para bebidas da América Latina, lançou em 2020 uma nova Lavadora de Garrafas, desenvolvida por uma equipe de especialistas da Argentina, Brasil e México, que se basearam nos mais de 70 anos de experiência e mais de 800 máquinas fabricadas pela empresa.
“O lançamento foi um sucesso total, principalmente por se tratar de um desenvolvimento focado em solucionar os atuais desafios dos engarrafadores de refrigerante e cerveja: melhor qualidade de lavagem, com menores consumos e melhor tratamento da embalagem, necessário para prolongar a vida útil das garrafas e tornar mais atrativo o negócio do retornável”, explica Bernardo Sanmartin, Diretor Geral da empresa.

A nova geração de Lavadoras de Garrafas da Sanmartin atende produções de 9.000 até 90.000 garrafas por hora
Segundo o executivo, esta nova geração de lavadoras possibilita o controle total das variáveis, influenciando a lavagem com muita eficiência e a mínima intervenção do operador, destacando também a tecnologia utilizada para o desenvolvimento de cada um de seus componentes e na otimização do processo.
“Todos os componentes foram redesenhados utilizando ferramentas de simulação avançadas, com o objetivo de diminuir a massa em movimento. Na transmissão principal utilizamos servo motores e drives de última geração, que possibilitam um controle preciso dos movimentos e a recuperação da energia gerada pelos mesmos, conseguindo um melhor manuseio da embalagem com menor consumo de energia”, explica Bernardo.
Na otimização de consumos , de acordo com ele, também foi fundamental a revisão do processo de lavagem, além da utilização de instrumentos de medição e de controle de última geração. “Durante a etapa de desenvolvimento, montamos um laboratório com diversos instrumentos e dispositivos para realizar ensaios e avaliar o desempenho de protótipos, nos permitindo redefinir o processo de lavagem para se adaptar de forma eficiente às demandas atuais e escolher os instrumentos com melhor desempenho. A lavadora é equipada com sistema de aquecimento inovador que realiza a troca térmica aproveitando a grande vazão das turbinas dos extratores de rótulos, que foram redesenhadas utilizando ferramentas de fluidodinâmica computacional para otimizar o desempenho, conseguindo assim otimizar o consumo de vapor e manter a temperatura dos banhos mais uniforme. Como resultado final, conseguimos reduzir em até 35% o consumo de água, 30% o consumo de energia e 25% o consumo de vapor”, garante o Diretor da Sanmartin.
Evolução na lavagem de garrafas
Sanmartin
Certamente, a grande evolução dos últimos anos está relacionada com: • A otimização de consumos, trabalhando com diferentes tipos e tamanhos de garrafas rotuladas, podendo ser de Refpet ou vidro e os rótulos de papel, BOPP ou PSL. • Melhor controle das variáveis que influenciam na qualidade de lavagem, com mínima intervenção do operador. • Facilidade de operação e manutenção, onde as intervenções podem ser realizadas em condições mais ergonômicas e com total segurança.
Excelência operacional
A lavadora de garrafas é um equipamento complexo que exige níveis elevados de automação e tecnologia que proporcionem desempenho operacional de excelência. É possível contar nos dedos as empresas capazes de fornecer esse tipo de equipamento no mercado.
Fabricante global de equipamentos para bebidas, a Krones é um delas. A empresa foca seu desenvolvimento na busca de soluções que atendam as exigentes necessidades dos fabricantes de bebidas. “As últimas lavadoras fornecidas pela Krones, além de focarem na solução de limpeza dos vasilhames e remoção dos rótulos de cola fria e rótulos autoadesivos, tinham o propósito de resolver os problemas de consumo de água,

"Nossas lavadoras levam os nossos clientes a trabalhar com altas eficiências a um baixo custo de consumíveis, contribuindo com a sustentabilidade do planeta e, é claro, a um menor custo do produto final", Fábio Bozeda, Coordenador de Vendas da Krones do Brasil
consumo de químicos e, principalmente, de segurança na operação”, explica Fabio Bozeda, Supervisor de Vendas da Krones do Brasil.
Para garantir a otimização na utilização dos recursos com a máxima eficiência no processo foram desenvolvidas tecnologias, como:
• Utilização de apenas um inversor de frequência para controle dos motores.
• Utilização de motores síncronos.
• Melhorias do isolamento das áreas de banho proporcionando economia de até 15% no consumo de calor.
• Sistema de recuperação e reciclagem da água dos jatos e banhos.
• Sistema automático de controle da pressão gera economia de até 10% da água consumida no sistema de jato inicial.
• Utilização de condutivímetro para medição da concentração de químicos para dosagem mais precisa.
Condições ideais de operação
Fabricante de linhas completas para envase de bebidas, a KHS fornece lavadoras de garrafas com capacidades a partir de 15.000 gph com saída e entrada em cada extremidade ou saída e entrada na mesma extremidade. As lavadoras são desenvolvidas e customizadas para as condições operacionais ideais nas linhas de engarrafamento dos clientes.

