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Introdução
Normalmente gostamos de possuir dinheiro. Ter é o objetivo do ser humano. Desde que Deus criou o homem, deu-lhe a atribuição de cuidar das coisas. Mas, desde o momento da desobediência, quando o homem ouviu a voz de Satanás, conforme descrito em Gênesis 3.1-5, ele trocou o ser amigo íntimo de Deus, SER CUIDADOR, para tentar ter o mesmo poder de Deus, POSSUIDOR. Ali começava a inversão que distanciaria o homem de seu criador. Nascia uma nova ordem econômica, ele deixara de ser cuidador das coisas de Deus, buscando ser o dono segundo seus próprios interesses. Era como se ele abrisse o seu próprio negócio.
No mundo distante de Deus, o cuidado, que deveria ser a nossa tarefa, se tornou em posse. Para as pessoas, é mais importante possuir do que cuidar. Quanto maior a posse, mais importância você tem. Somos medidos pelo que aparentamos possuir e não pelo que somos.
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Quando Jesus descreve na parábola a ilustração de uma pessoa que ajunta tudo nas suas mãos e, em seguida, desperdiça e perde tudo, serve para que aprendamos a lição de que além de nossas vidas não nos pertencerem, as coisas que pensamos possuir também não são nossas e que não devemos tentar dominar e controlar exclusivamente para nós. O filho mais moço ajuntou tudo, mas desperdiçou tudo. Gastou.
Uma outra questão que devemos considerar é: o que é mais fácil, ajuntar ou gastar? Na vida sempre percebemos que gasta-
mos com muita facilidade aquilo que juntamos. Se não temos uma boa educação financeira, certamente não saberemos controlar os impulsos para gastar.
Provavelmente, seja por isso que existem na Bíblia 3.225 referências sobre questões financeiras. A Palavra de Deus fala bastante sobre o assunto, pois Ele sabia que a administração do dinheiro e dos bens seria desafiador para nós. Lucas 15.13-14 – “Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha. O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade.”
Uma coisa precisa ficar bem clara aqui, obviamente, Jesus usou a parábola para aplicar e explicar princípios espirituais quanto ao nosso relacionamento com Deus; porém podemos aproveitar os conceitos deixados por Ele na construção da história, especialmente, no que diz respeito ao nosso relacionamento com o dinheiro e os bens. Então, abordaremos os princípios descritos sobre finanças.
Faremos isso porque entendemos que a vida é um constante ajuntar e gastar. Não há nada que se faça na terra sem gastar tempo, dinheiro e bens. E, nesta parábola, Jesus deixa claro que existem dois reinos e duas maneiras de gastarmos nossos bens. Sobre isso, discorreremos nesta obra.