A Krones trabalha com soluções para médias e altas velocidades buscando sempre altas eficiências a um custo baixo de consumíveis
Segundo a empresa, as últimas soluções em lavadoras tiveram como objetivo principal aumentar ao máximo a eficiência para linhas de envase com foco constante na redução do consumo de água e utilidades. Isto é, economia de recursos e processo mais eficiente. “E o maior resultado nesse desenvolvimento vem de nosso exclusivo porta-garrafas otimizado, os chamados “EcoCarriers”, que são padrão nas máquinas KHS. Essa solução traz uma redução no peso dos pentes e uma melhora no enxágue trazendo um impacto direto no consumo de água, calor, produtos químicos e energia elétrica”, explica Knut Soltan, Gerente de Produto, Divisão Innoclean da KHS, ressaltando ainda que outro grande potencial de economia de

"Um produto de alta qualidade, alta eficiência, sustentabilidade e baixos custos operacionais pode ser alcançado com a nossa máquina", Knut Soltan, KHS
Evolução na lavagem de garrafas
KHS
• Redução do consumo médio de água de aproximadamente 250 ml/ garrafa para 110 ml, considerando uma garrafa de 500 ml. • O consumo elétrico foi reduzido por motores de alta eficiência e caixas de engrenagens de última geração. • Temperaturas de tratamento mais baixas no banho cáustico, com economia considerável de vapor, também podem ser aplicadas em combinação com um uso químico otimizado. • Também é possível usar aquecimento com água quente em vez de vapor e até mesmo uma integração de aquecimento de água quente a um nível de temperatura mais baixo, por exemplo, com aquecedores solares. • Outra forma de economia de energia e água é a conexão da lavadora de garrafas a outros equipamentos consumidores, que operam em um nível de temperatura mais baixo, como lavadoras de engradados ou aquecimento da sala de enchimento em regiões mais fria. calor é dado pela possibilidade de recuperação do calor internamente na lavadora. “Além disso, temos nosso sistema LESS para um modo de operação de economia de energia das bombas. Há ainda, como último exemplo, o sistema de controle de água fresca”, diz Knut Soltan.
Qualidade e produtividade
Outro grande fabricante de lavadoras de garrafas e equipamentos para bebidas, a Liess desenvolveu a linha de lavadoras EcoLine que é o resultado de um amplo trabalho de engenharia em um projeto integrado, onde cada parte ou componente está totalmente integrado ao conceito de máxima eficiência com menor consumo.
“Partimos do princípio que os consumos de água e vapor de uma lavadora não dependem apenas de sistemas de controle de vazão. O que define o consumo de uma máquina é a quantidade de água e energia que ela realmente precisa para realizar seu trabalho. Isto está diretamente relacionado com a eficiên-

A linha de lavadoras Liess EcoLine é o resultado de um amplo trabalho de engenharia em um projeto onde cada parte está integrada ao conceito de máxima eficiência com menor consumo Projetos da indústria de bebidas
Os engarrafadores estão com vários estudos internos para instalação de novas lavadoras visando capturar estes benefícios e permitir lançar uma gama cada vez maior de produtos, entre eles as novas garrafas retornáveis rotuladas. Sabemos que a troca de uma lavadora é um projeto que requer muito planejamento, mas os benefícios são expressivos. As Lavadoras são via de regra os maiores consumidores de água de uma fábrica e estes projetos mudam consideravelmente o perfil da fábrica.
“O processo de lavagem requer um grande volu-
cia do processo como um todo, desde o desenho interno, como garantia de funcionamento correto de esguichamentos e filtros independentemente das ações de limpeza realizados por operadores. Para isto otimizamos o projeto e utilizamos recursos de automação para garantir os parâmetros operacionais ideais para cada tipo de garrafa a ser lavada, mediante receitas pré-definidas, garantindo sempre o menor consumo e máxima eficiência de lavagem para cada tipo de vasilhame”, explica Anselmo Parisente, Gerente Comercial da Liess. Anselmo explica ainda que na questão do consumo de vapor, é maximizado um sistema regenerativo de energia, fazendo com que se reaproveite o máximo possível de energia além de aumentar consideravelmente a eficiência das zonas de pré lavagem e enxágue final. “Ainda como consequência disto, uma pré-lavagem mais eficiente tem a vantagem de melhor proteger a solução cáustica do primeiro tanque de imersão, diminuindo significativamente o consumo de detergente e aditivos”, complementa Anselmo Parisenti.
Evolução na lavagem de garrafas
Liess
O processo de lavagem de garrafas especificamente é o mesmo a muitas décadas. O que tem evoluído muito é a busca por maior eficiência, garantia operacional e redução de custos. Isto inclusive gera um paradoxo, pois se compararmos uma lavadora de 20 anos atrás com uma atual, se verifica grande evolução nestes itens, porém o consumo de energia elétrica é muitas vezes maior devido a profusão de recursos em sistemas automatizados que exigem um número muito maior de motores para garantir seu funcionamento.
A linha de lavadoras Liess EcoLine foi desenvolvida com o objetivo de garantir o máximo rendimento de funcionamento, considerando não apenas as reduções de consumos, mas também a menor dependência de operadores e procedimentos de limpeza.
Evolução na lavagem de garrafas
Krones
• Design modular, sendo a máquina montada da maneira que melhor atenda à aplicação e garrafa do cliente. • Sistema de filtração e sedimentação para recuperar a água do banho. • Clean Design, material mais resistente ao crescimento microbiológico, filtração fina, pontos de dreno centralizados. • Motores síncronos com apenas 1 inversor de frequência. • Sistema de segurança e intertravamento de portas de operação controlados pelo painel touch, evitando que durante a operação aconteça a abertura de portas e, assim, haja acidentes. • Sistema de extração de rótulos autoadesivos.
me de água para lavagem e enxágue das garrafas, bem como a utilização de vapor para aquecimento da solução de limpeza. O aumento do consumo desses insumos eleva também o custo para lavar cada garrafa. Para reduzir o impacto em nossas operações, é necessária a utilização de equipamentos modernos, com sistema automatizado para controle de dosagens de produtos químicos, controle de temperatura e minimamente modulador de vazão de água nos esguichos finais de enxágue”, explica Gileno Correia, Diretor Industrial da Solar Coca-Cola Brasil, um dos maiores fabricantes de Coca-Cola do país.
Avaliemos por exemplo a possibilidade de reduzir o consumo específico de 1000 ml/ garrafa lavada para algo abaixo de 200 ml/ garrafa lavada. Os impactos na Estação de Tratamento de Água de Processo (ETA) e na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) são enormes, sob o ponto de vista de custos, demanda de recursos e impacto ambiental.
“Com o objetivo de atingir 100% de eficiência na lavagem de garrafas, a Solar Coca-Cola possui inspetores eletrônicos de garrafas antes da lavagem com a função de selecionar as garrafas ideais para seguir o processo. As últimas lavadoras adquiridas são de última geração com maior produtividade e menor consumo de químicos, vapor e água. Em equipamentos mais antigos, foi realizado upgrades (retrofits) que trazem resultados Benchmark de mercado. Consideramos sempre na compra desse tipo de equipamento uma integração e otimização de todo o processo de lavagem e enxágue das garrafas, diminuindo a necessidade do consumo de água e vapor para suprir às necessidades da lavadora. Entre os princi-

"A Solar Coca-Cola possui inspetores eletrônicos antes da lavagem que selecionam as garrafas ideais para um 100% eficiente", Gileno Correia
pais parâmetros estão o consumo de vapor otimizado; consumo total de água de 0,18 L/garrafa processada (lavadoras mais antigas chegam até 0,80 L/ garrafa processada); e o aumento da vida útil das embalagens de Refpet”, explica Gileno Correia.
Podemos ainda pensar nas plantas que têm sua capacidade de produção aumentada e com restrições quanto à capacidade da fonte de água e, com maior eficiência, conseguem produzir mais com menor consumo. Sem falar de outros ganhos como redução no consumo de aditivos químicos e vapor, em função da redução das perdas da lavadora.
“Os maiores ganhos desses equipamentos estão associados à elevada eficiência de lavagem de garrafas, garantindo um baixo consumo energético, de solução caustica e de água. A estabilidade no funcionamento da máquina faz com que o balanço energético e de consumo de água cheguem nas especificações requeridas pela engenharia. Os fatores de consumo são obviamente cruciais para escolha de sua tecnologia e nível de automação”, diz Diego Gomes, Diretor Industrial do Grupo Petrópolis.
Desafios da lavagem de garrafas
A lavadora de garrafas retornáveis tem como objetivo entregar garrafas limpas e seguras para o processo de envase, garantindo a qualidade e segurança de alimentos esperada para o consumidor final. De acordo com Gileno Correia os principais desafios de um processo de lavagem são:
a) Garrafas que voltam do mercado com cimento, tinta, canudos, plástico ou substâncias contaminantes;
b) Atingir eficiência no consumo de químicos, água e vapor;
c) Preservar o ciclo de vida útil das garrafas REFPET;
d) Remoção de rótulos para os novos modelos de garrafas rotuladas;
e) Equipamento de fácil operação, inspeção, limpeza e manutenção.
Apresentar soluções que proporcionem redução dos custos associados a recursos como água, energia e aditivos são tarefas cruciais para os fabricantes de lavadoras. “Para garantir esses resultados positivos, em primeiro lugar, é preciso buscar a máxima eficiência da lavadora, pois isto tem impacto direto no rendimento da linha de envase como um todo e no consumo energético da instalação. Em seguida, devemos buscar a otimização do processo de lavagem de garrafas respeitando os parâmetros do equipamento, através de controles operacionais e dos sistemas de automação, como por exemplo tempo de imersão, velocidade, bicos de enxague, quantidades de extratores de rótulo, e praticidade de setup”, explica Diego Gomes, elencando alguns exemplos de como reduzir os custos:
• Otimizar o início e final de produção para que o equipamento não consuma vapor e energia elétrica sem necessidade;
• Trabalhar com os parâmetros de pressão de vapor de acordo com estabelecido pelo fabricante;
• Quando possível, evitar temperaturas muito elevadas na lavadora;
• Dosagem correta de produtos químicos (soda + aditivos),
• Evitar incrustações nos trocadores de calor.

“A função da lavadora é garantir que o vasilhame de retorno de mercado esteja impecável para o processo de enchimento, sem quaisquer riscos à higiene e segurança do produto, e com índices de consumo de água, energia e desgaste cada vez menores", Diego Gomes, Grupo Petrópolis
Segundo o gerente de engenharia da Heineken Brasil, Claudio Roberto Gausmann, o parque de garrafas retornável brasileiro é muito ruim, afetando o uso das lavadoras com aumento de custos com energia e água. "Sujidade com areia e terra, projetos de novas colas muito ruins, armazenamento inadequado e outros fatores fazem com que a lavadora seja requerida mais do que previsto no seu projeto. Isso acarreta super utilização dos sistemas de pré-lavagem, bombas com componentes danificados por ineficiência de filtragem. O sistema de pré-lavagem, por exemplo, quebra constantemente e foi projetado para diminuir o consumo de vapor. Fornecedores já desenvolveram o tanque apêndice, paralelo à prélavagem para filtração e reutilização desta solução. Este upgrade tem impactos muito positivos em ganhos energéticos e consumo de água. Além de ganhos com vida útil das bombas", explica Gausmann, citando ainda outros itens de redução de consumo, como:
• Manutenção adequada dos sistemas de retorno de condensado.
• Sistemas automáticos de parada da entrada de vapor para quando a máquina para.
• Garrafas na saída com rótulo ainda aderido. Quem nunca... Uma solução é a colocação do extrator de rótulos residuais no último tanque da zona pós-cáustica. Isso faz com que se diminua o índice de relavagem, assim não se lava duas vezes a mesma garrafa.
"Em algumas máquinas instaladas é possível diminuir o consumo elétrico alterando o sistema de transmissão nas mesas de carga e descarga para servos motores. Como existe a obrigatoriedade de troca da água do último tanque diariamente, há possibilidade de se reutilizar essa água, seria necessário a implementação de um sistema com válvulas e bomba de envio para um tanque pulmão, para esse reaproveitamento. Assim os outros tanques poderiam reutilizar essa água que já está com resíduo cáustico", garante o executivo da Heineken.
Evolução das lavadoras
Gileno Correia explica que as lavadoras evoluíram ao longo dos anos com sistemas projetados para otimizar todos os processos de lavagem e enxágue de garrafas, automação voltada para o controle total do processo e redução de consumo, com receitas completas para cada tipo de embalagem (NS, KS, LS e Refpet). Entre as principais melhorias, o executivo destaca:
• Acionamento do equipamento com sincronismo eletrônico, sem elementos mecânicos de transmissão.
• Sistema de descarga e mesa de carga com sistema orbital com sincronismo eletrônico;
• Setup para cada formato com receitas já préestabelecidas. Simplicidade nas trocas de formato realizadas pelos operadores;
• Indicadores no IHM de fácil acesso operacional com informações de consumo de água, químico, vapor, energia, para que a operação possa fazer o acompanhamento desses indicadores com atuação rápida e assertiva na correção de qualquer desvio.
• Esguichos finais rotativos, sincronizados com a passagem dos pentes, garantindo menor uso de água na lavagem das garrafas, reduzindo o desperdício do insumo.
Para Diego Gomes, os equipamentos ganharam em eficiência de lavagem com maiores tempos de imersão das garrafas e ação mecânica otimizada. “Houve evolução ainda na utilização de servo-acionamento com ajuste automático do torque conforme carga, além de menor demanda operacional, devido ao elevado grau de automação, favorecendo o aspecto ergonomia”, garante o executivo da Petrópolis.
Gestão ativa
O treinamento e uma gestão ativa com ferramentas como TPM contribuem sensivelmente para excelência da operação de lavagem nas linhas de engarrafamento. “Com o TPM como filosofia de trabalho os operadores se apropriam do equipamento, cuidando, inspecionando e através de reuniões semanais do grupo autônomo com supervisores, operadores de outros turnos e padrinhos da manutenção fazem a gestão dos indicadores e necessidades de atuações no equipamento de forma assertiva, buscando sempre a quebra zero, manutenção eficiente e autonomia da operação. É muito comum que em um processo com TPM implementado tenhamos não somente uma performance para qual o equipamento foi projetado, mas também melhorias que a própria operação identifica e resulta em uma evolução do processo atual, utilizando o ciclo PDCA”, finaliza Gileno Correia.
Para Diego Gomes, o TPM oficializa enquanto sistema a internalização do valor de que o operador é o
Principais conceitos das novas gerações de lavadoras
• Controle automático de pressão e vazão, ajustável para cada tamanho e perfil de garrafa, permitindo setup rápido e otimizado entre campanhas de produção. • Extratores de rótulos de alta eficiência que permitem extrair rótulos plásticos e papel inclusive com recobrimento integral e overlap (360 graus), anteriormente impossíveis de serem extraídos. • Controle preciso da temperatura sem geração de "pontos quentes", evitando agressão térmica a garrafas de RefPET, estendendo a sua vida útil.
• Operação com sistema de regeneração de calor de outras fontes térmicas, reduzindo o consumo e custo de energia. • Capacidade de operar com um range de garrafas com tamanhos muito distintos, usualmente de 200 ml a 2.000 ml. Isto sem perder a capacidade de limpeza otimizada das garrafas. • Sistema de regeneração contínua da Solução Cáustica, permitindo aumento da campanha • Acionamento da Corrente e Pentes por drives independentes. • Automação centralizada de todos os subsistemas (aquecimento, esguichos, acionamento, dosagem etc.) permitindo otimizar ajustes e integrar com supervisório da linha e planta.
dono da máquina, compartilhando papeis e responsabilidades que o aproxima do equipamento com o olhar de dono, fazendo com que ele adquira mais conhecimento técnico sobre sua máquina e os processos que a envolvem. “Isso permite uma retroalimentação das oportunidades locais para melhoria do desempenho dos equipamentos que muitas vezes não são consideradas pelos engenheiros de projeto no seu conceito standard. Assim ele pode auxiliar em inspeções, identificar anomalias precocemente e tomar decisões mais rápidas mantendo a eficiência de lavagem e baixo custo de produção e consumo. O TPM, portanto, sempre será um aliado eficiente que conecta e melhora a execução do alinhamento entre estratégia e chão de fábrica com responsabilidade e retenção de curva de aprendizagem industrial. Nosso TPM está totalmente alinhado ao guarda-chuva da manufatura enxuta, baseado em transformação lean, com foco na eliminação dos desperdícios e na geração de valor para o cliente”, finaliza Diego Gomes, Diretor Industrial do Grupo Petrópolis.
A Heineken possui ações para com a Sustentabilidade e o Meio Ambiente, por isso, para Lavadoras de Garrafas, um equipamento de grande impacto nestes quesitos a empresa tem um Especialista focado em buscar as melhores alternativas de consumo e performance, pois performance também impacta fortemente no consumo.
"Em TPM e Treinamento, a operação precisa conhecer muito bem os princípios de funcionamento da Lavadora de Garrafas. Deve entender o que cada regulagem, temperatura, concentração influencia no comportamento e resultados de lavagem (qualidade) e performance. Para isso precisa participar da elaboração de quatro padrões fundamentais em qualquer equipamento: Partida, Parada, Operação e Manutenção / CILT (limpeza, inspeção, lubrificação e reaperto) do equipamento. O líder deve se certificar que o operador está habilitado e estes padrões devem ser revisados periodicamente com as Melhores Práticas internas e externas.
Qualquer mudança do equipamento de sua configuração inicial, mesmo sugeridas pelo fabricante precisa ser validada pelo viés de Engenharia (mudanças de consumo e manutenibilidade), Operação e Segurança. Documentação técnica e treinamentos devem ser atualizados após qualquer mudança. A troca por componentes originais, sem "gambiarras" também vai garantir uma longa vida de operação do equipamento", garante Claudio Roberto Gausmann.
Gestão dos KAI (meios) e KPI (resultados) do equipamento pela Operação são imprescindíveis para que se possa ver tendências de consumo e performance e corrigi-los quando necessário imediatamente.

"Avanços importantes nas lavadoras são a redução do volume dos tanques mantendo o tempo de imersão, além de sistema de transmissão dos eixos principais, mesa de carga e descarga por servo motores e sistemas de filtragem da soda", Claudio Roberto Gausmann
Em linha com a economia circular
As indústrias de bebidas estão com vários projetos em desenvolvimento na direção do ESG com conceito de Economia Circular. Entendemos ser este um caminho sem volta que é visto como de alta prioridade pela sociedade e stakeholders.
“A compra de uma nova lavadora deve considerar uma integração e otimização de todo o processo de lavagem e enxágue das garrafas, diminuindo a necessidade do consumo de água e vapor para suprir às necessidades do equipamento, além de considerar sempre o aumento da vida útil das embalagens de Refpet”, acredita Gileno Correia, Diretor Industrial da Solar Coca-Cola.
Nos últimos anos, os engarrafadores estão mais exigentes em relação às lavadoras de garrafas, principalmente em questões como flexibilidade, performance e redução de consumo. Essas são necessidades preponderantes para se adequar aos tempos atuais, exigindo também melhorias nos quesitos sustentabilidade e segurança.
“Com respeito a sustentabilidade, além da redução de consumos, existe a necessidade de que o equipamento facilite outras atividades relacionadas com a gestão do meio ambiente da fábrica. Neste caso, a nova geração de lavadoras da Sanmartin foi desenvolvida com tanques significativamente menores e um novo sistema de filtragem da solução cáustica autolimpante, três vezes mais eficiente ao convencional, conseguindo diminuir a carga de trabalho da estação de tratamento de efluentes. No aspecto segurança, trabalhamos muito no desenho do equipamento para cuidar da segurança e ergonomia das atividades relacionadas com a operação e manutenção, destacando a diminuição dos trabalhos em altura, a operação simplificada e segura da mesa de carga e a acessibilidade aos equipamentos de medição e controle”, explica Bernardo Sanmartin.
Para a Liess, a consequência de todas estas novas exigências foi o desenvolvimento da geração EcoLine. “Inclusive fornecemos uma lavadora com aquecimento por água quente para uma moderna fábrica da Coca-Cola que tinha como princípio não ter redes de vapor como parte de um projeto integrado de economia de energia", exemplifica Anselmo Parisenti.
A Krones registrou um aumento na procura por lavadoras de garrafas tendo como foco a sustentabilidade. "Realmente, muitos clientes estão buscando substituir ou realizar upgrades em seus equipamentos de modo que possam reduzir o consumo de água


"Os engarrafadores estão com vários estudos internos para instalação de novas lavadoras visando benefícios que permitam o lançamento de uma gama cada vez maior de produtos", Paulo Villas
e químicos da máquina, porém sem perder a qualidade na extração de rótulos e limpeza das garrafas. Esses equipamentos são atualmente os maiores consumidores das linhas. Para as fábricas do futuro serão um ponto de grande atenção", diz Fábio Bozeda, da Krones do Brasil.
O que considerar na compra da lavadora de garrafas?
Suponhamos que um engarrafador de bebidas esteja desenvolvendo um projeto para a compra de uma nova lavadora de garrafas. Não é um projeto simples porque envolve toda a fábrica e o equipamento deve estar integrado com toda a linha de engarrafamento, além de resolver as necessidades da fábrica de acordo com a demanda de produtos. Ouvindo fabricantes e usuários vários atributos foram citados, entre eles garantia de qualidade e produtividade, confiabilidade e custo operacional, incluído consumo de insumos, energia e custos de manutenção.
“Levar em conta apenas o custo do investimento inicial em um equipamento que representa uma parcela importante dos custos de operação e que tem vida útil de mais de 20 anos é um equívoco que pode representar um grande prejuízo ao longo do tempo”, pondera Anselmo Parisenti.
E, ainda na questão do investimento, o executivo diz que “o preço baixo deve ser analisado de forma mais ampla e comparativa. Se considerarmos apenas o custo de aquisição, talvez não atenda a todas as expectativas, mas ao se considerar o custo operacional e de manutenção ao longo da vida útil do equipamento, ai sem dúvida temos um preço muito competitivo”, garante ele.
Gileno Correia avalia que, atualmente, a fim de elevar a eficiência no processo de lavagem de garrafas, aliada a sustentabilidade no uso dos recursos, a lavadora precisa atender minimamente aos requisitos abaixo: • Reduzido consumo de vapor; • Consumo total de água: 0,180L/garrafa processada; • Eficiência energética; • Aumento da vida útil das embalagens de Refpet; • Reduzido consumo de produtos químicos; • Nível de automação para operação e setup.
Para a Sanmartin os 70 anos de experiência na fabricação de lavadoras de garrafas e a possibilidade de produzir em três fábricas (Argentina, Brasil e México), garante uma condição especial para ofere-
cer equipamentos com altíssima tecnologia e eficiência, com preços muito competitivos.
Entre os diferenciais destacados por Bernardo Sanmartin estão:
• Design maximiza a ação mecânica durante o processo de lavagem e minimiza o consumo de energia, químicos e água.
• Tanques com menor volume e tripla filtragem contínua e auto-limpante da solução cáustica, com área de passagem de partículas de 0,3mm, 0,5mm e 1,0mm, que aumenta a vida útil da solução cáustica. • Extratores de rótulos de alta vazão e alta eficiência energética em todos os tanques, inclusive no tanque de enxágue, que garantem alta eficiência na extração de rótulos mesmo quando o tempo total de processo é curto.
• Sistema de aquecimento que aproveita a grande vazão dos extratores de rótulos para realizar a troca térmica de forma mais eficiente, garantindo uma temperatura da solução cáustica mais uniforme. • Instrumentos de medição e controle de última geração que garantem a manutenção das variáveis importantes para um processo de lavagem eficiente, sem intervenção do operador. • IHM amigável com visualização do estado de todas as variáveis de processo de lavagem e consumos em tempo real.
• Design que possibilita a operação e manutenção com ergonomia e total segurança.
Para Claudio Roberto Gausmann, da Heineken, seria possível citar alguns itens como: garantias do tempo de imersão, arraste cáustico, isenção de sujidade interna, índice máximo de rótulos aderidos (#/ 1000), consumo de soda por garrafa lavada, índice máximo de garrafas caídas (#/1000) e volume de água utilizado por garrafa lavada.
Ainda segundo ele, com foco na sustentabilidade, existem melhorias a atingir, entre elas um volume menor de água nos tanques. "Garantir o tempo de imersão requerido com redução de consumo de água e energia é o desafio! Fabricantes estão desenvolvendo máquinas com eliminação de espaços mortos internos, deixando espaço somente para a passagem dos pentes com diminuição do volume dos tanques e por consequência diminuição do consumo de água e energia. Além disso, é importante conseguir maior vida útil da soda com um sistema de filtragem contínua da solução cáustica, o que garante maior vida útil da soda, já que os resíduos orgânicos e inorgânicos são retirados. Outra melhoria são filtros de soda para eliminação dos resíduos sólidos", finaliza Gausmann.
Entre os principais fatores que determinam a escolha de uma lavadora de garrafas, sem dúvida, estão a economia de recursos como água e energia, além de eficiência da lavagem que possa ser traduzida em produtividade e excelência na qualidade do processo como um todo. Outros itens importantes a considerar também dizem respeito à segurança, ergonomia e "conforto" na operação. O investimento nesse tipo de equipamento requer análise técnica e financeira criteriosas para obtenção de resultados satisfatórios no futuro da operação. A evolução nas lavadoras de garrafas ao longo dos últimos anos foi considerável proporcionando ganhos fundamentais em questões relacionadas à sustentabilidade, flexibilidade e gestão operacional nas indústrias de bebidas.
Carlos Donizete Parra Paulo Villas
Coach e consultor


o completar 70 anos de existência a Poty consolida-se como
Auma das mais tradicionais e sólidas empresas no Brasil. O início das atividades foi em 1951, com uma modesta fábrica no centro da cidade de Potirendaba (SP). Hoje a marca é líder de mercado em várias regiões do Estado de São Paulo. Tem mais de 850 colaboradores e um mix de mais de 90 produtos como refrigerantes, água, sucos, chás, isotônico e energético, além de destilados e cervejas.
“Somos uma empresa de muita tradição e ousadia e buscamos um crescimento sustentável. Nossa preocupação é inovar sempre e por isso investimos em novos equipamentos, processos e gestão com o objetivo de fazer produtos cada vez mais saborosos e saudáveis”, afirma José Luiz Franzotti, Diretor Presidente da Bebidas Poty.
A preocupação com a qualidade é um dos diferenciais da Bebidas Poty. To-
Eloisa Mattos


"Chegamos aos 70 anos, o que é uma marca importante que nos traz muita alegria e orgulho", José Luiz Franzotti, Diretor Presidente da Bebidas Poty
dos os procedimentos e processos seguem o Sistema de Gestão Integrado (SGI) implantado e constantemente auditado pelas certificações ISO 9001:2015 (Gestão da Qualidade), ISO 14001:2105 (Gestão Ambiental) e FSSC 22000 (Segurança Alimentar). A empresa foi a primeira indústria brasileira de bebidas não alcoólicas a assinar o Termo de Compromisso de Logística Reversa implantado no estado de São Paulo desde 2014. A Poty é uma empresa 100% legal e recicla o equivalente a todas as embalagens PET que coloca no mercado.
As empresas Cervejaria Trieste, a Sabores Vegetais do Brasil localizada em Manaus (AM), a PotiLog e a Poty Ambiental também integram a Poty. Tem ainda Centros de Distribuição nas mais importantes cidades do interior,

O mix da Poty conta com mais de 90 produtos entre refrigerantes, água, sucos, chás, isotônico e energético, além de destilados e cervejas
além de representantes na capital, São Paulo, e em outras capitais brasileiras. Os produtos são comercializados nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul em mais de 24 mil postos de venda.

A Poty possui 11 linhas de engarrafamento e está implantando 2 linhas de envase asséptico em uma área construída de 32 mil metros quadrados
Desde 1993 a empresa transferiu o parque industrial para uma área de 11 hectares, também em Potirendaba. Hoje a Poty tem 32.000 m² de área construída, 11 linhas de produção e conta com a implantação de duas linhas de produção asséptica. O parque fabril é moderno e com forte automação de processos sendo baixo ou quase nulo o manuseio do produto acabado.
"Chegamos aos 70 anos, o que é uma marca importante que nos traz muita alegria e orgulho. É um momento que enche nossos corações de gratidão para com todos que fazem parte da vida da empresa. Nossa família, amigos, parceiros de negócios, clientes, consumidores e colaboradores são parte desta história que muito nos orgulha", finaliza José Luiz Franzotti.

The Coffee anuncia expansão na Europa

Espanha e França são os primeiros países europeus a receber a rede de cafeteria brasileira, que já chegou a 100 lojas no Brasil
lguns meses após a rodada de investimento Series A, de
AR$28 milhões, a The Coffee, foodtech curitibana de cafés, anuncia sua chegada oficial à Europa. As primeiras unidades da marca no continente foram inauguradas em Paris, na França, e em Barcelona e Madri, na Espanha. As cidades europeias fazem parte do plano de expansão da marca, que pretende ter lojas em toda a Europa e Américas do Norte e Sul.
Criada em 2018 pelos irmãos Alexandre, Carlos e Luis Fertonani após uma viagem ao Japão, a empresa pos-
sui lojas que "exalam" simplicidade, praticidade e funcionalidade e que seguem uma estética minimalista - conceito que fez bastante sucesso no Brasil (prova disso é o crescimento acelerado da marca no país). Antes da pandemia, em fevereiro de 2020, a The Coffee possuía 15 lojas em todo o Brasil. Um ano depois, este número dobrou e, em outubro de 2021, já são mais de 100 lojas abertas. A expectativa é de que a empresa feche o ano com um faturamento de aproximadamente R$25 milhões.
Para Alexandre Fertonani, cofundador da empresa, além da arquitetura minimalista e da qualidade dos cafés especiais oferecidos, outra principal força motriz do negócio é o uso inteligente da tecnologia aliada ao atendimento: "É um modelo que funciona: escolher, pegar e levar. Além de proporcionar experiências para o paladar, fazemos uso da tecnologia para transformar essa experiência de compra em algo único e especial para o nosso consumidor".
As expectativas dos proprietários da franquia The Coffee é que, até o final deste ano, 160 lojas estejam abertas e em pleno funcionamento. Além de Paris, Barcelona, Madri e Bogotá outras unidades estão em processo de abertura: Valência (Espanha), Lisboa (Portugal), Dublin (Irlanda) e Roma (Itália).
Toda a operação e arquitetura foi pensada para garantir a mesma experiência em todas as Lojas e os grãos do café são levados do Brasil para a Europa. "Criamos a The Coffee para ser mais do que uma cafeteria. Todos os detalhes, desde cardápio, escolha dos produtos, logo e embalagem foram pensados para criar um público seleto e recorrente. Desenvolvemos um lifestyle para ser compartilhado com o mundo todo", finaliza Alexandre Fertonani.

A The Coffee foi criada em 2018 pelos irmãos Alexandre, Carlos e Luis Fertonani após uma viagem ao Japão
A expectativa é que, até o final deste ano, 160 lojas estejam abertas e em pleno funcionamento

Maior preocupação ambiental dos latinos é com a água
No Brasil, número dos que têm pouca preocupação com meio ambiente cresceu em dois anos, contrariando tendência global

terceira edição do estudo Who Cares, Who Does?, da Kantar, em-
Apresa global em dados, que relaciona atitudes sustentáveis dos consumidores aos comportamentos de compra, aponta mais uma vez, que os latinoamericanos demonstram maior preocupação com desperdício e qualidade da água quando o assunto é preservação do meio ambiente.
Em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos em 2015 pela ONU a serem alcançados até 2030 para proteger o ambiente e o clima do planeta, os respondentes do estudo da Kantar sinalizaram as seguintes prioridades na esfera social: qualidade da educação (56%), seguida de pobreza e condições dignas de trabalho e crescimento econômico (51%). No âmbito do meio ambiente, lideram a preocupação dos entrevistados água potável e saneamento básico para 54% e cidades e comunidades sustentáveis para 38%. Apesar dessa preocupação com desperdício de água, menos de 1/3 diz que limitará o uso de água no banho no próximo ano.
Para 62% dos respondentes, a pandemia tornou a questão da sustentabilidade mais importante do que era antes da pandemia e 35% acreditam que governos / políticos são os maiores responsáveis pelo combate aos danos ao meio ambiente, número que chega a 46% entre os brasileiros.
O consumidor ainda faz pouco pelo meio ambiente, apesar de ter consciência do impacto de suas ações. 38% dos entrevistados gostariam de fazer mais pelo planeta, mas não agem para isso.
“É necessário desmistificar o consumidor EcoActive. Ele não é mais nicho, consome como qualquer outro e é o que mais gasta com bens de consumo massivo. Se pensarmos que os EcoActives devem chegar a quase metade da população em 2029, é urgente que as marcas considerem cada vez mais esse público e atuem de maneira efetiva e com propósito legítimo para fidelizá-lo.", afirma Kesley Gomes, Diretora Latam de LinkQ da divisão Worldpanel da Kantar.
Grupos de consumidores
O estudo Who Cares, Who Does? divide os consumidores em três grupos de relação com o meio ambiente: EcoDismissers, que têm pouco ou nenhum interesse pelos desafios ambientais do planeta e não estão fazendo nada para mudar esta postura; EcoConsiderers, que tomam algumas medidas para reduzir seu impacto ambiental; e EcoActives, que trabalham constantemente para diminuir os níveis de resíduos plásticos e para proteger o meio ambiente.
Na América Latina o número de EcoDismissers caiu de 65% em 2019 para 47% em 2021. Os EcoActives, que eram 11% em 2019, passaram para 16% este ano e os EcoConsiders foram de 24% para 37%. Globalmente, se viu a mesma tendência. No entanto, no Brasil houve movimento inverso de EcoDismissers, que eram 68% em 2019 e agora são 71%. Os EcoActives brasileiros são apenas 8%, menor taxa entre os países pesquisados, apesar de ter aumentado 2% em dois anos. O Chile é o país com consumidores mais conscientes quanto à sustentabilidade, tendo 31% de EcoActives, grupo que deve se tornar a metade da população até 2029, ressaltando a importância de questões ligadas a meio ambiente e consumo consciente para as marcas.
Ao analisar os hábitos de compra desses consumidores, a grande maioria (63%) diz tentar comprar produtos com embalagem eco-friendly, mas apenas 25% evitam embalagem de plástico, apesar de ela ser considerada a mais danosa ao meio ambiente pela maioria (55%) na região.
Sobre itens que levam em conta ao comprar um produto, a maioria respondeu que procura embalagens que possam ser recicladas (49%) ou feitas de material reciclado (39%). Embalagens zero carbono aparecem como escolha de apenas 11% dos latinos.
A educação sobre reciclagem se mostrou um grande desafio em todos os países da amostra. Consumidores latinos ainda têm dúvidas sobre o que pode ser reciclado, como reciclar e onde obter informação. No Brasil, 36% não têm certeza dos produtos que podem ser reciclados e 46% não sabem onde e como descartar invólucros biodegradáveis.
Os consumidores revelaram grande influência das ações das empresas em suas escolhas. 64% disseram ter parado de comprar produtos e/ou serviços devido ao seu impacto negativo ao ambiente e 68% migraram para outros de impacto positivo. Marcas de bens de consumo massivo que têm boa relação com EcoActives são as que progrediram mais rápido nos últimos anos. No Brasil, de junho de 2020 a junho de 2021, o crescimento delas foi de 51%.
O estudo trouxe as 10 marcas mais lembradas pelos latinos pela sua responsabilidade ambiental. Entre elas aparecem três brasileiras: Natura, O Boticário e Ypê. A lista completa, em ordem, é: Coca-Cola, Natura, Nestlé, Omo, Ypê, Colgate, Bimbo, Avon, Gloria e O Boticário.
A edição América Latina do estudo Who Cares, Who Does? entrevistou 18.300 pessoas de Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru e México. Mais informações em www.kantar.com/ whocareswhodoes

Chega ao mercado nova linha de refrigerantes naturais da Blondine
Companhia recria sua marca de refrigerantes com novos sabores e características
s bebidas em lata ganham cada vez mais espaço nas pratelei-A ras dos supermercados como uma opção prática e sustentável para o consumo. Guiada por esse movimento do mercado, a Blondine - Companhia de Bebidas Artesanais - lançou o refrigerante Be Pop, totalmente reformulado com novos sabores de frutas exóticas, embalagem menor em lata, com ingredientes 100% naturais, sem açúcar nem adoçante (adoçado apenas com suco de fruta) e com adição de fibras.


São seis novos sabores com mix
de frutas diferenciadas: Pitaya & Cranberry, Seriguela & Maracujá, Tangerina & Guaraná, Abacaxi & Gengibre, Framboesa & Pêssego, e Graviola & Limão Siciliano. Sem aditivos químicos, com aromas 100% naturais, suco de fruta e com corantes naturais provenientes de concentrados de vegetais, a novidade é produzida na fábrica da companhia localizada na região de Itupeva, no interior de São Paulo. A composição também inclui Polidextrose, o que torna este um refrigerante rico em fibras.
"Aqui na Blondine temos um grande foco em P&D para ofertar novidades que acompanham as principais tendências mundiais, além do nosso caráter de pioneirismo em muitos destes projetos. Estamos muito animados com o lançamento do novo Be Pop, era uma categoria que já fazia sucesso dentro do nosso pipeline, e que agora chega com uma proposta inovadora de um refrigerante funcional e com essa pegada descontraída que buscamos trazer nos rótulos", afirma Aloísio Xerfan, cofundador da Blondine.
A novidade está disponível na loja online https://crazy4beer.com.br/ pelo valor de R$ 6,90 a unidade. Com este lançamento, a Blondine estima vender cerca de 80.000 unidades até o final
deste ano.
Contato comercial: (11) 965232007 (51) 991222853
